terça-feira, 10 de maio de 2016

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Refletindo...


O medíocre discute pessoas. 

O comum discute fatos. 

O sábio discute ideias.

(Provérbio chinês)

Língua afiada...


Pegadinha gramatical

CORREÇÃO GRAMATICAL:  OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELAS DESILUSÕES ORTOGRÁFICO-AMOROSAS


7. Meio ou Meia

Meio ou meia? Cuidado para não perder suas meias nessa dúvida…

Errado: Ela ficou meia chateada depois da conversa.

Correto: Ela ficou meio chateada depois da conversa.

Explicação: Meio pode ser advérbio de intensidade e numeral fracionário e é aí que surge a confusão. Como advérbio, tem sentido de “um pouco” e se apresenta vinculado a um adjetivo, não varia: meio cansada, meio distraído, meio metida, meio maluco.

Como numeral, virá vinculado a um substantivo e concorda com o gênero (feminino e masculino): meio litro, meia xícara, meio pote, meia hora.

8. A fim ou Afim

A fim ou afim? Veja a resposta correta abaixo.

Errado: Ele está muito afim da minha prima.

Correto: Ele está muito a fim da minha prima.

Explicação: As locuções a fim de e a fim de que exprimem ideia de finalidade e podem ser substituídas por para e para que, respectivamente.

Exemplos: Fez de tudo a fim de (para) nos convencer da sua inocência./ 
Os pais economizaram durante anos a fim de (para que) que o filho estudasse no exterior.

Ainda se usa a locução a fim de no sentido de “com a intenção de”, “com vontade de”.

Exemplo: Não estava a fim de conhecer pessoas naquele dia. (não tinha vontade de conhecer, não tinha intenção de conhecer)

Na linguagem informal, “estar a fim de alguém” é ter interesse afetivo pela pessoa, como no primeiro exemplo.

O adjetivo afim é empregado para indicar que uma coisa ou pessoa tem afinidade com a outra. Na maior parte das vezes, o adjetivo aparece no plural. Exemplo: Os dois tinham ideias afins (parecidas).

9. Nada a ver ou Nada haver

Nada a ver ou nada haver? Qual pode causar um erro gramatical?

Errado: Esse tipo de música não tem nada haver comigo.

Correto: Esse tipo de música não tem nada a ver comigo.

Explicação: O verbo haver está frequentemente associado a existir, por isso, é comum que algumas pessoas achem que uma coisa não coexiste com outra e utilizam nada haver.

Nada a ver é a forma correta de escrita desta expressão e é a forma negativa da expressão ter a ver. Sinônimos: não ter relação com, não corresponder, não dizer respeito a.

Obs.: Existe a expressão não ter nada a haver. Embora pouco usada, significa não ter nada a receber, nada a reaver, referindo-se ao ato de não ter quantias monetárias para serem recebidas.

Exemplo: Já não tenho nada a haver de meus clientes.


http://viverdeblog.com/erros-gramaticais/

Interessante...

RG

Temos 188 Hitlers, 387 Rihannas e 165 Maradonas registrados no Brasil, diz IBGE

Entre os registros brasileiros levantados pelo IBGE, também existem Madonnas, Einsteins, e Hamlets

Diga-me como se chamas e te direi quem és. Nesta quarta, 27, o IBGE divulgou o levantamento nacional de nomes brasileiros. O top five não poderia ser menos previsível: Maria é o nome mais comum (são mais de 11 milhões delas), seguidas de José, Ana e João e Antônio. 

A grande verdade é que bem mais interessante, são os outros registros. Temos 130 mil nomes diferentes que nos avisam: entre os brasileiros existem Madonna, Einstein, Zelda e Vader.

