sábado, 20 de julho de 2013

Outro descalabro...

Conselho Federal de Medicina desiste de dialogar com governo
Reprodução
O Conselho Federal de Medicina decidiu se retirar de todas as comissões e grupos de discussão gerenciados pelo governo federal sobre temas ligados à classe médica. O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Federação Nacional dos Médicos informou sua saída dos colegiados federais.

A categoria se diz sido traída pelo Executivo em razão dos vetos parciais da presidente Dilma à Lei do Ato Médico. Os representantes dos médicos também se incomodaram com a publicação, na semana passada, medida provisória que criou o programa Mais Médicos.

Em nota conjunta, o Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos, a Associação Médica Brasileira e a Associação Nacional dos Médicos Residentes anunciaram o afastamento de órgãos ligados à saúde e à educação, como a Comissão Nacional de Residência Médica e o Grupo de Trabalho para a Criação da Carreira de Estado e o Conselho Nacional de Saúde.

Leia a nota conjunta emitida pelas entidades médicas

"NOTA DAS ENTIDADES MÉDICAS A SOCIEDADE"
Anúncio de retirada de representantes de Comissões do Governo

DIÁLOGO ROMPIDO
Brasília, 19 de julho de 2013
Ao editar de forma unilateral e autoritária medidas paliativas que afetam a qualidade dos serviços públicos de Saúde e o exercício da Medicina no país, o Governo Federal rompeu o diálogo com as entidades médicas, que, desde 2011, buscavam insistentemente o consenso, sempre apresentando propostas para a interiorização da assistência.
As entidades médicas participaram de inúmeras reuniões nos Ministérios da Saúde e da Educação, assim como de encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Em todas as oportunidades, mostraram-se dispostas a ouvir os argumentos e posicionaram-se com sugestões concretas para levar o atendimento aos municípios do interior.
Entre as soluções encaminhadas, encontram-se a criação de uma carreira de Estado para o médico e outros profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), a implantação de um Programa de Interiorização do Médico Brasileiro (com garantia efetivas de condições de trabalho e supervisão) e vinda de médicos estrangeiros aprovados no exame de validação de diplomas (Revalida) para atuar em áreas de difícil acesso e provimento.
A forma indiferente como as propostas foram tratadas e os constantes ataques aos médicos e suas entidades, transferindo-lhes a responsabilidade pela crise da assistência, que se deve à falta de investimentos, má gestão e corrupção, sinalizaram que o Governo não tem interesse em dialogar ou elaborar soluções com a participação dos médicos e outros setores da sociedade.
Diante desse quadro, as entidades médicas nacionais anunciam o seu afastamento de Câmaras e Comissões em nível governamental nas áreas de Saúde e da Educação, onde mantêm representantes, como a Comissão Nacional de Residência Médica (CNMR), o Grupo de Trabalho para a Criação da Carreira de Estado e o Conselho Nacional de Saúde (CNS). A decisão decorre de deliberação tomada por reunião ampliada, com a participação de lideranças de mais de 100 entidades da categoria, realizada, em Brasília, na quarta-feira (17).
A AMB, ANMR, CFM e Fenam – bem como todas as entidades médicas regionais e filiadas - continuarão sua atuação junto aos médicos, aos pacientes, aos parlamentares e à sociedade em geral para não permitir a destruição da Medicina brasileira e a desassistência da população.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA/ ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS RESIDENTES/ CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA/ FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS"

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