domingo, 22 de setembro de 2013

Estado cruente...


Elizabeth Gomes no depoimento que prestou dentro do inquérito policial militar
Caso Amarildo: estado do Rio recorre contra pensão concedida à família do pedreiro

O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza desapareceu no dia 14 de julho.

O governo do estado recorreu, na última quarta-feira, da decisão judicial que havia concedido antecipadamente uma pensão mensal e tratamento psicológico à família do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde julho, na favela da Rocinha, após uma operação policial.

No dia 4 deste mês, o desembargador Lindolpho Morais Marinho, da 16ª Câmara Cível, havia determinado que o Estado pagasse à mulher de Amarildo, Elizabeth Gomes da Silva, seus seis filhos, e outros dois parentes, tratamento psicológico no valor equivalente a quatro salários mínimos (R$ 2.712). 

O magistrado dá como possibilidade que o estado ofereça o tratamento através de profissionais de seu quadro de saúde. Além disso, na decisão o desembargador determinou que fosse paga uma pensão mensal a Elizabeth e seus filhos no valor de um salário mínimo.

Elizabeth Gomes no depoimento que prestou dentro do inquérito policial militar.

“Não é difícil imaginar uma família humilde, pobre, tendo como moradia apenas um cômodo, de futuro incerto e sem esperança de dias melhores, que repentinamente se confronta com angustiante e desesperador acontecimento: seu chefe é levado pela autoridade policial, que lhe deve custodiar e simplesmente desaparece (...) Tudo isso leva a crer fielmente que esta família necessita com urgência de amparo.”, afirmou Lindolpho Marinho em seu despacho.

O governo do estado, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que, apesar do recurso, vai pagar a pensão à família de Amarildo, e que o tratamento psicológico ficará a cargo do estado.

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