domingo, 1 de junho de 2014

Viva a sabedoria...

Precisamos de filosofia

Certa vez, ouvi um deputado afirmar: “O aborto deve ser legalizado porque já é praticado”. À primeira vista, pensamento verdadeiro; à segunda, uma falácia. Falácia é um pensamento falso: não é porque algo é praticado que pode ser legalizado. Fosse assim, a corrupção também poderia ser legalizada. Eis aí um exemplo do embate entre senso comum e filosofia.

Digamos que o senso comum fala a língua do deputado aí do exemplo, ao passo que a filosofia faz a análise lógica do discurso, procurando, nele, aquilo que contraria as regras básicas do pensar correto. A lógica qualifica o raciocínio são.

A filosofia, metódica e sistemática, é feita de raciocínios logicamente qualificados. Ela busca aquele sentido que possa ordenar o caos (desordem e vazio) e transformá-lo em cosmos (ordem e harmonia), fazendo com que representações, significações e compreensões conceituais da realidade fujam do absurdo e expressem a razoabilidade teórica e prática à condução da existência.

O senso comum pode ser entendido como o saber da vida o qual se vai adquirindo espontaneamente, à medida que vamos vivendo. Ele pode ter erros tanto quanto a ciência, a filosofia, as artes, o mito, a tecnologia e a teologia, pois, igual a essas outras formas de conhecimento, ele é um produto humano, falível, passível de equívocos e enganos, impropriedades e incorreções.

Dessa maneira, se o saber comum leva uma pessoa a afirmar que “porque é antigo é bom”, o filósofo dirá que antiguidade não é sinônimo de bondade. Se o senso comum afirma que o dito de um americano não tem valor, o filósofo responderá que esse é um argumento contra o homem e que isso não basta para desqualificar discursos. Lembra quando alguns diziam que não votariam em certo político porque ele era analfabeto?

De igual modo, não é porque nunca “provaram o contrário” que algo é verdadeiro (o fato de a infinitude do universo não ter sido provada não garante que o universo é finito). E não é porque um pensamento é atribuído a uma autoridade que esse pensamento é, apenas por isso, certo, verdadeiro e seguro.

Na esteira desse pensar errôneo, que a lógica corrige, está a afirmação de que se uma pessoa matou alguém ela tem de ir para a cadeia. Ora, não é sempre que o assassínio leva à prisão, caso da legítima defesa, por exemplo. Contrário a isso é o pensamento que vai do singular rumo a uma lei geral, a tal da generalização apressada: “O marido de x trai, logo todos os homens traem”.

É possível perceber a diferença entre o tal senso comum e a filosofia? O saber filosófico não aceita apressadamente conclusões tiradas após “exame de superfície” das coisas, fenômenos, acontecimentos, pessoas e relações. A filosofia busca a razão de ser de tudo pela raiz, o significado básico de tudo. O senso comum se contenta com afirmações do tipo que assegura que “manga com leite faz mal”.

O que faz mal é a não alfabetização em filosofia. Ela submete o saber da vida ao crivo da razão crítica, fazendo-nos ir além do espontaneísmo, que não dá conta de causas e consequências, e do subjetivismo, que não explica os porquês do nosso dia a dia.

É por essas e outras que precisamos de filosofia.

Cultura...


A diversidade cultural brasileira em sala de aula
A pluralidade cultural do Brasil

A cultura de um povo é formada por vários elementos, como crenças, ideias, mitos, valores, danças, festas populares, alimentação, modo de se vestir, entre outros fatores. É uma característica muito importante de uma comunidade, pois a cultura é transmitida de geração em geração e demonstra aspectos locais de uma população.

O Brasil, por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos, asiáticos e índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no povo.

Esse é um tema de extrema importância e deve ser abordado em sala de aula, pois os alunos devem ter conhecimento da diversidade cultural do país e saberem a origem de festas folclóricas, culinária, crenças e todos os tipos de manifestações culturais, fortalecendo ainda mais o processo de valorização dos costumes locais, contrapondo a tentativa de unificação de uma cultura de massa imposta pelos meios de comunicação.

