terça-feira, 27 de novembro de 2012

Viva a sabedoria...

Santo Agostinho
O mais célebre dos padres e doutor da Igreja, Santo Agostinho (354- 430), nasceu em Tagaste (Numídia), Norte de África, filho de pai pagão e mãe cristã, Santa Mónica. Foi por ela educado no Cristianismo, que abandonou na juventude. Estudou gramática e literatura latinas, foi professor de retórica, em Cartago, dos vinte e um aos vinte e nove anos. No decurso deste período aderiu à filosofia maniqueísta. Mais tarde, Agostinho polemizará com as suas próprias ideias a este respeito. Em Milão, o convívio com Santo Ambrósio fê-lo converter-se ao cristianismo (386). Recebeu o baptismo em 387. Nesta época, leu Plotino, na versão latina de Mário Victorino. Em 388 volta a África, e em 395 tornou-se bispo de Hipona. Morreu em 430, enquanto os vândalos sitiavam Hipona, e o Império Romano se destruía definitivamente.
Teólogo e filósofo, procurou conciliar o platonismo e o dogma da Igreja, a inteligência e a fé. É um dos expoentes do pensamento cristão. Agostinho pode ser considerado como o fundador da filosofia da religião. A sua defesa do cristianismo apresenta sempre o mesmo ponto de vista do homem: perdido para o pecado e salvo pela graça.
O seu método de reflexão sobre si, que descobre em nós «uma presença mais profunda que nós próprios», marcou a teologia e a filosofia ocidentais até ao existencialismo cristão, da nossa época (onde se reencontra os grandes temas do conhecimento fundado no amor, na memória, culminando na presença). O platonismo augustiniano dominará toda a filosofia medieval, quando emerge o outro grande pensador da cristandade, Tomás de Aquino.
O augustinismo opõe-se ao tomismo (de S. Tomás de Aquino), que procura encontrar Deus pela meditação da natureza e não pela meditação da interioridade do sujeito. O augustinismo deveria inspirar directamente o jansenismo, cujo tratado de base é o Augustinus.
Entre os seus escritos, destacam-se as obras contra o Maniqueísmo e o Pelagianismo, os grandes tratados Contra Académicos, De Genesi ad Litteran, A Cidade de Deus, o Tratado Sobre a Graça e o Tratado Sobre a Trindade. De realçar as suas célebres Confissões.

http://www.eurosophia.com/filosofos/filosofos/agostinho.htm



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mais uma etapa superada...