PM e
manifestantes voltam a entrar em confronto em ato contra aumento da tarifa em
SP; 40 foram detidos
Protestos
contra o aumento da tarifa do transporte coletivo.
13.jun.2013 - O ex-deputado estadual e ex-candidato à
Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio (Psol) defendeu a
manifestação pela redução das tarifas de transporte coletivo em São Paulo,
nesta quinta-feira (13), e chamou de "grupelho" os envolvidos em
ações de vandalismo nos últimos dias. "É importante que os manifestantes
se isolem e se distinguam deste grupelho [de vândalos] que prejudicam demais o
movimento".
Policiais militares e manifestantes entraram em confronto por
volta de 19h10 desta quinta-feira (13) na rua da Consolação, no centro da
capital paulista, durante ato contra o aumento da passagem em São Paulo. O
conflito ocorreu no momento em que os ativistas queriam prosseguir com o ato
sentido avenida Paulista e a PM tentava impedi-los.
As lideranças do movimento e os comandantes da PM tentavam
chegar a um acordo quando o conflito teve início. A PM usou bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando
objetos.
Mais cedo, mais de 40 manifestantes que se concentravam para
participar do protesto foram presos. Entre os detidos está o jornalista Piero
Locatelli, repórter de política da revista "Carta Capital", que foi
preso por estar com vinagre. Por volta de 19h15, a direção da revista informou,
via Twitter, que ele havia sido solto. Cerca de 5.000 pessoas participam do
ato, segundo a PM.
Segundo o capitão da PM Elço Moreira, os detidos foram
apreendidos com coquetéis molotov, facas, maconha e material incendiário. Eles
foram encaminhados para a 78ª DP
(Jardins).
A reportagem do UOL presenciou confronto entre policiais e
manifestantes na esquina da rua Líbero Badaró e o viaduto do Chá, no centro.
Jovens chegaram a jogar cones de sinalização contra os PMs.
Pessoas que passaram pelas proximidades do Theatro Municipal, no
centro, tiveram as bolsas e mochilas revistadas por policiais militares. O
local era o ponto de concentração do protesto.
Farmácias, lojas de calçados e de roupas próximas à praça Ramos
de Azevedo fecharam as portas mais cedo, os comerciantes temiam ter
estabelecimentos danificados durante o protesto.
Trânsito
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda aos
motoristas que evitem a região central em razão do protesto contra o aumento da
tarifa. Manifestantes bloqueiam toda a rua Xavier de Toledo. O Shopping Light,
que fica nas proximidades, fechou todas as suas entradas por volta das 18h para
impedir uma possível depredação.
São Paulo registrava 152 km de congestionamentos por volta das
18h10, número acima da média para o horário, que varia entre 89 km e 143 km.
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