terça-feira, 31 de julho de 2012

Idolatria macabra...


Traficante preso em São Paulo curtia a vida adoidado

Foragido da Justiça desde 2008, quando já era alvo de mandado de prisão por tráfico de drogas, André Luiz Barreto de Freitas, o André Paulistinha, de 27 anos, vinha gastando os quase R$ 2 milhões do dinheiro que ganhava por mês curtindo a vida adoidado. As inúmeras fotos e vídeos de arquivos pessoais do traficante, encontradas pela polícia em sua casa, em São Paulo, registram passeios a lugares paradisíacos do Nordeste, divertimentos em parques temáticos e encontros familiares numa chacará que ele possui no interior de São Paulo. Tudo isso no período em que deveria estar atrás das grades.
Depois de seis meses de investigações, agentes da Polinter conseguiram acabar com a farra de Paulistinha. Ele foi cercado na casa dos pais, na região de Jardim Martine, em São Paulo, na noite de terça-feira.
Com histórico de extorsões sofridas pelas polícia do Rio e de São Paulo, Paulistinha era considerado o homem forte na comercialização de drogas para traficantes de uma facção criminosa no Rio de Janeiro. As investigações apontam, entretanto, que ele também fornecia sua cocaína com quase 100% de pureza para os estados de Sergipe e Bahia.
A última carga trazida pelo traficante foi há dois meses para traficantes do Jacarezinho. André usava sempre um de seus dois veículos — um CRV e um Mitsubishi — para transportar o material que vinha direto da Bolívia. Os carros são os únicos bens que ele tem em seu nome. Pela quantidade de passeios que fez com a família, o traficante deve ter gasto grande parte de sua fortuna na farra.
Um vídeo mostra Paulistinha descendo um tobogã em um Parque Aquático, em Goiás, acompanhado de um de seus filhos. Enquanto esteve foragido, André e os parentes visitaram também o parque do Beto Carrero, em Santa Catarina.
Câmeras do posto da Receita Federal na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, flagraram o que pode ter sido a última viagem de Paulistinha para comprar drogas. Elas registraram que no dia 11 de junho desse ano o traficante atravessou a fronteira do Paraguai, pelo Paraná, retornando ao Brasil no dia 19. O veículo usado foi o CRV. A droga vinha em fundos falsos nos veículos.
Grampos. Escutas telefônicas de 2008 flagraram negociações de Paulistinha com bandidos das favelas de Manguinhos e Jacarezinho. Um deles é Régis Eduardo Batista, o RG, que se entregou na madrugada de quarta-feira. Ele é apontado como suspeito da morte do soldado Fabiana Aparecida no ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Alemão.
Conversas. Em uma conversa, Paulistinha diz: "Faz o seguinte, troca uma ideia com o RG. Fala que o carro que eu arrumei quebrou. O que eu peguei não coube nada. Como foi 17 de açúcar (cocaína), deixa oito pro RG. O óleo (haxixe) você solta 11 para ele e fica com cinco, tá?".
Extorsão. Em conversas informais com policiais, Paulistinha disse já ter sido extorquido por policiais cariocas e paulistas. Em uma de suas vindas ao Rio, afirmou ter perdido R$ 800 mil na Presidente Dutra, quando voltava com o dinheiro referente a venda de uma carga. O traficante afirma que ainda apanhou dos policiais.
Viagens. Paulistinha vinha pelo menos duas vezes por semana ao Rio de Janeiro e trazia cocaína, haxixe e crack. O último ele batizava de Ronaldo Fenômeno. Por cada uma dessas viagens ele ganhava uma média de R$ 240 mil. Outras pessoas que o ajudavam estão sendo investigadas.
Carros. Um homem era o responsável por fazer os fundos falsos de seus veículos para esconder a droga. O compartimento só era aberto através de um botão que era instalado no porta-malas e com os faróis acessos. O esquema foi descoberto em uma das apreensões feitas pela polícia.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/traficante-preso-em-sao-paulo-curtia-vida-adoidado-5613650.html#ixzz223Rllxlj

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