quinta-feira, 12 de julho de 2012

Devanear...


CAMÕES IV –MACHADO DE ASSIS

Um dia, junto à foz de brando e amigo 
Rio de estranhas gentes habitado, 
Pelos mares aspérrimos levado, 
Salvaste o livro que viveu contigo. 

E esse que foi às ondas arrancado, 
Já livre agora do mortal perigo, 
Serve de arca imortal, de eterno abrigo, 
Não só a ti, mas ao teu berço amado. 

Assim, um homem só, naquele dia, 
Naquele escasso ponto do universo, 
Língua, história, nação, armas, poesia, 

Salva das frias mãos do tempo adverso. 
E tudo aquilo agora o desafia. 
E tão sublime preço cabe em verso. 

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Mais uma etapa superada...