Terror Revolucionário
na França
Terror Revolucionário na França
O rei Luís XVI perdeu a cabeça na
guilhotina
A Revolução Francesa marcou profundamente o mundo ocidental, a
tal ponto que é considerado o evento inaugurador da Idade Contemporânea.
Ficaram marcadas também as práticas políticas realizadas durante a Revolução,
como as ações legislativas, e o terror revolucionário. Mas o que foi o terror
revolucionário?
A origem do nome remete às ações efetuadas pelo governo
comandado pelos jacobinos entre setembro de 1793 e julho de 1794. O nome terror
foi dado pelos adversários dos jacobinos, pois geralmente eram eles os alvos
das ações, que consistiam principalmente na execução na guilhotina, onde os
condenados perdiam a cabeça, literalmente.
A morte do jornalista, médico e escritor Jean-Paul Marat – o Amigo do Povo, próximo aos
sans-culottes –, em julho de 1793, por Charlote Corday, ligado aos girondinos,
foi o que desencadeou as ações da fase do terror da
Revolução Francesa.
Em 21 de Janeiro de 1793, o rei Luís XVI já havia sido
guilhotinado. Mas a subida de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
no lugar de Georges Danton, em setembro de 1793, transformou a execução dos
opositores em uma prática corriqueira, após as acusações de ações
contrarrevolucionárias. Bastava quase sempre que houvesse a acusação de ações
contra o governo revolucionário para que fosse dada a sentença de execução.
Maria Antonieta, a ex-rainha, foi o símbolo das execuções à
direita de Robespierre, que ainda incidiram sobre membros da aristocracia e do
clero. Estima-se que aproximadamente 35 mil pessoas foram executadas no
período, sendo que 15% eram aristocratas e membros do clero, e os demais seriam
membros da burguesia, do campesinato e trabalhadores urbanos.
Perseguição e prisões foram comuns com o terror revolucionário
na França.
Essa última informação indica que Robespierre passou a condenar
inclusive seus antigos apoiadores. Hébert e Danton, destacados líderes
jacobinos, foram guilhotinados no início de 1794. O terror contra os opositores
acabou isolando Robespierre, que perdeu apoio popular.
Em 27 de julho de 1794 (09 de terminador, segundo o calendário
revolucionário), a burguesia voltou a ter o poder na Convenção. Os jacobinos
foram destituídos do poder, sendo perseguidos e executados, assim como os
sans-culottes. Robespierre foi guilhotinado em abril.
A Convenção Termidoriana, como ficou conhecido o período depois,
foi marcada por outro terror, o Terror Branco. Jovens de direita passaram a
percorrer as ruas de Paris para intimidar e executar os líderes sans-culottes,
além de assaltar os clubes republicanos. Essas situações mostraram que a
perseguição política não era um monopólio nem da direita e nem da esquerda.
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