segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Parece que algo saiu diferente do planejado...

Resultado de imagem para antes e depois da cirurgia plastica
'Plástica mal feita me obriga a fechar olho com fita adesiva para dormir’

Uma cirurgia plástica malsucedida nas pálpebras se tornou um pesadelo para Dawn Knight: hoje ela é obrigada a fechar um olho com fita adesiva para conseguir dormir.
A britânica conta que decidiu se submeter ao procedimento porque tinha pele demais nas pálpebras.
“As dobras da pele entravam na minha linha de visão”, diz ela, que se sentia incomodada com sua aparência por causa do problema.
Mas a cirurgia, de caráter cosmético, teve um impacto devastador em sua vida.
“Removeram muita pele da minha pálpebra inferior. Por causa disso, as minhas pálpebras superiores não têm nada para encontrar”, explica.
“Agora eu tenho uma condição médica chamada lagoftalmo, que é a incapacidade de fechar os olhos para dormir. Minha vida agora se resume ao alarme do meu telefone, que toca a cada duas horas para eu colocar colírio, e, durante a noite, colocar fita adesiva no olho esquerdo e passar gel. ”
Knight diz que não conseguiu obter muitas informações sobre o cirurgião antes do procedimento, e que ele não a teria informado sobre os riscos envolvidos.
A operação ocorreu em 2012.
Britânica tem de aplicar colírio a cada duas horas
“Eu tenho tanta raiva hoje quanto tinha há quatro anos. Faço terapia, sofro de ansiedade. ”

Campanha
Nesta semana, o Colégio Real de Cirurgiões da Grã-Bretanha lançou uma campanha para orientar a população sobre os riscos de fazer cirurgia plástica com médicos pouco preparados.
“Muitas das pessoas que estão fazendo as cirurgias não são realmente qualificadas. Atualmente qualquer médico pode fazer cirurgia plástica”, afirma Stephen Cannon, do Colégio Real de Cirurgiões.
“É importante que ofereçamos aos pacientes as informações corretas, os riscos dos procedimentos e que identifiquemos os cirurgiões certificados”, diz.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em 2015 foram realizadas 1,5 milhão de procedimentos no país - 900 mil delas com fins estéticos e as 600 mil restantes, reparadoras.
De acordo com a entidade, não há dados específicos sobre erros em procedimentos no Brasil. Porém, estima-se que 12 mil médicos realizem essas cirurgias por motivos financeiros, mesmo não sendo especialistas em plásticas.
A sociedade orienta que, antes de realizar qualquer procedimento, os pacientes consultem a aptidão do médico no site da entidade (www.cirurgiaplastica.org.br).
Reunir essas informações pode ser fundamental para evitar problemas como o de Knight, que, além do grande incômodo atual, teme perder a visão.


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