República Populista
República Populista. O uso intenso
dos meios de comunicação para o contato com o povo: uma marca do Brasil
Populista.
A República Populista indica um
período da história política do Brasil que envolve as décadas de 1930 e 1960.
Nesse tempo, o país foi presidido por Getúlio Vargas (1930 – 1945), Gaspar
Dutra (1946 – 1951), mais uma vez por Getúlio Vargas (1951 – 1954), Café Filho
(1954 e 1955), Juscelino Kubitscheck (1955 - 1961), Jânio Quadros (1961) e João
Goulart (1961 - 1964).
Nesse período, o Brasil sofreu
grandes transformações econômicas e sociais. Uma das marcas dessa época foi o
grande impulso dado para o crescimento das indústrias e o fortalecimento das
classes trabalhadoras urbanas. O Brasil, gradativamente, deixava de ser um país
de economia rural, para também ter grandes riquezas sendo produzidas nas
cidades.
Todo esse crescimento fez com que a
classe trabalhadora tivesse grande força e influência na política daquela
época. Desse modo, vemos que no período populista os presidentes do país tinham
grande preocupação em dizer que eram comprometidos com as causas dos
assalariados e dos trabalhadores. Contudo, esse discurso não foi capaz de
evitar os grandes problemas sociais que se desenvolveram nessa época.
Interessados em fortalecer seus nomes
com grandes obras, o governantes populistas promoveram gastos que ampliaram
enormemente a dívida do Brasil com os bancos e países estrangeiros que
emprestavam dinheiro ao país. Desse modo, vemos que o nosso desenvolvimento foi
financiado com grandes empréstimos que impediam que os investimentos na área
social fossem mais eficientes.
Após a Segunda Guerra Mundial,
percebe-se que o desenvolvimento da economia nacional acabou gerando fortes
discussões nessa época. De um lado, havia setores da sociedade acreditando que
o Brasil só teria um destino melhor se deixasse as grandes empresas
estrangeiras investirem no país. De outro, os opositores dessa primeira ideia
lutavam por um desenvolvimento independente e sem grandes compromissos com as
empresas de outros países.
Com o desenvolvimento da Guerra Fria,
logo após a Segunda Guerra Mundial, as tendências políticas que defendiam a autonomia
do Brasil em relação aos poderosos países estrangeiros sofreram duras críticas.
A não abertura do país ao mercado estrangeiro era vista como uma forma de
oposição ao capitalismo e, ao mesmo tempo, abria espaço para o fortalecimento
dos setores políticos brasileiros próximos do socialismo e do sindicalismo.
Chegando à década de 1960, o
populismo começava a sentir os seus primeiros sinais de crise. Já não era tão
simples para os governantes brasileiros agradar os trabalhadores do país sem
que para isso o interesse dos grandes empresários fosse prejudicado. Vários
setores populares da sociedade se articulavam em favor de transformações
sociais mais profundas no nosso país. Foi daí que os setores mais conservadores
entenderam tal contexto como uma grave ameaça à nação e, desse modo, apoiaram
uma intervenção militar na política do país.
No ano de 1964, quando João Goulart
era presidente do Brasil, o período populista se encerrou com o início de um
regime controlado por forças militares. As liberdades individuais foram
severamente controladas e todos os movimentos sociais daquela época foram
duramente perseguidos pelo novo governo que chegava ao poder. Assim, a era
populista deixava lugar para um regime controlado por militares que durou até o
ano de 1985.
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