quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mais homofobia...


Rapaz afirma ter sido agredido após abraçar namorado em trem em SP
Vítima diz ter sido insultada e agredida por motivos homofóbicos.
Caso teve início em trem da Linha 12, da CPTM, em Itaquaquecetuba.
Um operador de telemarketing afirma ter sido agredido em uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) após abraçar o namorado dentro de uma composição da Linha 12-Safira. Segundo Marlon Marques Emboava, de 23 anos, ele e o namorado, que tem 24 anos, foram insultados ainda dentro do trem e empurrados para a plataforma da Estação Engenheiro Manoel Feio, emItaquaquecetuba, na Grande São Paulo, no final da tarde desta segunda-feira (1º).
Segundo Emboava, ele e o namorado voltavam do trabalho quando começaram a ouvir insultos e piadas preconceituosas de um homem de aproximadamente 30 anos dentro da composição. O agressor usava uniforme de gari e o empurrou para fora do transporte público assim que o trem parou na Estação Engenheiro Manuel Feio. Na plataforma, Emboava foi agredido com socos e empurrões e, então, insultou o gari.
Segundo a vítima, seguranças da CPTM foram acionados e chegaram a passar pelo agressor, mas nada fizeram. "Ele passou por quatro seguranças que o cumprimentaram balançando a cabeça, mas nada fizeram", conta Emboava.
Questionados, os vigilantes teriam alegado que não poderiam fazer nada. "Eles disseram que a gente tinha que sair da estação e chamar a polícia", completa.
A CPTM informou ao G1, por volta das 15h40 desta quinta-feira (4) que "tomou conhecimento do fato por meio dessa reportagem e irá apurar a forma de atuação dos vigilantes terceirizados de acordo com as informações nela contidas. Caso seja verificado o não cumprimento dos procedimentos internos serão tomadas medidas administrativas cabíveis." A companhia ainda informou que usuários que presenciarem irregularidades podem denunciar pelo SMS Denúncia, pelo telefone 97150-4949, ou pela Central de Atendimento ao Usuário, no 0800-55-0121, ou ainda pelas Redes Sociais da Companhia.
O operador de telemarketing e o namorado, então, ligaram para a Polícia Militar e começaram a seguir o agressor pelas ruas no entorno da estação, em Itaquaquecetuba. Entretanto, eles desistiram com medo de serem vistos pelo agressor. Policiais chegaram ao local após alguns minutos e realizaram uma ronda pela área em busca do gari, mas não o localizaram.

Ainda na segunda-feira, a vítima procurou atendimento no Hospital Municipal de Itaquaquecetuba. Na manhã seguinte, ele registrou boletim de ocorrência por agressão na delegacia da cidade. Emboava passará por exame de corpo de delito nesta quinta-feira, no Instituto Médico Legal de Artur Alvim, na Zona Leste da capital.
"A minha intenção é fazer com que ele pague por esse crime. Quero que ele seja indiciado. Enquanto acontecer isso e ninguém fizer nada, situações como essa se repetirão". O namorado de Emboava, que tentou apartar a briga, sofreu ferimentos leves, mas preferiu não registrar ocorrência.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foi procurada, mas até as 17h desta quinta não havia informado o andamento das investigações.

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