terça-feira, 5 de julho de 2016
Encontro com o além...
Estes são os países
que mais executaram pessoas em 2015
Homem preso: relatório da Anistia Internacional mostrou que 89%
das execuções no mundo em 2015 aconteceram em apenas 3 países
São Paulo – 2015 ficará marcado como o ano em que o mundo bateu
recorde na execução de pessoas condenadas à morte. De acordo com números da
Anistia Internacional, organização não governamental que monitora a situação
dos direitos humanos no âmbito internacional, ao menos 1.634 pessoas foram
executadas em 25 países.
Esse número está 50% acima do registrado em 2014 e é o maior
visto desde 1989.
Para a ONG, esse resultado foi classificado como “perturbador”.
“É a primeira vez em 25 anos que tantas pessoas foram condenadas à pena
capital. Em 2015, os governos continuaram a tirar a vidas sob a falsa alegação
de que a pena de morte deixa o mundo mais seguro”, considerou Salil Shetty,
Secretário Geral da entidade.
Divulgado nessa manhã, o relatório “Sentenças de morte e
execuções em 2015”, publicado anualmente pela ONG, trouxe à tona o panorama
atual sobre o tema em dezenas de países do mundo, com exceção da China, que
mantém seus registros sigilosos. O estudo mostrou ainda que 89% das mortes
ocorreram em apenas 3 países: Irã, Paquistão e Arábia Saudita.
No Irã, mostrou a análise da Anistia Internacional, a maior
parte dos condenados à morte cometeu crimes relacionados a drogas e esse é um
dos poucos países do planeta onde ainda é possível executar menores de 18 anos
de idade.
Já em solo paquistanês, notou-se o aumento nas execuções em 2015
na comparação com anos anteriores e isso se deve ao fato de uma moratória que
regulava o tema ter sido suspensa em 2014. Na Arábia Saudita, onde as penas
mais frequentes são a decapitação ou morte por pelotão de fuzilamento, há
registros da exibição de cadáveres em praças públicas.
A Anistia constatou um aumento no número de países que usam a
pena de morte, que foi de 22 para 25 países. Seis que não haviam executado
sequer uma pessoa em 2014 o fizeram em 2015.
Estados Unidos
Quando o assunto é sentenças de morte e execuções nas Américas,
a Anistia mostrou que apenas os Estados Unidos executaram pessoas nos últimos
anos, país onde esse o assunto está longe de ser uma unanimidade. Por lá,
existem dezenas de movimentos que visam banir a pena de morte em todos os
estados onde é aplicada.
Recentemente, um grupo de conservadores surpreendeu ao se unir
por esse objetivo, como mostrou a agência Reuters. De acordo com eles, a pena
de morte custa caro, é ineficiente e burocrática. Vai, portanto, contra os
valores do Partido Republicano de tentar limitar a atuação do Estado na vida
das pessoas.
Como resultado dessa pressão, o estado do Nebraska se tornou no
ano passado o primeiro dominado pelos republicanos a aprovar a abolição da pena
de morte em mais de 40 anos. O próximo passo agora é validar essa aprovação
entre a população numa votação que deve ocorrer em novembro de 2016.
Abolicionismo
Apesar dos números alarmantes, a Anistia Internacional vê com
bons olhos os movimentos para banir a pena capital em andamento no mundo. No
ano passado, quatro seguiram esse ritmo: Fiji, Madagascar, República do Congo e
o Suriname.
Ao todo, 102 países aboliram completamente a pena de morte. E
essa é a primeira vez na história que isso acontece.
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/esses-sao-os-paises-que-mais-executaram-pessoas-em-2015
Calor humano...
Como o Brasil pode
reduzir cadeias lotadas com uma mudança
Caso Pedrinhas
Detentos no presídio de Pedrinhas, no Maranhão: Brasil opera com
uma taxa de ocupação de 67% acima da capacidade máxima de suas cadeias
São Paulo – O último levantamento do Ministério da Justiça sobre
a situação dos presídios brasileiros traz uma pista sobre como pelo menos
reduzir o problema de superlotação carcerária, que há décadas contribui para
que as cadeias do país sejam como verdadeiras "masmorras medievais".
Em dezembro de 2014, quando foi feito o estudo, o Brasil operava
com uma taxa de ocupação de 67% acima de sua capacidade máxima. Faltavam 250
mil vagas para dar conta do crescente número de presos no país.
