Menino
que desceu rua de velocípede será encaminhado a abrigo no Rio
Mãe
perdeu a guarda da criança, que desceu Elevado de velocípede.
Ela
e os dois filhos viviam num casarão na Avenida Presidente Vargas.
O
Ministério Público estadual informou nesta quarta-feira (25) que o menor
flagrado andando de velocípede na descida do Elevado Paulo de Frontin, na
Cidade Nova, no Centro do Rio, foi retirado da guarda da mãe, já que estava
vivendo em situação de risco. Ele será encaminhado para um abrigo e depois para
uma família substituta, como informou o RJTV.
Na
terça-feira (24), a mãe procurou o Conselho Tutelar acompanhada de dois filhos,
entre eles, o menino que desceu o Elevado no velocípede.
“O Conselho Tutelar foi com os meninos até a
Vara da Infância e da Juventude e lá determinou-se o acolhimento institucional
de ambos. Neste momento, eles estão acolhidos institucionalmente. Essa ação vai
continuar em tramitação, espera-se que seja proferida a sentença para ele ser
colocado com a família substituta”, disse a promotora Cristiane Campos da Paz.
Menor
fugiu de abrigo
O
Ministério Público informou ainda que o menor já tinha ficado em um abrigo
durante um ano, mas fugiu. O órgão disse ainda que a Justiça já havia decretado
um mandado de busca e apreensão porque a criança vivia em situação de abandono,
correndo risco nas ruas.
A
descida arriscada da criança de 9 anos chamou a atenção para o abandono do
menino e dos dois irmãos, encontrados pela equipe do RJTV perambulando pelas
ruas da Cidade Nova, na tarde de sexta-feira.
Família
vivia em casarão abandonado
A
mãe do menino e mais dois filhos viviam em um dos quartos improvisados em um
conjunto de casas antigas, em péssimo estado de conservação, na Avenida
Presidente Vargas, no Centro. Vizinhos afirmaram que desde sexta-feira (20) -
quando a reportagem foi exibida no RJTV - a família não apareceu mais no local.
O
casarão fica perto da Prefeitura do Rio e do Juizado da Infância e da
Juventude. Vinte famílias vivem neste casarão e há muitas crianças. Existe
apenas um banheiro, que é dividido por todos. No segundo andar do casarão,
mesmo durante o dia, não é possível ver nada nos cômodos, pois não há janelas.
Os
moradores disseram que algumas famílias pagam aluguel, que varia de R$ 100 a R$
300, pelos quartos improvisados. Segundo os inquilinos, as pessoas que se dizem
donas desses cômodos são ex-moradores do local.
Ainda
de acordo com quem vive no casarão, na terça, funcionários da prefeitura
estiveram no local pela primeira vez. Eles informaram também que a Secretaria
de Assistência Social vai fazer um cadastro para encaminhá-los a projetos
sociais da prefeitura como aluguel social, por exemplo.
Mãe
recebia benefício
O
vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, disse que
a prefeitura já cadastrou boa parte das famílias que vivem no casarão, em
outras ocasiões. Ele afirmou ainda que a mãe do menino é beneficiária de
programas da prefeitura.
“É
uma unidade de moradia precária, mas as pessoas vivem ali há muito tempo. Pagam
inclusive aluguel. A prefeitura esteve lá na terça, cadastrou todos eles e
vamos encaminhá-los para o programa de moradia Minha Casa, Minha Vida”, disse
Pires.
O
vice-prefeito destacou ainda que a mãe do menino deixou de receber o benefício,
pois a condição para a sua receita é que os filhos frequentem a escola. A mãe,
segundo o secretário, informou à secretaria que dois filhos deixaram de ir à
escola porque estavam com a avó em Minas Gerais.
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