Prince, por exemplo, pode até ter falecido no último dia 21. Mas ainda está presente no Brasil. Não em forma de música, em pessoas mesmo: 220 deles - sendo 27 mulheres -, para ser mais exato. 
Também temos 113 Djavan e 245 Cazuza. O RG também tem espaço para os eruditos. Apesar do orgulho dos austríacos, podemos dizer que não tivemos um, mas 113 Beethoven. E os que preferem as divas do pop podem dizer que são do mesmo país que 386 Rihanna.
Aparentemente, a literatura também é um fator pesa na hora de fazer o registro da criança. São mais de 88 mil Iracema, apesar da popularidade estar caindo - na década de 1950 o nome teve seu momento de hit, eram quase 21 mil mulheres homenageando a índia do José de Alencar. 
Em 2000, o número caiu para 488. Mais juvenis, Emília também marca presença com 51 mil crianças registradas - a maioria delas no Paraná. Também são 21 Capitu que, independente de ter traído ou não, é compatriota de 92 Hermione e dos 29 Hamlet.
A disputa de Senna e Schumachers talvez seja mais acirrada nos cartórios do que realmente foi na pista. Os dois pilotos estão tecnicamente empatados, ambos na casa dos 30. O brasileiro com 36, quatro a mais do que o alemão, garantindo a pole por enquanto. No futebol, por outro lado, o Brasil perde mesmo. Temos 112 Pelé, contra 165 Maradona, nenhum vindo da Argentina - a maior parte deles nasceu no Maranhão.
Além dos já citados homônimos do criador da Teoria da Relatividade, o Brasil também conta com mais de 9 mil Newton, 480 Darwin, e 187 Lavoisier. Aliás, vale o registro: as coisas se perdem, sim, no mundo do químico francês. Na década de 1970, o nome alcançou 42 novas crianças (o ápice), mas desde os anos 1990 ninguém foi batizado assim.
Preocupante mesmo, na verdade, é o fato de termos 188 Hitler com direito a CPF - sendo que 24 deles foram registrados a menos de 20 anos. Todos nascidos no sudeste do país. Pelo menos temos 64 Gandhi (e outros 43 Gandi) para dar uma equilibrada. Menos mal. 

http://super.abril.com.br/cotidiano/temos-188-hitlers-386-rihannas-e-165-maradonas-registrados-no-brasil-diz-ibge

História...


Rômulo, Remo e a fundação de Roma


A história da fundação de Roma está ligada a uma origem mitológica. Segundo a lenda mais tradicional, os dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, participaram da fundação da cidade após terem sido abandonados no rio e salvos por uma loba que os amamentou, mantendo-os vivos. Mas por que os irmãos gêmeos foram abandonados no rio?

Rômulo e Remo seriam descendentes de Eneias, um guerreiro e nobre troiano, filho da deusa Vênus e de Anquises. Eneias havia saído de Troia após a cidade ter sido destruída pelos gregos no desfecho da vitória na famosa Guerra de Troia.

Vagando pelo mar Adriático, Eneias chegou à região do Lácio, onde anos mais tarde Rômulo iria construir Roma. Eneias aproximou-se da população local, conseguindo ainda se casar com Lavínia, filha do rei Latino. Fundou a cidade de Alba Longa, iniciando a adoração aos deuses que cultuava em sua cidade de origem.

A cidade cresceu, mudando a vida das pessoas que habitavam na região de Alba Longa. O primeiro rei da cidade foi Ascânio, filho de Eneias, que gerou uma descendência no comando da cidade. Após 12 gerações, nasceram Rômulo e Remo, os gêmeos filhos de Reia Sílvia.

Reia Sílvia, que era filha de Numitor, rei de Alba Longa, era uma vestal – nome dado às sacerdotisas virgens da deusa Vênus. Reia havia se tornado uma vestal por ordem de Amúlio, irmão de Numitor.

O objetivo de Amúlio era ocupar o trono da cidade de Alba Longa e, para isso, depôs Numitor, matou todos seus filhos homens e tornou Reia uma vestal, para que ela não gerasse descendentes. O objetivo era impedir que os filhos de Reia competissem com ele para conseguir o poder na cidade.

Mas Reia Sílvia engravidou, indicando que o pai era o deus Marte. Ao saber do nascimento dos gêmeos Rômulo e Remo, Amúlio ordenou que as crianças fossem jogadas no rio Tibre. Entretanto, as águas empurraram o cesto em que estavam as crianças para as margens do rio.

Nesse local, eles foram encontrados por uma loba que os amamentou, mantendo-os vivos. Ao passar pelo local, um pastor viu as crianças e levou-os para serem criados em sua aldeia.