Curiosamente, a quantidade de presos provisórios (que ainda não
tinham sido julgados), naquele momento, era equivalente ao tamanho do déficit
de vagas no sistema prisional: exatamente 249.668 detentos estavam nessa
situação.
Por lei, um juiz só pode determinar a prisão preventiva nos
casos em que a liberdade dos acusados coloca em risco o andamento do processo
ou a segurança das testemunhas, ou quando há risco concreto de fuga ou sinais
contundentes de que o suspeito pode voltar a cometer crimes.
Especialistas sugerem que nem todos presos provisórios, de fato,
precisariam estar nessa condição. “A frase já ficou batida, mas é bom lembrar:
o Brasil prende muito, mas prende muito mal”, afirma Ivan Marques,
diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. “Se o remédio para todos os crimes é
a prisão, a gente vai ter esse resultado que temos hoje”.
Um caminho
Uma medida para reduzir o volume excessivo de prisões
preventivas e suas consequências desastrosas para o sistema carcerário é elevar
o número de audiências de custódia. Lançado em 2013 pelo Conselho Nacional de
Justiça, o projeto garante que um preso em flagrante seja apresentado a um juiz
em menos de 24 horas.
Depois da instalação das audiências de custódia em São Paulo há
três anos, o número de prisões preventivas caiu pela metade. “É muito mais
fácil para um juiz decretar uma prisão no papel do que olhando no olho”, afirma
o defensor público Bruno Shimizu, coordenador do Núcleo de Situação Carcerária
da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Ao menos quatro estados brasileiros poderiam praticamente zerar
o problema da superlotação carcerária se, como a cidade de São Paulo,
reduzissem pela metade o número de presos provisórios.
A proposta, contudo, ainda engatinha no Brasil. Para se ter uma
ideia, no estado de São Paulo, apenas capital e região metropolitana fazem
parte do projeto. Na maior parte do país, a decisão de um juiz para manter um
réu na cadeia antes de julgá-lo ainda é feita sem que o acusado tenha a
oportunidade adequada para se defender.
“O delegado ouve o suspeito e encaminha o auto de prisão em
flagrante para o juiz, que tem 24 horas para decidir sem ouvir o preso, sem
saber se ele está torturado. E, normalmente, decide pela prisão”, diz Shimizu.
Desde 2011, tramita no Senado um projeto de lei que institui a
audiência de custódia em todo país. No final do ano passado, o projeto foi
aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Casa que pediu urgência para a
apreciação da matéria no plenário. Desde maio, o assunto aguarda na fila de
votação.
O preço
Segundo estudo do IPEA divulgado no ano passado, 37% dos réus
que respondem a um processo encarcerados acabam não recebendo uma sentença de
restrição de liberdade. Dito de outra forma: essas pessoas cumpriram uma pena
em regime fechado sem ao menos terem sido condenadas a isso.
Na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a taxa de presos provisórios
que foram encarcerados indevidamente em 2013 é de 54%, segundo levantamento do
Instituto Sou da Paz. De cada 10 réus nessa condição, 3 foram condenados apenas
a prestar serviços comunitários, reparar os danos causados, pagar uma multa ou
ao regime semiaberto.
Além do custo social e humano, esse encarceramento sem
necessidade também pesa para os cofres públicos. No Rio, o custo mensal de uma
prisão provisória é de 1,7 mil reais. Só em 2013, as mais de 7,7 mil prisões
preventivas levadas a cabo na capital fluminense custaram 45 milhões de reais.
E a conta ainda pode aumentar. Está na agenda de análise dos
ministros do Supremo Tribunal Federal o
caso de um detento que pede indenização por danos morais ao estado do Mato
Grosso do Sul por ter ficado sete anos em um presídio com capacidade para 262
pessoas, mas que abrigava 674 presos. Se os magistrados derem ganho de causa
para o ex-detento, devem pipocar ações semelhantes pelo país.
Na semana passada, os ministros do STF já reiteraram seu
questionamento ao atual quadro do sistema prisional. Foi aprovada uma súmula
vinculante que determina que a falta de vagas no regime semiaberto permitirá ao
preso uma pena mais branda.
Nos últimos 14 anos, a população carcerária no Brasil aumentou
167%. Reduzir o número de presos provisórios não irá resolver o problema da
superlotação, mas – no mínimo – pode ajudar a desafogar um pouco os níveis de
insalubridade que definem as cadeias brasileiras.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/como-o-brasil-pode-reduzir-cadeias-lotadas-com-esta-mudanca
Alcoólatras em demasia...
