segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Viva a sabedoria...

Heráclito de Éfeso (Pré-socrático)

A filosofia Jônica culmina com Heráclito, (540-480 a. C.), o mais espantoso dos pré-socráticos”, no dizer de Jean Bernhardt. Com ele, e pela primeira vez, surge “o próprio problema da pesquisa e do homem que a institui”, escreve Nicola Abbagnano, na sua História da Filosofia.
Heráclito de Éfeso, filho de Blóson (ou, como também é dito, de Héracon), atingiu a sua plenitude na 69 Olimpíada (504-501 a. C.). Terá sido excepcionalmente altivo e arrogante, com claramente se percebe por esta frase do seu livro, que diz: “o muito aprender não ensina a ter inteligência...” Acabou por se converter num misantropo, retirou-se do mundo e foi viver para as montanhas, e aí se alimentava de ervas e plantas. Tendo, segundo Diógenes Laércio, IX, I, adoecido de hidropsia, desceu à cidade e findou os seus dias com cerca de sessenta anos.
Defendia a mudança radical de todas as coisas governada pelo Logos. Com efeito, tudo está em permanente devir. O fogo seria para ele o elemento primordial constituinte do universo: “Este mundo, o mesmo para todos os seres, nenhum dos deuses nem dos homens o criou; sempre foi, é e será fogo eternamente vivo, que se acende com medida e com medida se extingue” (fr. 30).
O livro que lhe é atribuído é denominado Da Natureza com base no conteúdo principal e divide-se em três discursos: Do Universo, Da Política e Da Teologia.

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