Heráclito de
Éfeso (Pré-socrático)
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A filosofia Jônica culmina com Heráclito, (540-480 a.
C.), o mais espantoso dos pré-socráticos”, no dizer de Jean Bernhardt.
Com ele, e pela primeira vez, surge “o próprio problema da pesquisa e do
homem que a institui”, escreve Nicola Abbagnano, na sua História da
Filosofia.
Heráclito de Éfeso, filho de Blóson (ou, como também é
dito, de Héracon), atingiu a sua plenitude na 69 Olimpíada (504-501 a. C.).
Terá sido excepcionalmente altivo e arrogante, com claramente se percebe por
esta frase do seu livro, que diz: “o muito aprender não ensina a ter
inteligência...” Acabou por se converter num misantropo, retirou-se do mundo
e foi viver para as montanhas, e aí se alimentava de ervas e plantas. Tendo,
segundo Diógenes Laércio, IX, I, adoecido de hidropsia, desceu à cidade e
findou os seus dias com cerca de sessenta anos.
Defendia a mudança radical de todas as coisas governada
pelo Logos. Com efeito, tudo está em permanente devir. O fogo seria
para ele o elemento primordial constituinte do universo: “Este mundo, o mesmo
para todos os seres, nenhum dos deuses nem dos homens o criou; sempre foi, é
e será fogo eternamente vivo, que se acende com medida e com medida se
extingue” (fr. 30).
O livro que lhe é atribuído é denominado Da Natureza com
base no conteúdo principal e divide-se em três discursos: Do Universo, Da
Política e Da Teologia.
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Viva a sabedoria...
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