Por que o consumo de
álcool é um problema para o brasileiro
São Paulo – No Brasil, mais de 8,9 milhões de pessoas com mais
de 18 anos têm o hábito de ingerir de uma a duas doses de álcool por dia. Já
aqueles que costumam ingerir mais de quatro doses em uma mesma ocasião
respondem por nada mais nada menos do que 19,9 milhões de pessoas.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde – 2013, divulgada
nesta semana pelo IBGE, o consumo de álcool começa a fazer parte da vida do
brasileiro a partir dos 19 anos, em média. A ingestão da bebida uma vez ou mais
por semana é comum para mais de 35 milhões de pessoas – o equivalente a 24% da
população.
Quando o assunto é saúde, mesmo quem bebe de maneira moderada
pode enfrentar complicações. De acordo com o Centro de Informações sobre Saúde
e Álcool (CISA), 5 a 7% das pessoas que fazem uso esporádico da bebida podem
desenvolver problemas decorrentes do álcool.
Ainda segundo o CISA, cerca de 30 milhões já tiveram, pelo
menos, um problema associado ao uso de bebidas alcóolicas.
Veja, no infográfico, o padrão de consumo de álcool do
brasileiro e as principais doenças associadas ao seu consumo.
O padrão de consumo
de álcool do brasileiro
19 anos é a idade média que o brasileiro começa a consumir
bebidas alcoólicas.
Das pessoas com mais
de 18 anos:
35 milhões costumam consumir bebidas uma vez ou mais por semana:
o equivalente a 24% da população brasileira.
Sobre os adultos que
costumam dirigir depois de beber...
6,4 milhões de pessoas de 18 anos ou mais têm esse hábito.
Principais doenças
associadas ao consumo de álcool
Câncer de faringe, esôfago e laringe
Hipertensão
Diabetes tipo II
Derrame cerebrovascular
Doenças cardiovasculares
Insuficiência cardíaca
Viva Darlene...
Ganho a vida
maquiando mortos
Já preparei até o corpo de uma travesti, que a família quis
enterrar montado como drag queen. E esse é apenas um dos serviços funerários
que ofereço!
Maquiar mortos é o que paga minhas contas!
Eu tinha 9 anos quando vovô - por quem fui criada desde os 5
anos - me levou para conhecer o lugar onde trabalhava. Eu não cabia em mim de
tanta alegria, finalmente ia matar minha curiosidade! Uma coisa era saber que
ele, técnico de anatomia da Universidade de São Paulo por 40 anos, preparava
todos os corpos e membros humanos e de animais para as aulas de anatomia da
faculdade. Já outra bem diferente era ver isso. Quando vovô abriu a porta do
laboratório, o forte cheiro de formol fez meus olhos lacrimejarem muito! Então,
ele começou a me mostrar os tanques onde ficavam os corpos. Havia homens,
mulheres, animais, membros decepados... Achei aquilo o máximo e decidi: "Vou
ser legista!" (profissional que analisa o corpo para descobrir a causa da
morte).
Na adolescência me chamavam de carniça, noiva-cadáver...
Claro que as pessoas estranhavam essa minha vontade. Muitas
tinham preconceito. Tanto que, na adolescência, ganhei vários apelidos:
noiva-cadáver, urubu, carniça, papa-defunto. Mas nunca me incomodei, achava
engraçado.
Então, aos 16 anos, uma gravidez inesperada complicou os meus
planos. Até consegui concluir o ensino médio e trabalhar como vendedora em um
shopping, mas ficou difícil investir na universidade de medicina e cuidar de um
filho pequeno. Então, com ajuda financeira da minha família, estudei ciências
biomédicas, que forma profissionais que pesquisam causas e tratamentos das
doenças humanas.
Só que o sonho de trabalhar com algo relacionado a funerais
continuava lá, vivo como nunca. Por isso, passei a fazer vários cursos
relacionados à área. Tanatologia (estudo das reações emocionais e psicológicas
das pessoas diante da morte e do luto), tanatopraxia (trabalho de preparação do
corpo para o velório) e necromaquiagem (maquiagem em cadáveres). Também estudei
questões legais e toda a burocracia envolvida nos funerais. Estava determinada
a ter uma funerária.
Faço make suave ou pesada... A família é quem manda!