Rômulo e Remo cresceram como pastores e caçadores, tornando-se adultos fortes. Nesse período eles foram descobertos por Amúlio. O rei conseguiu capturar um dos irmãos, Remo, após a participação dos dois em um evento esportivo. Tanto Amúlio quanto Rômulo e Remo passaram a saber que eram descendentes de Eneias e tinham direito ao trono.

Os gêmeos souberam também que eram netos de Numitor. Com o conhecimento de sua origem e da ação de Amúlio para se tornar rei, Rômulo e Remo vingaram seu avô, depondo Amúlio e colocando Numitor no trono.

Mas os gêmeos não ficaram em Alba Longa. Eles decidiram fundar outra cidade, no local onde haviam sido abandonados. Construíram muros, mas não sabiam quem iria governá-la, já que, por serem gêmeos, não havia um que fosse mais velho que o outro.

Para decidir sobre isso, cada um subiu em um dos sete morros da região – Remo, no morro Aventino, e Rômulo, no morro Palatino – para esperar um presságio que decidiria a disputa.
Remo recebeu o primeiro presságio: seis abutres. Rômulo recebeu seu presságio depois: doze abutres.

Os partidários de Remo saudaram-no como rei por ser o primeiro a receber as aves. Os partidários de Rômulo também o saudaram como rei, pois havia recebido um número maior de aves. Mas durante a disputa que se iniciou, Rômulo acabou por matar Remo. Com a morte do irmão, Rômulo tornou-se o primeiro rei da nova cidade, que recebeu o nome de Roma em sua homenagem.

Com Rômulo iniciava-se também o período da Monarquia em Roma. Essa história permite ao leitor perceber que no mito de origem da cidade de Roma há uma forte ligação com a civilização grega, já que Eneias fez parte da história dos gregos. A lenda explica como desde o início a civilização romana buscou se aproximar da civilização grega, compartilhando uma origem cultural comum.

http://escolakids.uol.com.br/romulo-remo-e-a-fundacao-de-roma.htm

Viva a sabedoria...

A ÉTICA EM EPICURO
Filosofia
A doutrina de Epicuro surgiu em um momento de insatisfação com a condição das Cidades-Estados gregas. A vida social na Pólis era leviana e marcada pela injustiça social.
O poder se concentrava nas mãos de poucos: a aristocracia urbana. Não havia felicidade entres os homens no contexto social, no qual as pessoas se interessavam estritamente pelas riquezas e pelo poder; no contexto religioso, no qual predominava a superstição, a religião tornou-se servil, cercada de mitos e ritos sem significação e também crescia a procura por oráculos e a crença em adivinhações.
As pessoas gozavam dos prazeres mais supérfluos advindos das riquezas e, assim, eram relativamente felizes, pois estavam se esquecendo do que realmente proporciona a felicidade. Foi a partir disso que Epicuro criou sua doutrina contra a superstição e os bens materiais, voltada para uma reflexão interior e busca da verdadeira felicidade.
Essa doutrina é dividida em canônica, física e ética. Porém, as duas primeiras partes são esclarecimentos para a fundamentação da ética, visto que as ciências naturais só são importantes na medida em que servem de auxílio à moral. Nenhuma teoria é válida se não possuir um objetivo moral, o qual não possa ser aplicado na vida prática.

A finalidade de sua ética consiste em propiciar a felicidade aos homens, de modo que essa possa libertá-los das mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais, quer sejam causadas por motivos religiosos.

A Felicidade é alcançada por meio do controle dos medos e dos desejos, de maneira que seja possível chegar à ataraxia, a qual representa um estado de prazer estável e equilíbrio e, consequentemente, a um estado de tranquilidade e a ausência de perturbações, pois, conforme Epicuro, há prazeres maus e violentos, decorrentes do vício e que são passageiros, provocando somente insatisfação e dor.

Mas também há prazeres decorrentes da busca moderada da Felicidade.
Segundo Epicuro, a posse de poucos bens materiais e a não obtenção de cargos públicos proporcionam uma vida feliz e repleta de tranquilidade interior, visto que essas coisas trazem variadas perturbações.

