PEGADINHA
GRAMATICAL
Colocação
pronominal após a vírgula
Entre os questionamentos acerca dos assuntos
gramaticais está a colocação pronominal após a vírgula: usa-se ênclise ou
próclise?
A colocação pronominal após a vírgula suscita um
questionamento: usamos a ênclise ou a próclise?
Eis que não é difícil afirmar que a colocação pronominal
impera no que tange aos tantos questionamentos relativos aos assuntos
gramaticais, não é verdade? Ela, assim como os demais assuntos, está sujeita a
pormenores, fato que representa certa dificuldade para muitos usuários. Pois
bem, a discussão aqui proposta faz referência ao uso dessa ocorrência
linguística mediante a presença da vírgula, ou seja: depois desse sinal de
pontuação devemos usar a próclise ou a ênclise? De modo a subsidiarmos tal
questão, constatemos:
O primeiro conceito que se faz preponderante nesse
caso reside no fato de que a vírgula, denotando uma pausa, predispõe o uso da
ênclise, embora não seja algo obrigatório. Por essa razão, analisemos o
enunciado em questão:
Decorridos tantos anos, perdoo-te pelas injustiças
cometidas.
No entanto, nos casos em que houver um verbo
expresso no futuro, fato que não o permite se apresentar enclítico,
recomenda-se que o pronome oblíquo seja colocado anteposto ao verbo. Assim,
vejamos:
Por não se considerar adepto das novas normas, não
as seguiu em nenhum momento. (em vez de “não seguiu-as”)
Fazendo referência à oração “Não tardou a
apresentar a justificativa, que embora não convincente, o comoveu (comoveu-o)
de forma contundente” podemos afirmar que tanto o uso da ênclise (pronome
posposto ao verbo, em virtude da presença da vírgula), quanto da próclise (haja
vista que o pronome relativo “que”, mesmo estando distante, atrai o pronome
oblíquo), é permitido. Dessa forma, constatemos:
Não tardou a apresentar a justificativa, que embora
não convincente, o comoveu de forma contundente.
OU
Não tardou a apresentar a justificativa, que embora
não convincente, comoveu-o de forma contundente.
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