Homem que estuprou jovem em hotel
pode ser o mesmo que violentou moradora de Copacabana
RIO - Investigações
da Polícia Civil apontam à possibilidade de o homem que estuprou uma estudante
de direito no Hotel San Marco, em Ipanema, no fim da madrugada desta
sexta-feira, ser o mesmo que violentou uma moradora da Rua Joaquim Nabuco, em
Copacabana, na última segunda-feira. De acordo com relatos feitos à polícia, o
agressor usa aparelho nos dentes e estava de boné. Nos dois casos, além de
estuprar as mulheres, ele fugiu levando objetos pessoais das vítimas.
A hipótese de os dois crimes terem
sido praticados pelo mesmo homem é reforçada pela forma de atuação do
criminoso. Nos dois casos, as vítimas foram abordadas no fim da madrugada,
rendidas e obrigadas a levar o agressor a seus aposentos. Foi o que aconteceu
com as estudantes de Direito, que vivem em Brasília, e vieram ao Rio para
assistir ao show da cantora Lady Gaga. As jovens, de 18 e 19 anos, foram
surpreendidas ao chegar a porta do quarto, no 6º andar do San Marco.
No quarto, as duas jovens foram
agredidas, ameaçadas de morte e uma delas, a de 19 anos, acabou sendo
violentada. Em depoimento na 14ª DP (Leblon), as estudantes disseram ter saído
para uma boate, retornando ao hotel por volta de 4h. Na entrada, elas notaram a
presença de um homem que usava boné, apesar de ainda estar escuro. As jovens,
então, entraram no hotel e pegaram as chaves do quarto na recepção.
Em entrevista ao site G1, o advogado
Paulo Ramalho, que representa as estudantes, disse que ao descerem do elevador
no 6º andar, elas deram de cara com o homem que estava à frente do hotel:
- Elas correram para dentro do hotel,
se dirigiram até a recepção, pegaram as chaves e subiram normalmente. Quando
chegaram na porta do quarto, aquele sujeito suspeito estava na porta com uma
arma, as obrigou a entrar no quarto, agrediu as duas. Violentou uma delas, não
violentou a segunda porque ela estava menstruada. Ele espancou as duas e saiu
tranquilamente do hotel - disse o advogado.
Apesar de contar com sistema de
câmeras, a gerente do San Marco informou que nada foi gravado. A equipe da 14ª
DP, contudo, apreendeu a CPU do computador usado no monitoramento e encaminhou
à análise. Os policiais também percorreram as imediações do hotel em busca de
imagens que possam ter sido gravadas por câmeras instaladas em prédios,
comércio, bancos e uma farmácia. As duas jovens foram encaminhas à exame de
corpo de delito. A jovem violentada foi ainda levada ao Hospital Municipal
Miguel Couto, na Gávea, onde recebeu o coquetel anti-HIV. A direção do hotel
não se pronunciou sobre o episódio.
No caso da mulher, de 28 anos, que
foi estuprada em Copacabana no início desta semana, policias da 13 ª DP
(Copacabana) apuraram que o agressor também usava aparelho nos dentes e estava
de boné. O homem tomou café próximo à vítima, numa padaria, seguindo a mulher
até a entrada do prédio na Rua Joaquim Nabuco. No local, ele disse ter
esquecido as chaves e aproveitou para entrar no edifício, onde rendeu a
moradora, que foi obrigada a levá-lo a seu apartamento.
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