sexta-feira, 5 de abril de 2013

Tecnologia bem-vinda...


Cientistas japoneses decifram parcialmente conteúdo dos sonhos
Pesquisadores criaram espécie de léxico que associa sinais do cérebro a imagens

Uma equipe de cientistas japoneses anunciou ter conseguido decifrar parcialmente o conteúdo dos sonhos, uma experiência intrigante que consideram útil para a análise do estado psíquico, a compreensão das doenças psicológicas e até mesmo o controle de máquinas através do pensamento.
"Há muito tempo, os humanos se interessam pelos sonhos e seus significados, mas até agora apenas a pessoa que sonha conhece o conteúdo de seu sonho", explicam os cientistas do laboratório de Yukiyasu Kamitani do Instituto Internacional de Pesquisas de Telecomunicações Avançadas (ATR) de Kyoto.
Até agora, apenas a pessoa que sonha conhece o conteúdo de seu sonho, revelam cientistas responsáveis pelo estudo.
Para avançar na compreensão científica dos sonhos, os cientistas criaram um dispositivo para decodificar as imagens que uma pessoa observa durante a fase onírica.
Para isto, registraram repetidamente a atividade cerebral de três pessoas durante a fase de sonho. Quando aparecia no monitor de análises um sinal correspondente a uma fase de sonho, os cientistas despertavam os voluntários e perguntavam que imagens haviam acabado de ver. A operação foi repetida mais de 200 vezes por pessoa.
Este exercício permitiu criar uma tabela de correspondências entre a atividade cerebral e objetos ou temas de diversas categorias (alimentos, livros, personalidades, móveis, veículos, etc.) observados nos sonhos: uma espécie de léxico que associa um sinal cerebral a uma imagem.
A experiência visual durante o sonho é representada por padrões específicos de atividade cerebral, o que permite decifrar o conteúdo.
Uma vez que esta base de dados foi criada, a exploração da atividade cerebral por meio de ressonância magnética permitiu saber quais imagens as pessoas viam durante os sonhos, graças ao registro dos mesmos sinais característicos.
Em 60 a 70% dos casos, a predição foi exata. "Nossos resultados demonstram que a experiência visual durante o sonho é representada por padrões específicos de atividade cerebral, o que permite decifrar o conteúdo dos sonhos", explicou a equipe do professor Kamitani.

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