Funcionária
do Walmart será indenizada em R$ 15 mil por ser obrigada a rebolar em 'ritual
motivacional'
O Walmart terá de indenizar em R$ 15
mil uma funcionária que era obrigada a entoar gritos de guerra e rebolar na
frente dos colegas todos os dias, no início da jornada de trabalho, durante
"rituais motivacionais" da empresa.
A auxiliar ainda alegou à Justiça do
Trabalho que, se o chefe achava que o rebolado não estava bom, mandava
continuar até se sentir satisfeito. O TST (Tribunal Superior do Trabalho)
considerou o ato constrangedor e exigiu indenização por danos morais.
Em sua defesa, o Walmart afirmou que
ela nunca foi obrigada a participar das práticas e que essas reuniões, chamadas
de "Mondays", eram momentos de "descontração", sem qualquer
intenção de humilhar os colaboradores. Eles entoavam o "Wal Mart
Cheer", hino conhecido em toda a rede.
Mas, na avaliação do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região, do Rio Grande do Sul, a empresa
"extrapolou seu poder diretivo e sujeitou os empregados a tratamento
humilhante e constrangedor, desrespeitando sua dignidade."
Reboladas e castigos em outros estados
Por incrível que pareça, não é a
primeira vez que um funcionário ganha na Justiça por ter de rebolar durante o
hino motivacional no Walmart. Em setembro do ano passado, a 2ª Vara do Trabalho
do Distrito Federal condenou a rede pelo 'abuso' e determinou indenização de R$
30 mil.
Já em 2013, um ex-funcionário também
entrou na Justiça contra a rede alegando que era castigado caso não cumprisse
as metas de vendas. Os castigos variavam entre fazer a limpeza do chão do
supermercado e descarregar mercadorias dos caminhões de entrega. A rede teve de
pagar R$ 6 mil ao ex-vendedor.
Procurado pelo Brasil Post, o Walmart
ainda não comentou sobre o assunto.
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