Então, tratei de conhecer o mercado. Depois de fazer alguns
serviços de graça para criar bons contatos e mostrar meu trabalho, desisti da
minha funerária. Seria preciso muito conhecimento, politicagem, investimento em
laboratórios e carros... Sem falar no jogo de cintura para driblar as
rivalidades, os boicotes e o machismo do ramo! Resolvi continuar no campo
funerário, mas como autônoma. Virei, portanto, especialista em tudo que se
refere a funerais - desde a parte legal até a liberação do corpo, a documentação
e a preparação do cadáver.
Aí, colegas começaram a dizer que eu era boa e devia dar aulas.
Apesar de não me achar muito didática, mandei meu currículo para uma escola e
acabei sendo chamada. Em 2010 abri uma escola de cursos livres para quem deseja
entrar no ramo. São quatro dias de aulas práticas, de sexta a segunda, o dia
inteiro. Ensino anatomia, patologia, tanatologia reflexiva (que propõe uma
reflexão sobre a profissão e o ato de encarar as situações de perda), direito
funerário, técnicas de sutura, técnicas de maquiagem e de necromaquiagem.
Quando não estou ensinando, fico disponível para os clientes.
Isso significa, entre outras coisas, me dedicar a uma das minhas partes
favoritas: preparar o corpo - o que inclui a necromaquiagem. Cobro de R$ 600 a
R$ 6.000, dependendo do trabalho. É que, às vezes, em caso de morte por
acidente, preciso fazer reconstituição e outros serviços que aumentam o preço.
Se for só o make, uso produtos convencionais e levo no máximo 30 minutos. Já
numa reconstrução demoro de uma a oito horas e preciso de produtos específicos.
Atendo de dois a três casos por semana, no máximo cinco.
Sempre pergunto aos parentes o que desejam que eu faça. Às vezes
me pedem para passar um batom de que a pessoa gostava, fazer uma maquiagem mais
pesada ou suave. Há casos em que nem querem que eu maquie, só tire a
sobrancelha etc. Uma vez, trabalhei em um corpo de uma travesti e a família
pediu que eu fizesse toda a maquiagem que ele sempre usava. Ele foi enterrado
todo "montado" como uma drag queen. Muito legal!
E o campo de trabalho está crescendo. Sempre recebo ligações de
ex-alunas dizendo que conseguiram emprego ou freelances. Se você se interessou,
minha dica é procurar uma boa escola (são poucas), que ensine no mínimo
necromaquiagem e tanatopraxia para que você possa começar a trabalhar. Se
prepare para investir, pois eles não são baratos - por isso, devem valer o
investimento. O meu curso completo entrega quatro certificados: tanatopraxia,
necromaquiagem, reconstrução facial e ornamentação e cerimonial. O investimento
é de R$ 2.000, parcelados em cinco vezes.
Quando eu morrer, quero ser maquiada, ficar lindona!
Você talvez esteja imaginando que sou uma pessoa mórbida, né?
Que nada! Sou aberta e bem-humorada! Ora, dou muito mais valor à minha vida
depois que comecei a trabalhar com isso. Mas não nego: talvez pela minha
profissão eu faça piadas mais ácidas, de humor negro. No mais, levo uma vida
normalíssima, gosto de ir a museus, parques e fazer fotos lindas de cemitérios
para publicar na minha página. Quando eu morrer, quero ser maquiada, claro, e
ficar linda!
Minhas respostas para as quatro perguntas que sempre me fazem:
1. Você nunca fica impressionada? É bobagem ter medo de gente
morta! Os vivos me assustam muito mais.
2. Toma banho assim que acaba cada trabalho? Não, se for tomar
banho a cada serviço tô lascada!
3. Não tem nojo? Nenhum.
4. Consegue comer logo após um trabalho? Consigo numa boa! Gosto
tanto de comer que sou incapaz de associar comida a sujeira.
Como é o curso de
necromaquiagem
Tecnicamente, é como um curso qualquer de maquiagem, pois não há
muita diferença no ato de maquiar. A diferença está nas aulas de reconstituição
(necessária quando o morto sofreu um acidente ou ficou deformado de alguma
maneira). O curso de necromaquiagem da Carolina oferece 48 horas de aulas
práticas.
Convivendo com as desigualdades...
Os tolerantes de
araque
Estava pensando aqui, o gesto de denunciar a intolerância no
mundo é tão comum hoje em dia quanto esvaziar a bexiga numa festa open bar. O
sujeito todo consciente e pimpão sobe num banquinho e joga a real na testa da
gente, gritando na nossa cara sobre a falta de diversidade, de pluralidade, em
determinado meio. De onde vem esse pessoal? Eles falam de diversidade a sério?