Por isso, as condições necessárias para a boa saúde da alma estão na humildade. E para alcançar a felicidade, Epicuro cria 4 “remédios”:

1. Não se deve temer os deuses;
2. Não se deve temer a morte;
3. O Bem não é difícil de se alcançar;
4. Os males não são difíceis de suportar.

De acordo com essas recomendações, é possível cultivar pensamentos positivos os quais capacitam a pessoa a ter uma vida filosófica baseada em uma ética. A felicidade se alcança através de poucas coisas materiais em detrimento da busca do prazer voluptuoso.
O homem ao buscar o prazer procura a felicidade natural. No entanto é necessário saber escolher de modo que se evite os prazeres que causam maiores dores; quando o homem não sabe escolher, surge a dor e a infelicidade.
O sábio deve saber suportar a dor, visto que logo essa acabará ou até mesmo as que duram por um tempo maior são suportáveis. A conquista do prazer e a supressão da dor se dão pela sabedoria que encontra um estado de satisfação interna. 
A virtude subordinada ao prazer só pode ser alcançada pelos seguintes itens:

·    Inteligência – a prudência, o ponderamento que busca o verdadeiro prazer e evita a dor;

· Raciocínio – reflete sobre os ponderamentos levantados para conhecer qual prazer é mais vantajoso, qual deve ser suportado, qual pode atribuir um prazer maior, etc. O prazer como forma de suprimir a dor é um bem absoluto, pois não pode ser acrescentado a ele nenhum maior ou novo prazer;

·     Autodomínio – evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e participação política;

· Justiça – deve ser buscada pelos frutos que produz, pois foi estipulada para que não haja prejuízo entre os homens.

Enfim, todo empenho de Epicuro tinha como meta a felicidade dos homens. Nosjardins (comunidade dos discípulos de Epicuro) reinava a alegria e a vida simples. A amizade era o melhor dos sentimentos, pois proporcionava a correção das faltas uns dos outros, permitindo as suas correções.

Com isso, a moral epicurista é baseada na propagação de suas ações, pois ele não se restringiu apenas ao sentimento e ao prazer como normas de moralidade, mas foi muito além de sua própria teoria, sendo o exemplo vivo da doutrina que proferia.


http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm

Entendendo...

AS CASTAS INDIANAS
Sociologia
Na sociedade liberal, vivemos em uma cultura onde muitos acreditam que qualquer um pode ascender em termos sociais e econômicos por meio das riquezas acumuladas. Contudo, na Índia, trabalho e riqueza são parâmetros insuficientes para que possamos compreender a ordenação que configura a posição ocupada por cada indivíduo. Nesse país, o chamado regime de castas se utiliza de critérios de natureza religiosa e hereditária para formar seus grupos sociais.
Segundo algumas pesquisas, o regime de castas vigora a mais de 2600 anos na Índia e tem origem no processo de ocupação dessa região. A primeira distinção desse sistema aconteceu por volta de 600 a.C., quando os arianos foram diferenciados dos habitantes mais antigos e de pele mais escura pelo termo “varna”, que significa “de cor”. 
A partir de tal diferenciação, os varna foram socialmente ordenados de acordo com cada uma das partes do corpo de Brahma, o Deus Supremo da religião hindu.
No topo dessa hierarquia, representando a boca de Brahma, estão os brahmin. Em termos numéricos representam apenas 15% da população indiana e exercem as funções de sacerdotes, professores e filósofos. Segundo consta, somente uma pessoa da classe brahmin tem autoridade para organizar os cultos religiosos e repassar os ensinamentos sagrados para o restante da população.
Logo abaixo, vêm os kshatriya que, segundo a tradição, seriam originários dos braços de Brahma. Estes exercem as funções de natureza política e militar e estão diretamente subordinados pelas diretrizes repassadas pelos brâmanes. Apesar desse fato, em diversos momentos da história indiana, os kshatriya organizaram levantes e motins contra as ordenações vindas de seus superiores.
Compondo a base do sistema de castas indiano, ainda temos os vaishas e shudras. Os primeiros representam as coxas do Deus Supremo e têm como função primordial realizar as atividades comerciais e a agricultura. Já os shudras estabelecem uma ampla classe composta por camponeses, operários e artesãos que simbolizam os pés de Brahma. Há pouco tempo, nenhum membro desta casta tinha permissão para conhecer os ensinamentos hindus.
Paralelamente, existem outras duas classes que organizam a população indiana para fora da ordem estabelecida pelas castas. Os dalit, também conhecidos como párias, são todos aqueles que violaram o sistema de castas por meio da infração de alguma regra social. Em conseqüência, realizam trabalhos considerados desprezíveis, como a limpeza de esgotos, o recolhimento do lixo e o manejo com os mortos. Uma vez rebaixado como dalit, a pessoa coloca todos seus descendentes nesta mesma posição.
Os jatis são aqueles que não se enquadram em nenhuma das regras mais gerais estabelecidas pelo sistema de castas. Apesar de não integrarem nenhuma casta específica, têm a preocupação de obterem reconhecimento das castas superiores adotando alguns hábitos cultivados pelos brâmanes, por exemplo. Geralmente, um jati exerce uma profissão liberal herdada de seus progenitores e não resignificada pela tradição hindu.

