Em
vídeo, loira que morreu em assalto no Rio conta como entrou para o crime
Ivone Mendonça chegou à cidade para ver o
show dos Rolling Stones em Copacabana
A mulher loira que morreu na última
segunda-feira (13) na tentativa de
assalto a um restaurante no bairro da Tijuca, zona norte do Rio
de Janeiro, já havia participado do programa de ressocialização de detentos da
ONG AfroReggae. Ivone Fernandes de Mendonça, de 34 anos, trabalhou na recepção
da entidade sem fins lucrativos e, nesse período, gravou um vídeo contando como
entrou para o crime.
No depoimento, ela relata que chegou ao Rio,
vinda do Rio Grande do Sul, para ver o show dos Rolling Stones (realizado em
fevereiro de 2006 na Praia de Copacabana). “Acabei conhecendo algumas pessoas e
me envolvendo com um pessoal de uma favela. Primeiro me convidaram para ir a um
baile funk, mas eu gosto de rock. Fui para não decepcionar os amigos”.
Ex-viciada em crack, Ivone estava sem usar a
droga havia dois anos, segundo seu relato. As novas companhias, no entanto, a
convenceram a retornar ao vício. “Os dias foram passando e acabei não
assistindo ao show dos Rolling Stones”.
Novamente dependente de crack, a mulher foi
convidada a participar de um assalto, em março de 2006. Sua contribuição
quitaria uma dívida referente à droga que tinha usado e, sem dinheiro, não
pagou. Acabou sendo presa e baleada no crime.
No twitter, José Júnior, coordenador da
AfroReggae, contou que conheceu Ivone em um festival de música no Presídio
Talavera Bruce, noComplexo
Penitenciário de Gericinó , na zona oeste do Rio, onde ela
cumpriu pena. Ao entrar para o regime semiaberto, em 2009, ela foi trabalhar na
recepção da ONG. Um ano depois, a mulher tentou se suicidar e sumiu, passando a
ser considerada foragida.
“Já havia dois anos e pouco que não a
encontrava. Ela nos procurou no ano passado, mas dissemos que ela tinha que se
entregar, já que era evadida. Triste fim! Só que infelizmente essa teve uma
chance e não soube aproveitar!”, escreveu José Júnior no twitter.
No seu depoimento, Ivone citou ainda a filha
adolescente que deixou. A garota ficou no Rio Grande do Sul e foi criada pela
avó. De acordo com a mulher, a menina nunca soube como a mãe entrou para a vida
criminosa. “Menti mesmo. Não podia falar a verdade. É complicado para uma
criança que está em formação de caráter saber que a mãe cometeu um crime. Ela
fazia muitas perguntas que eu mesma não sabia responder”, disse.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/2012-08-15/em-video-loira-que-morreu-em-assalto-no-rio-conta-como-entrou-para-o-crime.html
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