Ao abordar a pluralidade cultural do Brasil, o professor deve promover no aluno o sentimento de valorização cultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra.

Deve-se esclarecer o conceito de cultura e citar os principais elementos que configuram a cultura de um determinado local. Questione os alunos sobre os aspectos culturais do Brasil e os principais povos responsáveis pela disseminação cultural.

Feito isso, divida a turma em cinco grupos, sendo cada um responsável por uma Região do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul), onde aspectos culturais de cada Região deverão ser pesquisados. Os alunos deverão realizar estudos sobre a culinária típica, danças, festas populares, manifestações religiosas, de forma que o potencial de cada grupo seja explorado ao máximo.

Posteriormente, promova apresentações dos grupos, abordando as principais manifestações culturais e os povos responsáveis pela propagação cultural de cada região pesquisada. Se possível apresente vídeos das atividades realizadas.

Após as apresentações reúna os trabalhos de cada grupo e monte uma revista, de forma que os alunos tenham material sobre a cultura brasileira, e o que é mais importante, produzido por eles mesmos.

Entendendo...

Conservadorismo - origens: Mudança deve ser reflexo da dinâmica social

O substantivo "conservadorismo" e o adjetivo "conservador" são termos empregados de forma recorrente na linguagem cotidiana e nos estudos acadêmicos, mas carecem de uma definição consistente. De fato, não há uma conceituação e um significado único para ambos os termos.

De modo geral, "conservadorismo" e "conservador" são palavras empregadas para se referir a práticas, atitudes e ideias que estão relacionadas com a esfera da política.

Adotando uma "definição mínima", podemos conceber o conservadorismo como a defesa da manutenção da ordem social ou ordem política existente, em contraposição às forças que buscam a inovação.

Com base nesta definição, a atitude conservadora também pode ser entendida como uma reação defensiva, visando à preservação do status quo, em oposição às tentativas de mudança ou ruptura.

Origem histórica

Se considerarmos as práticas e atitudes conservadoras como formas de ações reativas às ameaças de mudança, sejam elas sociais, econômicas ou políticas, é possível contextualizarmos o surgimento do termo "conservador" na fase de transição da ordem social tradicional para o mundo moderno, que corresponde ao período de superação do modo de produção feudal (onde a sociedade era predominantemente agrária) pelo modo de produção capitalista (que, posteriormente, conduzirá à formação da sociedade industrial).

Essa transição ocorreu, primeiramente, na Europa Ocidental - e depois se alastrou para o resto do mundo. O desenvolvimento do capitalismo e a ascensão da burguesia, enquanto classe social dominante, subverteram a ordem social tradicional.

As revoluções burguesas na Inglaterra (em 1640) e na França (em 1789) abalaram fortemente as estruturas do pensamento e dos valores tradicionais baseados numa visão antropológica tradicional, que considera as sociedades como imutáveis, estáticas, e o conflito social como fenômeno degenerativo e anômico.

No lastro dos movimentos revolucionários europeus dos séculos 17 e 18, emergiu, assim, a polarização conservadorismo/progressismo.


O pensamento conservador deu origem a posições políticas que se caracterizam pela manutenção da ordem social, econômica e política vigente.

Isso não significa, contudo, que os conservadores se opõem a toda ou qualquer mudança social. Para os conservadores, mudanças sociais são aceitas desde que ocorram gradualmente e sejam reflexos ou consequências da dinâmica social, e não por meios revolucionários.

Os progressistas, ao contrário, consideram a mudança social por meios revolucionários como benéfica para a sociedade. Os primeiros ideólogos liberais progressistas nutriam uma visão otimista das potencialidades do homem e da ação política transformadora das condições existenciais e da natureza. Para eles, as mudanças sociais, sejam elas graduais ou súbitas, são necessárias e sempre conduzem ao aperfeiçoamento humano.

O progressismo, dessa forma, foi um poderoso instrumento ideológico que serviu aos interesses revolucionários das classes burguesas.

Curiosidade...

