Revolta
da Balaiada no Maranhão
Revolta da Balaiada no Maranhão Luís Alves de Lima e Silva, o
Barão de Caxias, foi o militar que liderou as forças imperiais contra a
Balaiada.
A abdicação ao trono por D. Pedro I, em 1831, provocada pela
crise política entre ele e os ricos fazendeiros, gerou a formação do período
regencial no Brasil, que aconteceu entre os anos de 1831 e 1840. Esse período
ficou marcado pela ausência de um imperador no controle político e também pelas
rebeliões provinciais que aconteceram em diversas províncias. Sabinada,
Farroupilha, Cabanagem e Balaiada foram as quatro mais conhecidas revoltas
contra o governo regente.
A Balaiada (1838 -1841) foi um movimento de caráter popular
no Maranhão que se destacou durante o período regencial. Liderada pelo vaqueiro
Raimundo Gomes, por Manuel dos Anjos Ferreira (fabricante de cestas de balaio,
o que inspirou o nome da revolta) e pelo negro Cosme Bento, a população
maranhense se uniu em 1838 contra os problemas sociais da região.
A crise econômica provocada pela concorrência com o algodão
dos Estados Unidos no mercado internacional juntamente à pobreza que assolava a
região foram os motivos que incentivaram a população a lutar por melhores
condições de vida. As populações de baixa renda juntamente aos escravos
formaram a base que compôs o movimento. Além deles, uma camada de profissionais
urbanos (bem-te-vis) descontentes com o governo regencial também participou da
luta popular.
Em busca de seus objetivos, os revoltosos chegaram a
controlar o poder na região da Vila de Caxias, importante centro urbano da
província do Maranhão, e ameaçaram controlar a cidade de São Luís. Entretanto,
a falta de estrutura financeira e de estratégia política contribuiu para que os
líderes da Balaiada enfrentassem dificuldades de permanecer no poder.
Aproveitando a desorganização do movimento, as forças
imperiais nomearam para combater os revoltos o coronel Luís Alves de Lima e
Silva, que utilizou seu poderio militar, mobilizando um grupo de 8 mil homens
para derrotar a Balaiada. Assim, muitos dos envolvidos foram presos e alguns
foram mortos, como foi o caso do vaqueiro Cosme Bento que foi condenado à forca
em 1842. Por outro lado, Lima e Silva recebeu o título de Barão de Caxias em
homenagem aos seus serviços prestados na província do Maranhão.
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