Criança sai sozinha de berçário e vai a pé para casa em João
Pessoa
Menino de 2 anos e meio
teria atravessado duas ruas sem supervisão.
Rapaz que trabalha perto da
casa da família foi guiado pelo garoto.
Uma criança de 2 anos e
meio saiu do berçário em que é matriculado em João Pessoa na terça-feira (25),
sem ser percebido, e voltou para casa a pé. O técnico em contabilidade Erlan de
Sousa Costa trabalha em um escritório ao lado da casa da família e achou
estranho quando viu o menino na rua sozinho. O próprio garoto mostrou onde
morava.
A jornalista Marcela
Gabino, mãe do menino, acredita que assim que saiu do berçário, a criança
caminhou pela calçada e, quando chegou na esquina, dobrou na rua que leva à
casa da família. Porém, antes de ser encontrado, o garoto teria atravessado
pelo menos duas ruas sem supervisão.
“Ele ficou sujeito a muitas
coisas. A ser atropelado, a ser sequestrado, a tudo de ruim, ele ficou
exposto”, lamentou a mãe. “O susto foi muito grande. Eu não consigo imaginar.
Eu estava dizendo a minha irmã: eu não tenho uma estrutura de perder um filho.
A tarde que eu passei mal, imaginando no que aconteceu, e a noite, eu não tenho
estrutura”.
Erlan explicou que o menino
o guiou pela rua. “Na verdade, eu fui acompanhando ele. Ele ficou arranhando o
portão e eu apertei no 301, que não é o apartamento dela, mas eu perguntei ao
morador e o morador informou que provavelmente era do apartamento de baixo. Ele
abriu o portão e a criança foi andando sozinha e eu fui seguindo ela.
Ele
chegou na frente do apartamento dela e apontou para a campainha. Aí eu apertei
a campainha”, relatou o rapaz. “É muito inteligente, graças a Deus, a mãe
levando ele todo dias para a escola ele aprendeu o caminho de volta”.
A diretora do berçário
disse que, até agora, não sabe como a criança conseguiu sair do local. Ainda
segundo ela, o portão da frente sempre fica fechado e, pela altura da maçaneta,
a criança não teria como abrir sozinha. No dia em que o menino fugiu, oito
pessoas trabalhavam no berçário, que tem aproximadamente 30 crianças
matriculadas, de acordo com a direção.
O caso foi registrado na
Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Infância e a Juventude. “Orientei a
mãe da criança a procurar a curadoria da educação porque existe. O Ministério
Público tem que fazer uma inspeção nesses berçários para ver o funcionamento,
se está legalmente dentro dos padrões de segurança. Não posso negar que houve
uma negligência, mas eu não posso adiantar nada agora porque não ouvi as duas
partes ainda”, declarou a delegada Joana Darc.
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