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V, o plágio escolar
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A falta de planejamento escolar é um dos fatores que favorecem o
plágio
A internet disponibiliza milhares de publicações, textos,
artigos, livros, trabalhos acadêmicos dos mais variados temas, tornando esta
ferramenta a maior fonte de pesquisa acessível. A internet vem se tornando o
meio mais rápido de obtenção de informações e de aprendizagem.
A pesquisa, de modo geral, é em sua essência uma coleta de
informações que visa produzir resultados de novas informações e novos
conhecimentos a partir da análise, desconstrução e reconstrução desses mesmos
conhecimentos.
Com a expansão do acesso e uso da internet, que em termos
gerais tende a ser benéfica, há aqueles estudantes que utilizam dos trabalhos,
artigos e textos encontrados na web não para se orientarem ou tomarem ciência
do conteúdo de determinado tema exposto em sala de aula, mas utilizam do
expediente do plágio para copiar textos ou excertos de documentos que são
impressos e entregues ao professor como sendo de sua autoria.
É perceptível o aumento de queixas de professores, principalmente
do ensino médio e superior, sobre pesquisas escolares copiadas na íntegra ou
parcialmente, passando a ideia de que a internet vem reforçar uma cultura de
copiar e colar que até então era feita de forma rudimentar. O que de fato
ocorre é que os trabalhos copiados eletronicamente são, de forma geral, bem
mais ricos em termos de informação, conteúdo e imagens, com um custo
relativamente menor.
Conforme sustentam alguns estudiosos do assunto, as pesquisas
escolares apresentadas como simples cópias de textos têm origem em uma série de
fatores ligados diretamente à atuação do professor, dentre as quais destacamos:
- Falta de planejamento pedagógico do professor
- Maior clareza dos procedimentos para executar uma pesquisa
- Maior disposição dos professores em orientar os alunos para
uma produção analítica e crítica do trabalho escolar
- A pesquisa escolar é um processo, onde o aluno precisa ser
assistido, orientado, apoiado e não apenas avaliado depois de finalizado o
trabalho.
Sendo assim, a origem do problema da metodologia de copiar e
colar empregada pelos alunos não está em uma “falha de caráter dos alunos”, na
sua “preguiça de ler e resumir” ou na “facilidade com que se pode copiar e
colar textos inteiros ou excertos e imagens da Internet”, mas sim na
incapacidade do professor de propor, apoiar, acompanhar e participar com o
aluno de pesquisas onde a cópia pura e simples não atenda aos requisitos
previamente definidos na tarefa.
O certo é que nesse processo, o aluno é a pessoa mais
prejudicada pelo plágio, pois acaba perdendo não só o direito de aprender o
conteúdo do tema, mas também da forma utilizada para produzir tal conhecimento.
A questão do plágio escolar é um problema que deve ser
enfrentado, pois os alunos estão utilizando desse expediente fraudulento cada
vez mais cedo e a punição é branda, chegando ao máximo a ter seu trabalho
escolar anulado e não havendo qualquer outro tipo de pena mais severa para
intimidar essa prática que vem sendo muito disseminada.
O plágio vai contra a ética e a moral, e o único perdedor
nessa história é o aluno, que deixa de aprender ao ter esse tipo de atitude. É
certo que a educação pública brasileira vai “mal das pernas”, mas não é
possível aceitar a desonestidade. Claro que há limitações para a construção de
qualquer trabalho escolar/científico, desde o mais simples, e, a priori,
os alunos são capazes de contribuir com o seu conhecimento. Todavia, para
desempenho de tal função é preciso que os estudantes sigam normas, e os textos
de outros autores pode e deve servir de base para a construção do trabalho, o
que não deve acontecer são copias dos textos e trabalhos.
http://www.brasilescola.com/sociologia/ctrl-c-ctrl-v-plagio-escolar.htm
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