Praia, uma diversão recente

Os banhos de mar foram primordialmente adotados como tratamento de saúde

Mal iniciam as férias e muitas famílias começam a planejar de que forma poderão consumir os preciosos dias de descanso que marcam o começo e fim do ano. Em muitos casos, o passeio à praia é um dos mais requisitados. Prova disso é que o Brasil conta com uma extensa faixa litorânea que, todos os anos, é ocupada por uma leva de turistas vindos de várias partes do Brasil e do mundo. Contudo, enganam-se aqueles que acham que esse frisson por conta das areias e águas do mar sempre existiu.

O uso da praia como espaço de lazer começou em meados do século XVIII. Nessa época, um renomado médico britânico chamado John Floyer desenvolveu pesquisas que investigavam as propriedades terapêuticas que a água poderia ter. Em suas investigações, registradas em uma publicação chamada “História do Banho Frio”, acabou chegando à conclusão de que a água salgada teria uma extensa capacidade de reverter doenças entre as quais se incluía até a paralisia.

A obra, escrita bem no início do século XVIII, acabou não tendo muito impacto entre a população europeia daquele tempo. Meio século mais tarde, no ano de 1749, o britânico Richard Frewin, colega de profissão, reforçou as teorias curativas do banho de mar ao realizar a descrição de uma cura obtida por esse tipo de tratamento ainda experimental. Daí em diante o banho no mar acabou sendo utilizado como tratamento para uma série de doenças físicas e mentais.

No século XIX, os banhos de mar já atraiam um grande número de enfermos e fomentava mais outro número de publicações nesse mesmo campo do saber médico. No Brasil, a terapia praiana foi utilizada pelo rei Dom João VI, que teve o banho de mar recomendado para a cura de uma ferida infeccionada em sua perna. Seguindo a recomendação, D. João fez diversas visitas à paria do Caju e ali acabou resolvendo o incômodo que lhe afligia.

Nessa época, como os costumes da Família Real eram seguidos como moda, diversas casas de banho foram abertas no Rio de Janeiro. Desse modo, podemos ironicamente perceber que Dom João VI não foi apenas um dos grandes responsáveis pela abertura dos portos brasileiros, no início do século XIX. A sua busca por melhor saúde acabou também sendo um modo pelo qual o monarca inaugurou o uso de nosso tão rico e extenso litoral.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/praia-uma-diversao-recente.htm

Piada...

Dois amigos se encontram depois de muitos anos. Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens. E as crianças? O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu. Então ficaram com a mãe? Não, ficaram com nosso advogado.


Devanear...

Leia um trecho picante de "A Submissa", de Tara Sue Me

Ela estava a disposição dele para fazer com ela o que quisesse. Leia um pouco da história de Nathaniel e Abigail

Não sei como consegui subir a escada, pois, a cada passo, parecia que eu usava sapatos de ferro. Mas eu tinha apenas 15 minutos e precisava estar pronta quando ele voltasse. No alto da escada, mandei uma mensagem de texto a Felicia dizendo que estava tudo bem e que eu ia ficar, acrescentando o código secreto já combinadopara ela saber que era realmente eu. Abri a porta do quarto de Nathaniel e arquejei.

Havia velas por todo lado. No meio do quarto, uma cama de baldaquino feita de madeira maciça. Porém, de acordo com a página cinco, primeiro parágrafo, eu não devia me preocupar com a cama. Olhei para baixo. Mas sim com o travesseiro no chão. Ao lado do travesseiro, havia uma camisola simples. Minhas mãos tremiam enquanto eu me trocava. A camisola mal roçava a parte superior de minhas coxas e o tecido leve mostrava cada parte de meu corpo. Dobrei as roupas e as coloquei numa pilha arrumada ao lado da porta. Enquanto isso, eu entoava comigo mesma:

Era isso o que você queria.

Depois de repetir mais de vinte vezes, finalmente me acalmei. Fui para o travesseiro, ajoelhei-me nele e sentei com o traseiro pousando nos calcanhares. Fitei o chão e esperei. Nathaniel entrou minutos depois. Arrisquei dar uma espiada e vi que ele tinha tirado o suéter. Seu peito nu era musculoso: tinha a aparência de quem malhava frequentemente. A calça ainda estava com o cinto fechado.

