Pai Bruno da Pomba gira é condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto
A Justiça condenou a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto, Edmar Santos de Araújo, o Pai Bruno da Pomba gira por estelionato, extorsão e formação de quadrilha. O motoboy dele, Alex Alberto de Souza, também foi condenado, a quatro anos e dez meses, em regime igual, e pelos mesmos crimes.
A Justiça condenou a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto, Edmar Santos de Araújo, o Pai Bruno da Pomba gira por estelionato, extorsão e formação de quadrilha. O motoboy dele, Alex Alberto de Souza, também foi condenado, a quatro anos e dez meses, em regime igual, e pelos mesmos crimes.
Os dois foram presos em
flagrante, em junho deste ano, após ameaçarem e extorquirem um homem que havia
procurado o falso pai de santo para que ele fizesse um trabalho para recuperar
a pessoa amada em três horas.
De acordo com a vítima,
Edmar e mais duas secretárias começaram a exigir, através de contato
telefônico, o pagamento de novas quantias para que o trabalho de feitiçaria
fosse terminado. A vítima, desconfiada de que se tratava de um golpe, procurou
a polícia.
Em sua defesa, o réu
Alex alegou que somente cumpriu com o seu trabalho de motoboy. Já Edmar alegou
que não há estelionato na conduta daquele que oferece providência espiritual,
por ser um tema atinente a fé, constitucionalmente assegurado.
Para o juiz Vinícius
Marcondes de Araújo, da 27a Vara Criminal, a conduta dos réus deixa clara a
demonstração de má-fé e do dolo de estelionato e extorsão. Em sua decisão, o
magistrado afirmou que se explora a ingenuidade, a fragilidade e a boa-fé
alheias por cobiça financeira.
"Da prova colhida
não resta a menor controvérsia sobre a existência do fato de que o acusado
Edmar - 'pai Bruno' - oferecia o trabalho espiritual atinente a trazer a pessoa
amada em 3 horas, invocando a intervenção do Diabo. Igualmente, o próprio
conteúdo da obrigação 'trazer a pessoa amada em 3 horas (não são nem os
tradicionais 3 dias vistos em cartazes por aí)' corrobora a convicção de que o
objetivo de pai Bruno era enganar, o que se afere in re ipsa. Se assim fosse,
musas e atores famosos badalados pela mídia estariam perdidos, diante da legião
de fãs que dizem amá-los. Os trariam em 3 horas. Isso não é razoável ou
factível", disse.
http://extra.globo.com/casos-de-policia/pai-bruno-da-pombagira-condenado-cinco-anos-de-prisao-em-regime-semiaberto-6732247.html#axzz2CDxYlE00
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