segunda-feira, 28 de março de 2016

Diversidade amorosa...






"Namoro um homem casado há 25 anos e, agora, tenho outro amante"


Como na novela "Eta Mundo Bom", mulher de 57 anos vive dois relacionamentos secretos ao mesmo tempo




Diana, vivida por Priscila Fantin na novela das seis da Globo, "Eta Mundo Bom", é uma golpista que tenta se dar bem de qualquer jeito. Foi amante de Severo, interpretado por Tarcísio Filho, e, agora, vive outro romance secreto com o filho dele, Braz, vivido por Rômulo Neto. 


Mas, será que só na ficção ser amante é uma escolha? Tudo bem que o motivo da dançarina da ficção é vil, ela quer se dar bem, mas tem quem ache que ser "a outra" é algo que nenhuma mulher que não queria tirar vantagens quer; e se não for bem assim?


 Juliana*, de 57 anos, garante que ser amante não é um problema. "Namoro há 25 anos um homem casado. É bom porque nos vemos todos os dias, mas, à noite, ele vai embora. O sexo é bom e não tem nenhuma chatice do casamento", diz a aposentada ao Delas.


“Quando meu marido me deixou, fiquei sem chão. Tinha casado virgem, meu sonho era ter uma casa, uma família, mas ele não se esforçava nada. Nem sei se ele tinha outra, mas fui fiel até o fim"


Antes de ser "a outra", Juliana foi casada por dez anos e tem um filho. "Sei o que é ser casada, trabalhar fora, lavar, passar e criar um filho.


 Não quero mais passar por isso. Hoje, vivo na minha casa sozinha, tenho a minha vida e gosto dessa independência", diz ela, que passou por uma separação conturbada. "Quando meu marido me deixou, fiquei sem chão. Tinha casado virgem, meu sonho era ter uma casa, uma família, mas ele não se esforçava nada. Nem sei se ele tinha outra, mas fui fiel até o fim", lembra. 


 Ser 'a outra' pode ser vontade de algumas mulheres


 "Ele se aproximou". O romance de Juliana com um homem casado começou exatamente após sua separação.


 "Trabalhávamos juntos e ele se aproximou na tentativa de me ajudar a superar aquela fase. Foi aí que me apaixonei de verdade. Nunca quis que ele deixasse a mulher e viesse morar comigo e, pelo que sei, a mulher dele também não se importa. Parece que eles não querem se separar por questões financeiras e divisão de posses. Mas, na verdade, isso não me interessa muito", explica.


“Ele também é casado, então, ficamos de vez em quando. Olha como é a vida: namoro um homem casado há 25 anos e, agora, tenho outro amante"


 Outro amante


Apesar de manter esse relacionamento com o segundo homem com quem transou na vida, há um ano, a aposentada se surpreendeu com um novo romance.




"Ele se aproximou de mim no curso que frequentamos. Flertamos e, no início, não achei que fosse passar disso. Afinal, já não sou mais nenhuma garotinha, nunca achei que outra pessoa fosse me desejar, sabe?", diz. Mas, para sua surpresa, o relacionamento evoluiu. "Ele também é casado, então, ficamos de vez em quando. Olha como é a vida: namoro um homem casado há 25 anos e, agora, tenho outro amante", comenta.




De acordo com especialistas, quem nunca se viu como amante está sujeito à armadilha do apaixonamento. “O encontro é sempre fortuito, a realidade fica escamoteada e a fantasia predomina, até que a realidade se impõe”, afirma ao Delas o psiquiatra Paulo Quinet, membro da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, sobre o tema.


 Vários motivos


 Consultada pelo Delas, Clarissa Corrêa Menezes, psicóloga e doutora em psicologia de desenvolvimento humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, comentou sobre o tema há algum tempo e, segundo ela, são muitos os motivos que podem levar uma pessoa a ser o terceiro em uma relação.


“Não existe acaso. Acredito que dois tipos de pessoas entram nessa relação: os que começam despretensiosamente, sem levar a sério, e os que têm autoestima baixa e aceitam um ‘pedacinho’ do outro. Muitas vezes o casamento está sem graça, e entra o sexo, a aventura. Há também pessoas que têm dificuldade de se vincular. Se relacionar com alguém que já tem uma esposa te protege de um envolvimento”, afirma a especialista.


 A condição de amante geralmente é encarada como temporária. E muita gente passa a vida sendo iludida, diz psicóloga.



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