Liberdade
Liberdade - É a condição daquele que é
livre; autodeterminação; independência; autonomia
Segundo o Dicionário de Filosofia, em
sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade
de agir por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia.
A história desse conceito perpassa os
estudos de épocas e pensadores diversos e registra a interpretação de doutrinas
sociais bastante variadas. Podemos fazer uma distinção inicial entre o que se
convencionou chamar de concepção “negativa” e “positiva” da liberdade.
Em sentido negativo, liberdade significa a ausência de restrições ou de
interferência. O sentido positivo de liberdade significa a posse de direitos,
implicando o estabelecimento de um amplo âmbito de direitos civis, políticos e
sociais. O crescimento da liberdade é concebido como uma conquista da
cidadania.
No sentido político, a liberdade civil ou
individual é o exercício de sua cidadania dentro dos limites da lei e
respeitando os direitos dos outros. "A liberdade de cada um termina onde
começa a liberdade do outro" (Spencer).
Em um sentido ético, trata-se do direito de
escolha pelo indivíduo de seu modo de agir, independentemente de qualquer
determinação externa. "A liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar
ou negar, realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo
a sentir que, em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange"
(Descartes).
A liberdade de pensamento, em seu sentido
estrito, é inalienável, inquestionável. Reivindicar a liberdade de pensar
significa lutar pela liberdade de exprimir o pensamento. Voltaire ilustra bem
essa liberdade: "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o
fim para que você tenha o direito de dizê-lo."
T. Hobbes afirma que o “homem livre é aquele
que não é impedido de fazer o que tem vontade, no que se refere às coisas e que
pode fazer por sua força e capacidade”.
Kant diz que ser livre é ser autônomo, isto,
é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Para Jean-Paul
Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de
tudo, livre. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente
livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo.
No livro “A sociedade do espetáculo” (1997),
Guy Debord, ao criticar a sociedade de consumo e o mercado, afirma que a
liberdade de escolha é uma liberdade ilusória, pois escolher é sempre optar
entre duas ou mais coisas prontas, isto é, pré-determinadas por outros.
Uma
sociedade como a capitalista, onde a única liberdade que existe socialmente é a
liberdade de escolher qual mercadoria consumir, impede que os indivíduos sejam
livres na sua vida cotidiana. A vida cotidiana na sociedade capitalista,
segundo Debord, se divide em tempo de trabalho e tempo de lazer. Assim, a
sociedade da mercadoria faz da passividade (escolher, consumir) a liberdade
ilusória que se deve buscar a todo o custo, enquanto que, de fato, como seres
ativos, práticos (no trabalho, na produção), somos não livres.
De maneira geral, a liberdade de indivíduos
ou grupos sempre sugere, ou tem a possibilidade de implicar, a limitação da
liberdade de outros.
http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm
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