Oficialmente, desde quando a Índia adotou uma constituição em 1950, o sistema de castas foi abolido em todo o território. Contudo, as tradições e a forte religiosidade ainda resistem às ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais de três mil classes e subclasses que organizam esse complexo sistema de segmentação da sociedade indiana.
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/as-castas-indianas.htm

Cultura...

REFLEXÕES SOBRE A FAMÍLIA

Da velha à nova família

As formações familiares são profundamente influenciadas por velhos costumes e, portanto, hábitos dos séculos passados deixam traços nas atuais famílias "pós-modernas". No século XVII, Ariès cita dois fatores que despertam especial atenção, um quanto ao poder patriarcal nas uniões e o outro quanto aos primogênitos. 

O poder patriarcal era definidor quanto às intencionalidades das uniões, pois "quando se tratava de casamento, ninguém pensava em contestar o poder dos pais nessa questão". 

Os casamentos arranjados continuavam a ser uma forma de manutenção e expansão patrimonial. Entretanto uma alteração fundamental se instalou nessa "lógica econômica", que consistiu no fim da exclusividade dos bens dirigidos aos primogênitos e, consequentemente, incentivo aos filhos mais novos. Tal mudança causou indignação social e veio acompanhada por outras mudanças socioeconômicas.

No final do século XVII, a privacidade ainda era rara. As casas eram como grandes galpões, e essa ausência de delimitações fazia com que todas as coisas ficassem juntas, "não havia locais profissionais, tudo se passava nos mesmos cômodos em que eles viviam com sua família. Também se dormia, se dançava...". 

Aos poucos, alguns detalhes se modificaram, como as camas desmontáveis, que passaram a ser fixas e ganharam cortinas. Contudo, o cômodo onde ficava a cama nem por isso passou a ser um quarto de dormir, continuava a ser um local público, onde transitavam e dormiam mais pessoas além da família nuclear (pai, mãe, filhos e parentes próximos). 

Essas mudanças mobiliárias indicavam uma tranformação de valores, como o surgimento da ambição e da reputação. Para atingir tais valores, ninguém deveria se contentar com sua condição, e, para elevá-la, muitos se sujeitavam a uma polida e detalhada disciplina social, que era disseminada via manuais de civilidade. 

As mudanças continuam e se intensificam nos séculos seguintes, a família se torna mais fechada (nuclear) e sentimental, ao contrário do modelo anterior, que era mais funcional (a casa como empresa e as crianças que após o parto eram confiadas às amas de leite). As delimitações dos cômodos expõem uma conjunção de influências socioeconômicas da Europa e, dentre as aspirações de civilidade, a gradual passagem dos temas referentes ao corpo e sexualidade da igreja aos médicos.

Assim, nas famílias burguesas do século XVIII, a "nuclearização" e a interdição à masturbação assumiram progressivamente o centro do discurso, da visibilidade e, consequentemente, das preocupações. Nessa época, o problema da carne (pecado carnal) vai se transfigurando num problema do corpo (médico) e, principalmente, do corpo doente.