Eles praticam de verdade a tal tolerância?
Digo, é difícil acreditar. Considere, por exemplo, essas mesas
de debate do momento. Elas impressionam principalmente pela capacidade de
reunir pessoas com ideias muito parecidas, com um vocabulário todo próprio; são
microcosmos sociais com suas regras e dinâmicas próprias, piadas internas, etc.
Como vem falar de diversidade quando se mantém fechado nesses mundinhos, onde
nenhuma luz de fora pode entrar?
As mesas de debate do momento são um caso curioso. A internet
também. De vez em quando até acontece de bater de frente com alguém de fora da
bolha algorítmica, é verdade, mas daí é só chiadeira, gritaria e relinchos.
Neguinho cultiva na internet um ecossistema tão limitado que, claro, fica de
cara com a vasta diversidade de opiniões, crenças e ideologias políticas do
lado de fora. A indignação causada por essa descoberta e o desprezo em
simplesmente pensar na existência de alguém que defende o exato oposto o deixa
incapaz, durante algumas horas, de voltar a si.
Convenhamos, a gente sabe que a maioria da internet é uns bichos
intolerantes e nada mais, com seus dedos gordos e rápidos bloqueando meio mundo
que discorda deles. Todo mundo sabe disso, eles sabem disso, todos estão
cansados de saber. E nenhum problema até aí. Cada um anda com quem quiser, ué.
Mas depois não vem querer subir no banquinho para reclamar de falta de
diversidade, né? Depois não vem insinuar intolerância na fuça dos outros.
Ainda me surpreende esse tipo de descaramento. Ainda me
arregalam os olhos o papo de tolerância vindo de gente que sai bloqueando meio
mundo que discorda de suas opiniões.
Eu tenho interesse considerável pelo tema, por isso me incomoda
um pouco a redefinição que anda dando a essas palavras do momento. O povo todo
falando de pluralidade, diversidade, estou-aberto-ao-diálogo e os comentários
intolerantes lá se desmontando na nossa frente, é isso que eu estou querendo
dizer.
Vendo coisas assim, me espanto de verdade com a
sofisticação que se desenvolve tão descaradamente em volta desses termos
desgastados, esvaziados de sentido. Diversidade, pluralidade, tolerância,
termos absurdamente vazios hoje em dia; democracia, debate, diálogo, tudo termo
vazio. Palavras-chave vazias se interligando para chegar ao nada e defender coisa
nenhuma.
Alerta às comidinhas gostosas...
Cinco sinais de que
você pode ter intolerância alimentar
Você está no meio de uma semana normal de trabalho, e de repente
começa a se sentir meio mal. Você não parece estar com gripe, nem tampouco
estressada.
Mas - com certeza - isso não pode ser uma intolerância
alimentar, pode? Porque isso só acontece com “os outros”, certo?
Infelizmente, não. Aqui estão os principais sintomas que podem
indicar que você tem uma intolerância alimentar.
Fadiga e letargia
Seria de esperar que qualquer alimento relacionado com algum
problema de saúde afetasse primeiro seu estômago, mas nem sempre é o caso. A
intolerância a alimentos específicos, presentes em sua dieta, pode afetar seus
níveis de energia.
Constipação
Beber muita água não resolveu o problema, e tampouco moderar seu
consumo excessivo de flocos de cereais. Então, se você ainda tem dificuldade
para ir ao banheiro, dia após dia, o problema pode ser algo que você está
comendo.
Inchaço e cólicas
estomacais
O desconforto do inchaço e das cólicas costuma ser muito
subestimado — e muito incapacitante.
Diarreia
A diarreia é o mais inoportuno dos sintomas relacionados com a
digestão e é comum em pessoas intolerantes à lactose. Geralmente ela vem
acompanhada de dores abdominais — então pode ser que seu médico mande você
dizer adeus ao iogurte.
Todos os sintomas mencionados acima costumam aparecer algum
tempo depois de comer
Ao contrário das alergias alimentares, que são muito mais comuns
em crianças, você vai sentir os efeitos da intolerância alimentar algum tempo
depois de ingerir o alimento agressor. Portanto, quando apresentar algum desses
sintomas, tente se lembrar do que você comeu durante as primeiras horas desse
dia.
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