- Muito bem, Abigail - disse ele ao fechar a porta do quarto. - Pode se levantar.

Levantei-me de cabeça baixa enquanto ele andava à minha volta. Talvez à luz de velas ele não conseguisse ver como eu tremia.

- Tire a camisola e a coloque no chão.

Movimentando-me com a maior graça que podia, tirei-a pela cabeça e a vi flutuar ao chão.

- Olhe para mim - ordenou.

Nathaniel esperou até que meu olhar encontrasse o dele e lentamente tirou o cinto. Segurou-o em uma das mãos e andou em volta de mim novamente.

- O que você acha, Abigail? Devo castigá-la por sua observação do "mestre"? - Ele estalou o cinto e a ponta do couro me atingiu. Dei um salto.

- O que desejar, senhor - consegui dizer, sufocada, surpresa com a excitação que sentia.

- O que eu desejar? - Ele continuou andando até se colocar na minha frente. Abriu a calça e a puxou para baixo. - De joelhos.

Ajoelhei-me e tive o primeiro vislumbre de Nathaniel nu. Ele era magnífico. Longo, grosso e duro. Muito longo. Muito grosso. Muito duro. A realidade era muito melhor do que a fantasia.

- Sirva-me com a boca.

Inclinei-me para a frente e peguei a ponta dele em meus lábios. Devagar, avancei para pegar o resto. Ele parecia ainda maior na minha boca e não pude deixar de pensar em como seria tê-lo dentro de meu corpo por outras vias.

- Ele todo - ordenou ele quando atingiu o fundo de minha garganta.

Ergui as mãos para sentir o quanto mais eu teria de ir.

- Se não pode pegá-lo na boca, não pode tê-lo em outro lugar. - Ele empurrou para a frente e relaxei a garganta para tomá-lo pelo resto do caminho. - Isso. Assim.

Eu julguei mal o tamanho. Obriguei-me a respirar pelo nariz. Não seria bom perder a consciência com ele em mim

- Gosto de brutalidade e não vou facilitar para você só porque é nova. - Ele fechou as mãos em meu cabelo. - Segure com força.

Tive tempo suficiente para passar os braços por suas coxas antes de ele se afastar e meter de novo na minha boca. Ele entrou e saiu várias vezes.

- Use os dentes - disse.

Puxei os lábios para trás e raspei seu pênis enquanto ele entrava e saía. Depois de me acostumar com seu tamanho, chupei um pouco e passei a língua em volta.

- Isso - gemeu enquanto arremetia com mais força.

Eu fiz isso, pensei. Eu o deixei duro e gemendo. Foi na minha boca. Eu. Nathaniel começou a se contorcer dentro da minha boca.

- Engula tudo - falou, bombeando para dentro e para fora. - Engula tudo o que eu te der.

Quase engasguei quando ele gozou, mas fechei os olhos para me concentrar. Jatos salgados desceram por minha garganta, mas consegui engolir. Ele puxou para fora, ofegante.

- Isso, Abigail - disse, respirando pesado -, é isso que eu quero. Ajoelhei-me de novo enquanto ele vestia a calça.

- Seu quarto fica a duas portas daqui, à esquerda - disse ele, mais uma vez calmo. - Só dormirá na minha cama se for convidada. Está dispensada.

Vesti a camisola e peguei as roupas que tinha despido. Tomarei o café da manhã na sala de jantar às sete em ponto - disse Nathaniel enquanto eu saía do quarto. Apollo passou por mim pela porta aberta e se enroscou ao pé da cama de Nathaniel.

Trinta minutos depois, bem acordada e enterrada sob as cobertas, repassei a cena mentalmente diversas vezes. Pensei em Nathaniel: sua indiferença, o jeito calmo com que dava ordens, seu controle absoluto. Nosso encontro não só atendeu às minhas expectativas, como, na realidade, as superou. Eu estava ansiosa pelo resto do fim de semana.

