quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Esforço e dedicação...

Resultado de imagem para perder peso desenho

A conversa de trinta segundos que pode levar à perda de peso

Mulher com sobrepeso

Estudo aponta que quando um médico conversa com um paciente sobre perder peso, o impacto pode ser enorme.

Quando um médico passa ao menos 30 segundos conversando com um paciente sobre perder peso, o efeito disso pode ser surpreendente, aponta um estudo da Universidade de Oxford.

Se todo médico fizer isso em consultas sobre qualquer problema de saúde, o impacto na mudança de vida dos pacientes será enorme, segundo os pesquisadores. No entanto, para alcançar os melhores resultados, é necessário oferecer também um programa gratuito de perda de peso.

Abdominais hipopressivos, o exercício da moda para reduzir a cintura.

Segundo o resultado do estudo, publicado na revista científica The Lancet, os pacientes não se sentiram ofendidos com o conselho. 

"Mais do que qualquer outra pessoa, seu médico pode falar abertamente sobre a importância de perder peso. Não é como você falar à sua mulher que ela deveria emagrecer ou vice-versa", disse Paul Cooper, um voluntário do experimento.

Na verdade, até mesmo os pacientes que não tinham a intenção de emagrecer perderam 10% de seu peso depois de terem sido aconselhados a entrar em um programa gratuito de perda de peso.

'Já que você está aqui…'

Cooper ia a uma consulta de rotina em Northampton (Reino Unido) quando seu médico lhe disse que pesar 98 kg não era saudável. "Eu não conseguia ver meus pés quando olhava para baixo", disse o homem de 69 anos.

Ele é uma das 1.882 pessoas com obesidade que participaram do experimento de Oxford. Todas estavam em uma consulta médica para outros problemas de saúde quando o médico lhes disse algo na linha "já que você está aqui, queria falar sobre o seu peso".

Um quinto da população brasileira é obesa, diz estudo

Os médicos ofereceram a metade do grupo vagas em um programa gratuito de perda de peso. Apenas quatro em cada dez pessoas realmente compareceram ao programa, mas mesmo assim esses pacientes perderam 5% de seu peso e cerca de um décimo deles perdeu 10% do peso original depois de um ano. A perda média de peso foi de 2,4 kg.

Os voluntários do segundo grupo receberam o mesmo conselho, porém sem o programa de apoio, e perderam em média 1kg depois de 12 meses.

"O impacto é bastante significativo se levarmos em conta o esforço realizado - 30 segundos de conversa", disse à BBC Paul Aveyard, professor de Medicina da Universidade de Oxford.

"Se todos os anos conseguíssemos fazer as pessoas com maior sobrepeso perderem 2,4 kg, o impacto seria enorme em termos de saúde", disse.

"Essa prática deveria ser incluída em nosso repertório de rotina, como aconselhar sobre pressão alta ou sobre parar de fumar", diz Aveyard, que também é médico.

Paul Cooper contou que tentou uma "dieta bastante restrita" e agora pesa 84 kg. "Agora eu consigo ver meus pés", disse à BBC.

Paul Cooper diz que se sente mais saudável depois de perder peso.

"Só depois de perder peso percebi que você não precisa se sentir assim, eu ainda posso fazer uma caminhada de 20 quilômetros no parque ou jogar críquete no verão."

Seu conselho para quem quer perder peso? "Você não precisa abrir mão de todos os seus prazeres à mesa. Pode comer um pedaço pequeno de bolo de aniversário bem devagar em vez de comer tudo em um segundo. Antes, eu costumava comer meia dúzia de chocolates diante da TV. Coma devagar, diga a você mesmo que é um agrado e aproveite ao máximo."

No entanto, esses programas de perda de peso não se aplicam a todos, adverte o doutor Imran Rafi, da Faculdade Real de Medicina.
"Se essa estratégia é de baixo custo e é eficaz, temos que considerá-la em uma ampla escala."

"Temos que entender que, apesar de alguns pacientes desse estudo terem se beneficiado do encaminhamento para programas de perda de peso, esses programas não vão funcionar para todos e não devem ser considerados uma solução geral para diminuir as taxas crescentes de obesidade."

De acordo com um estudo recente também da revista The Lancet, um quinto da população brasileira adulta - quase 30 milhões de pessoas - é obesa.

O número é maior entre as mulheres: 23% delas, ou 18 milhões, eram obesas em 2014. Entre os homens, o índice é de 17% (11,9 milhões).

Os números colocam o Brasil entre os países mais obesos do mundo. Entre os homens, só fica atrás de China e EUA; entre as mulheres o Brasil fica em quinto, atrás também de Rússia e Índia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mais uma etapa superada...