Família
do Ceará fica 'careca' para apoiar cabeleireira com câncer
Marido, filhos, neto e cunhados rasparam o
cabelo e fizeram surpresa.
Cabeleireira teve que cortar o cabelo após os
efeitos da quimioterapia.
No centro, Luciene Domingues. À esquerda, o
genro, o neto e a filha. À direita, o marido e dois filhos.
Da esquerda para direita Cícero Torres,
Samuel, Geana Torres, Luciene Domingues, o marido José Gomes e os cunhados Raul
Alves e Rafael Victor.
No mesmo dia em que a cabeleireira Luciene
Domingues, de 50 anos, raspou o cabelo durante o tratamento de um câncer de
mama, o marido, os três filhos, o genro e o neto dela fizeram uma surpresa e
surgiram também todos “carecas”. A família do município de Itapipoca, a 117
quilômetros de Fortaleza, deu a um momento difícil uma “dose alta” de
autoestima e apoio. “Foi tão emocionante, uma demonstração de amor, de carinho.
Uma forma de dizer: 'Estamos juntos'. Me encorajou muito. Tive mais força para
seguir em frente” diz a cabeleireira.
A ideia foi da filha mais velha de Luciene,
a dona de casa Geana Torres. “Pela manhã, ela decidiu cortar o cabelo. Para deixar
ela mais feliz e dar força, resolvemos fazer. Saímos um por um e fomos até o
salão. Depois que nós fizemos isso, ela deu uma animada. Valeu muito a pena”,
diz. Até o filho de Geana, Samuel, de três anos, participou da homenagem à avó.
Por ter um tipo de câncer raro e mais
agressivo, os efeitos após um dia da primeira sessão de quimioterapia fizeram
com que a cabeleireira decidisse logo raspar o cabelo. “Os fios começaram
aparecer nas minhas mãos, no travesseiro. Não queria ver o cabelo caindo ainda mais”,
conta. Luciene que trabalhava com a beleza e adora cores e estampas fortes
agora já coleciona lenços e perucas.
“Os médicos dizem que toda vez que a gente
chora, a imunidade baixa. Toda vez que compro ou ganho um chapéu ou lenço,
minha imunidade sobe”, brinca.
Para a cabeleireira, que descobriu o câncer
após exames no mês de fevereiro, a vontade de enfrentar e se curar da doença
ganha mais força com o apoio da família. “O amor, o carinho ajuda muito. Acho
que 90%. Quando estou ficando triste, vejo todos carequinhas, solto logo um
sorriso. Quero deixar uma lição de fé e superação”, afirma Luciene.
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