Olho vivo e faro fino...

10 mandamentos para gastar menos no supermercado

Confira um manual de sobrevivência para quem tem dificuldade em controlar o impulso na hora das compras

Já aconteceu com todo mundo, ou quase: você chega no caixa do supermercado para passar as compras e o valor da conta é bem maior que o previamente imaginado. Você sai da loja encucado pensando “como os preços subiram!” e começa a se preocupar com as contas do mês.

AE
"O supermercado é um lugar criado para te estimular ao máximo", diz Massaro

Supermercados cobram mais pelos produtos do que o informado nas gôndolas

Cesta básica em SP está 0,69% mais cara

Sacoleiros virtuais lucram com viagens, mas caem na mira da Receita

Claro que os preços sobem, mas uma parte disso também tem a ver com a forma como você lida com as compras. Fundamentalmente, somos seres impulsivos. Cansados do excesso de trabalho, a avalanche de informações e o exagero de responsabilidades, ficamos mais vulneráveis e frágeis: com uma séria tendência a aceitar a maior parte do que nos ofertam.


É aí que mora o perigo. “O supermercado é um lugar criado para  estimulá-lo ao máximo, fazer você agir por impulso e separá-lo do dinheiro”, lembra André Massaro, educador, consultor financeiro e pesquisador na área da psicologia econômica, que estuda a tomada de decisão das pessoas em situações de consumo, investimento, carreira, entre outras. “Uma rede grande tem muitos recursos, contratam os melhores psicólogos, antropólogos e profissionais de marketing que o dinheiro puder pagar.” Tudo isso para despertar o seu desejo de comprar.

A pergunta central é: dá para lutar contra essas estratégias? A resposta de Massaro é clara. “O consumidor está lutando contra um exército, não dá para vencer o supermercado”, diz. Mas ele garante que dá para reduzir o impacto dessas artimanhas. E uma boa notícia: é razoavelmente fácil fazer isso.

Basta buscar informação e observar o próprio comportamento. “Essa coisa de evitar de ir ao supermercado com fome, por exemplo, é só a ponta de um fenômeno absolutamente mental e muitas vezes inconsciente”, explica o estudioso. Por isso, se você entrar na loja consciente das limitações e pronto para receber uma avalanche de estímulos, tudo pode mudar. “Se você mostrar para a pessoa que isso é feito dessa forma, ela fica mentalmente vacinada.”

Confira as 10 sugestões de Massaro para você manter mais dinheiro no seu bolso e menos na caixa registradora do supermercado.

Procure ser fiel ao supermercado, ou pelo menos à rede: saber onde as coisas estão pode te ajudar

1 – Irás aos mesmos supermercados

Parece estranho, mas saber exatamente onde fica cada produto vai te ajudar muito a evitar as compras por impulso naquela “passeadinha” enquanto procura o pão ou o leite. O próprio Massaro diz utilizar essa técnica para evitar gastar mais que o previsto. “Na maior parte das vezes os supermercados são organizados de forma similar, em uma escala produtos de menor valor agregado para a direita, como frutas e legumes, e outros mais caros, como os eletrodomésticos à esquerda”, explica. “Só que nem sempre é assim, então você se vê obrigado a circular. Melhor ir na loja em que você sabe onde as coisas estão.”

2 – Evitarás as promoções “pague dois leve três”

Tudo no supermercado tem uma razão de estar lá, inclusive aquela promoção para desovar o estoque que está com o vencimento mais próximo. E os profissionais do varejo sabem o quanto nós, meros mortais, somos incapazes de resistir a uma promoçãozinha. Por isso, repita como um mantra: não importa a promoção, comprar o que não precisa será, invariavelmente, um gasto a mais.

3 – Não tentarás sair em vantagem

Exatamente por que eles sabem dos nossos impulsos e do nosso comportamento no comércio, Massaro tem uma má notícia. “A gente não consegue vencer o supermercado e temos a necessidade psicológica de levar alguma vantagem”, diz. Quando você estiver pensando que este ou aquele produto está saindo “quase de graça” é porque você estava pagando mais antes e, naquele momento, era interessante para o mercado fazer você acreditar que está em vantagem.

