Vikings
Assim como os fenícios, na Idade Antiga, os vikings
foram grandes navegadores.
A civilização viking teve seu período de
atuação no mundo ocidental entre os séculos VIII e XI. Alguns historiadores
acreditam que houve certa “Era Viking” no extremo Norte da Europa, entre os
anos de 793 e 1066 d.C. A origem dos vikings ocorreu na Escandinávia, na região
das atuais Finlândia e Dinamarca. Dessas regiões, esses povos espalharam-se
para outros territórios, como o norte da Inglaterra, a Islândia, a Groenlândia
e até mesmo o Canadá.
Duas eram
as principais características dos vikings:
A capacidade avançada de navegação em mar
aberto, isto é, de navegar a distâncias longas no Oceano Atlântico. Essa
capacidade era possível por causa do tipo de embarcação que os vikings
desenvolveram, as chamadas drakkars (dragões). Elas tinham a proa esguia e
pontiaguda e eram construídas com madeira resistente, mas flexível, o que
possibilitava melhor deslocamento e mais velocidade.
A violência e brutalidade no trato com outras
culturas. Os vikings ficaram famosos por terem sido grandes invasores,
promovendo saques e destruição de aldeias, cidadelas, mosteiros etc. O objetivo
principal era obter bens de valor, como utensílios feitos de metais preciosos.
Contato
com a civilização cristã
A expansão dos vikings coincidiu com a
consolidação da chamada Cristandade, isto é, a civilização cristã, que nasceu e
se desenvolveu na maior parte do continente europeu, na transição da Idade
Antiga para a Idade Média. A relação entre vikings e cristãos foi dupla: houve,
inicialmente, várias guerras e massacres, mas depois uma parte considerável da
população viking converteu-se ao cristianismo.
Na Grã-Bretanha, onde a fixação dos vikings
foi muito grande (a região por eles colonizada foi chamada pelos bretões de
Danelaw), as guerras foram intensas, sobretudo contra o rei cristão Alfredo de
Wessex, ou Alfredo da Inglaterra. As principais batalhas ocorreram entre os
anos de 892 e 896, sendo o registro histórico mais confiável a respeito delas a
Crônica Anglo-Saxônica. O historiador inglês Christopher Dawson assim comenta a
luta de Alfredo contra os vikings:
[…] nunca houve uma guerra que ameaçasse tão
diretamente a existência da cristandade ocidental; de fato, essa resistência
cristã tem mais direito de receber o nome de cruzada que as próprias Cruzadas.
A resistência obstinada aos ataques vikings forçou a incipiente ordem da
cristandade ocidental a um terrível teste, cuja dureza e seriedade descartou
tudo aquilo que era fraco e supérfluo, deixando apenas os elementos mais fortes
e resistentes, habituados à insegurança e à violência. (DAWSON, Christopher. Criação
do Ocidente: a Religião e a Civilização Medieval. Trad. Maurício Righi.. p.
120)
O caso de
Leif Eriksson, “Descobridor da América”
Outro ponto importante a se destacar sobre os
vikings é a chegada ao Norte do Canadá, no ano 1000. O líder desse grupo foi
Leif Erikssson, filho de Erik, o Vermelho. Leif foi o responsável pela
colonização da Groenlândia. Tendo certeza de que havia terras mais a Oeste,
Leif decidiu empreender uma expedição mais além de onde já estava. Essa
expedição resultou, de certa forma, na “descoberta do Canadá” e, por
consequência, também da América.
A região ocupada pelos vikings no Canadá hoje
em dia pertence ao sítio arqueológico L'Anse-aux-Méduses, Caverna das Medusas
(Águas-vivas).
Por Me. Cláudio Fernandes
http://escolakids.uol.com.br/vikings.htm
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