O forte movimento industrial e a urbanização demandavam e justificavam a "normalização dos hábitos". O empenho no controle social e de circulação da informação acabou por interditar os escritos pornográficos, por estarem associados aos atos de políticos, já que as prostitutas relatavam algumas confidências de alguns de seus clientes. 

Portanto, no início do século XVIII, o problema da sexualidade não estava ligado ao ato sexual em si e nem às orgias, mas ao trânsito de influências: "ao poder". No final do século XVIII, o controle do corpo já estava no âmbito médico, que realizava as demonstrações do perigo físico e, sobretudo, do perigo que emana dos desejos sexuais incontrolados das crianças. 

A passagem do controle do corpo aos médicos de certo modo simplificou o problema da carne, que passou a ser o controle do contato físico: quem, quando, onde e como se toca. Assim, as interdições da sexualidade passaram para a responsabilidade médico-familiar com a instauração das inspeções feitas pelos pais nas manifestações corporais de seus filhos. 

O corpo, pelo qual os pais eram, então, inteiramente responsáveis, tinha de ser conhecido e desvelado com o intuito de suprimir os desejos sexuais das crianças. E, de forma ambígua, ao mesmo tempo em que a sexualidade se tornou o grande problema, os espaços e os corpos ficaram mais próximos e expostos, dadas as várias inspeções em camas, roupas, aspecto físico, etc. Portanto, no século XVIII, a ideia predominante da sexualidade infantil era sobre sua não relacionalidade, e sendo as crianças autoeróticas, os pais se isentavam de se deparar com seus próprios desejos.

Dessa forma, a nuclearização da família moderna corresponde a uma mudança nas instâncias dos desdobramentos do poder de alma-corpo para igreja, médicos e pais, e, também, pela crescente urbanização e industrialização. As ideias sobre o incesto divulgadas, sobretudo, no final do século XIX, invertem as ideias predominantes até então: os pais devem se distanciar dos corpos dos filhos, pois são eles próprios os alvos da curiosidade sexual infantil. 

Tal revelação chocou os padrões morais do século XIX, mas trouxe a possibilidade de lidar melhor com os temas ligados à sexualidade e, assim, os controles sobre a masturbação foram relaxados. Nas famílias proletárias, em meados do século XIX, as campanhas e as ideias veiculadas entre as camadas mais "baixas" eram diferentes das voltadas às camadas mais "altas" e focalizavam o controle da natalidade e a interdição à livre união. 

Tais preocupações com o proletariado diferiam de cem anos antes, quando as famílias pobres estavam profundamente aderidas às práticas matrimoniais e havia uma "natural-religiosa" restrição à quantidade de filhos. Então, o que poderia estar se sucedendo é que o casamento estava ligado à vida comunitária das aldeias e aos modos aceitos para as transições patrimoniais. 

Por outro lado, com o incremento do proletariado urbano, os motivos que sustentavam as uniões e o controle da natalidade desapareceram. E, juntamente com a urbanização, as flutuações econômicas e as novas frentes de trabalho demandavam uma população igualmente flutuante e os casamentos decalcaram essa lógica.

Portanto, urbanização consolidou a organização dos movimentos sociais, e esse modus vivendi de total desapego se mostrou perigoso ao Estado, que iniciou campanhas reforçando o valor da estabilidade, do casamento, de quartos separados, de sexos separados, de camas individuais, de famílias em casas separadas com no mínimo dois quartos, etc. 

Essas campanhas de camadas de isolamento eram exatamente o oposto do que era veiculado, menos de cem anos antes, durante a luta antimasturbação - na qual o controle era realizado pela proximidade e pela possibilidade de visualização do ato proibido. 

Em síntese, do século XVII (da família permeada pela sociedade e essa fonte de uma elevada pressão, na qual a criança era instrumento a ser modelado para o avanço familiar) até o século XIX (o isolamento e o resguardo familiar da invasão e da pressão social), nota-se a transformação dos preceitos morais, como incremento da privacidade, polimento dos hábitos sociais, surgimento dos manuais de civilidade e melhoria das condições de higiene. 

A casa/família perdeu o seu caráter de lugar público, e, não sem motivo, que justamente nessa época surgiram os clubes e cafés (os PUBs - public houses). A vida profissional e a vida familiar foram progressivamente delimitadas, como coloca Ariès: "somos tentados a crer que o sentimento da família e a sociabilidade não eram compatíveis e só se podiam desenvolver à custa um do outro".