O mesmo se aplica a “oportunidades únicas” e também a àquelas promoções das dez últimas unidades da televisão plasma ou do fogão de seis bocas: o dinheiro que o mercado está deixando de receber na promoção certamente é compensado nos outros produtos.

Saia do supermercado o mais rápido possível: evite a exposição às tentações

“A gente sai de uma gôndola com a falsa sensação de ter saído em vantagem e no fim o produto não vai te atender”, diz. Além disso você fica mais propenso a compensar o ganho naquele papo “já que economizei no arroz, vou comprar um feijão de primeira”.

4 – Ficarás o mínimo de tempo possível no supermercado

Como a “luta contra esse exército”, como disse Massaro, é tão desigual, a melhor saída é ficar o mínimo de tempo exposto aos estímulos para os olhos e a mente. Se você não pretende gastar mais que o necessário, evite passear no supermercado – o mesmo vale para shopping centers e galerias.

5 – Não estocarás alimentos

Aproveitando esse assunto, é bom lembrar que você só está em guerra dentro do supermercado e não fora dele. Não faça grandes estoques, caso contrário você correrá o risco de ter produtos vencidos e principalmente de perder as contas do que você realmente tem em casa.

6 – Não levarás as crianças

Se a ideia for passar pouco tempo na loja, é evidente que as crianças devem ficar em casa. No entanto, essa preocupação é fundamental para quem planeja gastar o mínimo, principalmente porque elas pedem – e muito. São bravos os corações e raras as carteiras que resistem aos olhinhos brilhantes pedindo o pacote de biscoitos recheados do personagem do momento – que custa o dobro do preço de um outro não licenciado.

Companhia só vale no supermercado se for para te ajudar a gastar menos

7 – Buscarás estar em boa companhia (financeira, é claro)

Portanto, como diz Massaro, o melhor jeito de ir ao supermercado é sozinho. Exceto para aqueles que têm dificuldade em controlar o impulso. Esses devem sim levar alguém mais controlado que eles, que possa por limite nas compras. “Se for para levar alguém com você, leve alguém que te segure. Uma pessoa que faz comprar mais não ajuda.”

8 – Farás listas e mais listas

“Ir para um supermercado é um momento de guerra e o planejamento de ataque é a lista”, brinca Massaro. Piadinhas à parte, o especialisa explica que ter uma lista nas mãos lembra você do que você realmente precisa comprar – não serve apenas para não te deixar esquecer dos itens relevantes. Por isso, mesmo se tiver a lista decorada, leve ela para as compras e a mantenha sob os olhos o tempo todo.

Os produtos na altura dos olhos não estão lá por acaso

9 – Observarás todas as prateleiras

Parece paradoxal, mas não é. Se você não tiver uma preferência clara por esta ou aquela marca, quando estiver na sessão do produto que vai pegar naquele momento, olhe de cima a baixo. Os produtos expostos na altura dos olhos estão estrategicamente posicionados ali com base em pesquisas sobre a estatura média de homens e mulheres em determinada região. 

Não estranhe se os produtos mais caros estiverem ali, ao alcance da mão – em alguns casos, há até empresas que pagam por um bom posicionamento na prateleira. Ou você acha que, em algumas livrarias, por exemplo, aquela pilha de livros que te recebe logo na entrada é uma forma de curadoria literária? Aliás, aproveite para comparar com as listas dos mais vendidos e tire qualquer dúvida de que essa estratégia funciona.

10 - Ficaremos ainda mais vigilantes se situação financeira piorar

Claro que você pode fazer tudo isso, só não pode ficar paranóico. Massaro mede o excesso de preocupação com a régua do bom senso. “Quanto mais precária for sua situação financeira, maior terá de ser a sua paranoia”, diz. “Quem está bem de vida pode se dar ao luxo de ser ineficiente eventualmente, mas é preciso estar consciente disso.”

Mais uma etapa superada...