Manual
da Copa para todos os gostos (e desgostos)
Vai torcer na rua, em casa ou no
motel? A favor do Brasil, contra ou muito pelo contrário? Ou quer distância
disso tudo? ÉPOCA traz a solução
A Seleção Brasileira treina na Granja
Comary, em Teresópolis.
Torcedores e atletas estrangeiros começam a desembarcar
no país, operários removem tapumes de aeroportos e estádios. Parece que teremos
mesmo uma Copa do Mundo no Brasil. Agora que a mais polêmica de todas as Copas
é inevitável, a menos de duas semanas do jogo de abertura, é hora de se
preparar.
Para a festa ou para o protesto, nos estádios ou nas ruas, na vitória
magra ou na vitória por goleada – o brasileiro não aceita outra opção. Entre a
abertura no Itaquerão, no dia 12, em São Paulo, e a final, em 13 de julho, no
Rio de Janeiro, o Brasil viverá 32 dias inesquecíveis. O país do futebol será
oficialmente, pela primeira vez em mais de 50 anos, O País do Futebol do Mundo
Todo. Você está pronto?
1. Para quem vai ao estádio
Antes de tudo, parabéns. Mais de 6
milhões de brasileiros inscreveram-se para comprar um ingresso – e você
conseguiu. Agora, aproveite. Para começar, prepare o bolso. O churrasquinho
padrão Fifa não chega a ser tão caro quanto o ingresso, mas assusta: R$ 15. Lembre-se
de deixar a caxirola em casa.
O ex-instrumento oficial da Copa, apresentado ao
país pela presidente Dilma Rousseff, foi banido dos estádios – alguém descobriu
que levar um desses na cabeça é bastante desagradável. Substitua a caxirola por
seu próprio gogó.
O Hino Nacional, cantado a plenos pulmões, foi a melhor coisa
da Copa das Confederações, em 2013, e deverá se repetir na Copa do Mundo.
Capriche a partir de “Formoso céu, risonho e límpido”, quando as câmeras de TV
desistem dos jogadores e passam a perseguir torcedores como você. Pega mal ser
exposto no telão do estádio – e em TVs do mundo todo – de boca fechada ou
embromando.
2. Para quem quer festejar
A ideia das fan fests, organizadas
pela Fifa em cada cidade sede, com telões gigantes e pique de comemoração, é
reproduzir fora das arenas o clima de estádio – e muito mais. A festa terá
shows ao vivo e mais de uma centena de barracas, com comidas típicas e
artesanato local.
Entre os artistas, Erasmo Carlos, Skank e Jota Quest. A
segurança é reforçada, e há banheiros móveis. Há “espaço kids” para pais que
querem cuidar dos filhos e não perder faltas, lances duvidosos ou cobranças de
pênalti. No site da Fifa, estão os locais das fan fests nas 12 cidades e sua
programação completa.
3. Para quem quer folia barata
Quer colorir seu bairro? Reúna
pincéis e latas de tinta. Para preservar a pintura, que sai facilmente com a
passagem dos carros, o ideal é decorar a rua na véspera do primeiro jogo. As
festas de rua são a forma mais antiga e tradicional de entrar no clima da Copa
e de gastar pouco – enquanto uns atacam com os pincéis, os vizinhos cuidam para
não faltar cerveja gelada e petiscos.
Há outras opções de folia barata. Os
blocos de rua, como na Vila Madalena, em São Paulo, ou na Rua Alzirão, no Rio,
reúnem festeiros gringos e locais no pique de Carnaval. Na praia, atenção para
a programação dos quiosques nos calçadões. Dá para comemorar gastando pouco.
Cuidado apenas para não exagerar. A Copa dura um mês inteiro!
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