No início do século XX, houve uma nova transição de valores, no pós II Guerra com a emancipação sexual e econômica da mulher e na década de 70 com o movimento estudantil e a reedição da liberação da mulher (pílula). 

Esses novos valores colidem com forças histórico-culturais. Forças paradoxais de emancipação e reclusão se fazem presentes no final do século XX: a família resguardada, mas não mais nuclear, pois o marido e a mulher estão fora de casa trabalhando e terceiros fazem as vezes domésticas; e a moradia, embora mais fechada, se abre para as mudanças da empregabilidade (terceirização, serviços e terceiro setor), que reeditam, em alusão ao século XVII, a casa como local de trabalho, e, contraditoriamente a casa/família se rende à violência urbana, fechando-se. 

Esse novo "isolamento" da casa/família pode ser notado pelos aparatos cotidianos: a) o cuidado com quem adentra a residência ou o condomínio (burgo), cercas, sistemas de vigilância, porteiros, interfones, câmaras, etc. b) a transformação da casa em unidade autônoma como local de lazer e trabalho, com a implementação das diversas utilidades comunicacionais e domésticas (internet, televisão, home theater, piscina, churrasqueira, salão de festas) e dos estoques de comida (freezer).

A família pós-moderna que está se emancipando de tantos traços dos últimos séculos, ao tentar se defender das pressões e mazelas sociais, investe seus esforços para que a casa assuma funções seculares, como resguardo (privado) e trabalho (público). 

A diferença em relação aos séculos passados reside em alguns elementos como abertura das relações e menores idealização e resignação frente ao destino, que podem ser notadas na ampliação da capacidade de se permitir fazer escolhas.

http://awmueller.com/psicologia/velha-nova-familia.htm

Curiosidade...

ORIGEM DA CHAPINHA
O que anda fazendo a cabeça da mulherada é a moda dos cabelos lisos, mas para conseguir este feito precisam aderir ao uso da chapinha, também conhecida como “piastra”.
Engana-se quem pensa que essa moda é atual, essa mania existe há tempos.

Antigamente, para conseguir o efeito liso, as mulheres pegavam a cabeleira crespa e passavam banha de porco, sebo e óleo de peixe. Já no século 18, a tática era outra, lavava-se os cabelos com éter e ácido sulfúrico diluído em água.

Com o passar do tempo as técnicas foram evoluindo, tanto que, no século 19, as melenas eram domadas com a ação do calor, com toalhas molhadas em água fervente e barras de ferro aquecidas em carvão.

Já no século 20 descobriu-se que a temperatura de 100ºC faz com que o hidrogênio presente nos fios de cabelo evapore, deixando-os com o aspecto liso. A partir desse princípio diversas invenções foram surgindo, uma mais inusitada e com maior precisão do que a outra.

O protótipo da atual chapinha foi criado pelo engenheiro norte-americano Isaak K. Shero, chamando sua criação de flat iron.
Mas a moda de alisar os cabelos com esse tipo de equipamento só fez a cabeça da mulherada após 20 anos, em Paris, com o primeiro modelador de cabelos. 
Segundo alguns pesquisadores, esse aparelho tinha a aparência de uma pinça gigante e era aquecido no fogareiro, as mulheres testavam a temperatura até alcançar uma que proporcionasse o efeito liso.
As chapinhas elétricas surgiram na década de 80, e essa invenção logo virou febre entre as mulheres que possuíam certo poder aquisitivo. Atualmente, a conhecida chapinha tornou-se acessível a todas as classes sociais, tendo preços e qualidades diferentes, as mais cobiçadas são as de cerâmica e de infravermelho, pois proporcionam um efeito mais duradouro e mais natural.
O efeito da chapinha é totalmente reversível, basta expor o cabelo à umidade que ele volta ao natural.  Necessário tomar algumas precauções quanto ao uso de chapinhas, pois a utilização excessiva desse recurso prejudica os cabelos, enfraquecendo-os.

http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/origem-chapinha.htm

Mais uma etapa superada...