segunda-feira, 1 de abril de 2013

Devanear...


O torso arcaico de Apolo - Rainer Maria Rilke
Não conhecemos sua cabeça inaudita Onde as pupilas amadureciam. Mas Seu torso brilha ainda como um candelabro No qual o seu olhar, sobre si mesmo voltado Detém-se e brilha. Do contrário não poderia Seu mamilo cegar-te e nem à leve curva Dos rins poderia chegar um sorriso Até aquele centro, donde o sexo pendia. De outro modo erger-se-ia esta pedra breve e mutilada Sob a queda translúcida dos ombros. E não tremeria assim, como pele selvagem. E nem explodiria para além de todas as fronteiras Tal como uma estrela. Pois nela não há lugar Que não te mire: precisas mudar de vida.

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Mais uma etapa superada...