quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Devanear...

S.E.G.R.E.D.O - Um livro sem julgamentos. Sem limites. Sem vergonha.
Na esteira dos livros eróticos, novo lançamento traz como protagonista uma mulher como muitas que deixou sua sexualidade de lado - e que não vê a hora de retomá-la.
S.E.G.R.E.D.O – Sem Julgamentos. Sem Limites. Sem Vergonha
“Já estava mais do que na hora de sermos autoras de nossas próprias fantasias e não as responsáveis por realizar as fantasias dos homens”, disse a autora do livro, em entrevista recente. Obra de L. Marie Adeline, pseudônimo da autora canadensa, produtora de TV, S.E.G.R.E.D.O – Sem Julgamentos. Sem Limites. Sem Vergonha . apresenta um tipo de literatura erótica que traz à tona, pouco a pouco, a força feminina. Ela se desenvolve com autonomia e segurança dentro da protagonista ao longo de suas provações. Cassie, uma viúva de 35 anos que vive sem nenhum luxo em um quarto alugado, trabalha como garçonete em Nova Orleans e tem uma vida amorosa nula, deixa para trás as incertezas que a marcaram durante seu casamento com um marido alcoólatra e egoísta para descobrir seu potencial como mulher. 

Cassie é chamada a participar de uma sociedade secreta essencialmente feminina, que tem por objetivo ajudar mulheres a entrar em contato com seu lado sexual. E, assim fazendo, elas tornam a ter contato com a parte mais poderosa de si mesmas. Um passo de cada vez.

Dentro de S.E.G.R.E.D.O., as integrantes são convidadas a redescobrir sua feminilidade e sensualidade a partir das fantasias que elas mesmas escolhem (mesmo sem saber ao certo como ou quando elas se realizarão). Os homens, neste contexto, apenas ajudam a organização a realizar os desejos mais íntimos das participantes em cada um de seus 10 Passos. Ao longo dessas etapas, elas ganham a confiança para buscar novos amores: o seu amor próprio e o de uma nova paixão.

Para identificá-la como membro da organização, Cassie ganha um bracelete no qual vai adicionando talismãs, que recebe a cada etapa completada. Os 10 Passos começam pela Rendição e testam sua Coragem, Fé, Generosidade, Destemor, Confiança, Curiosidade, Bravura, Exuberância e, por fim, dão a Cassie uma Escolha: a chance de continuar como parte de S.E.G.R.E.D.O. ou optar por uma vida fora da sociedade. E você, aceitaria o convite?
http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/s-g-r-d-livro-julgamentos-limites-vergonha-737064.shtml

Leia na íntegra um capítulo de S.E.G.R.E.D.O., o novo livro erótico que já é hit
Conheça a envolvente história da libertação sexual de Cassie Robichaud, escrita por L. Marie Adeline.
S.E.G.R.E.D.O,, de L. Marie Adeline.
NOVA traz com exclusividade e na íntegra um capítulo do livro S.E.G.R.E.D.O., o novo livro erótico que já é hit entre as fãs da trilogia 50 Tons de Cinza. Conheça a história de Cassie Robichaud.



Eu vibrava dos pés a cabeça à caminho de casa, pensando na tarefa que tinha pela frente. Matilda despedirase de mim entregandome a pasta e dizendo que ela incluía nove paginas, uma por fantasia. Eu devia preenchê-las imediatamente e ligar para Danica assim que estivessem prontas, talvez para que ela pudesse enviar um mensageiro para buscar os papeis. A última coisa que Matilda me disse foi: “Assim que tivermos esses papeis, tudo vai começar. Depois você e eu vamos falar a respeito de cada fantasia. Mas, nesse interim, não hesite em me telefonar, para qualquer coisa, ok?”.

No meu apartamento, peguei Dixie no colo e lhe dei beijos por toda a barriga. Então, acendi um monte de velas, tirei a roupa e mergulhei em um banho com aroma adocicado. Tudo isso deveria me ajudar a imaginar a melhor lista de fantasias possível. Apanhei minha caneta favorita e tirei a primeira página da minha pasta de couro de crocodilo. Senti uma agitação que já não experimentava havia anos. Matilda me instruíra a escrever abertamente, colocar para fora todos os meus desejos sexuais. Tudo o que eu sempre quis fazer ou experimentar. Ela me disse para não julgar, não questionar.

“Não seja muito descritiva, não pense demais. Basta escrever.” Não havia regras para as fantasias, explicou ela, mas as letras do S.E.G.R.E.D.O. Representavam os critérios delas, aos quais haviam feito doloroso esforço para aderir. Matilda disse que cada fantasia deveria ser:

Segura, de modo que a participante não se sinta em perigo.

Erótica, de maneira que a fantasia seja de natureza sexual, não apenas imaginária.

Convincente, de modo que a participante queira realmente realizar a fantasia.

Romântica, de maneira que a participante se sinta cobiçada e desejada.

Eufórica, de modo que a participante experimente a alegria no ato.

Transformadora, de maneira que algo na participante se altere de modo fundamental.

Olhei para a sigla de novo e distraidamente escrevi uma palavra embaixo de cada uma das primeiras letras, algo tão conveniente que me fez rir em voz alta: Sexual Emancipação (de) Cassie Robichaud. Para o E e o T finais [em inglês], tudo o que eu consegui imaginar foi Deliciosamente Orgástico [Exciting Times, no original]. Aquilo estava realmente acontecendo comigo!

Com Dixie circulando entre meus tornozelos e velas reluzindo na mesa, comecei marcando o quadradinho ao lado da frase: Eu quero ser servida. Eu não sabia o que aquilo significava, mas assinalei de qualquer maneira. Poderia ser algo sobre sexo oral? Sugeri isso uma vez com Scott, e ele enrugou o nariz de forma a repelir o pedido para sempre. Eu havia guardado aquele desejo em uma gaveta que ficava num lugar muito alto, distante, para nunca mais ser visto. Ou assim eu pensava. Havia muitos outros movimentos em sexo que eu nunca experimentara. Eu tinha um amigo na faculdade que vivia falando animadamente sobre fazer “pela porta dos fundos”, e ele sempre me deixou curioso. Eu jamais poderia pedir a Scott para tentar algo assim. E eu não tinha certeza de que era algo que eu gostaria.

Eu quero fazer sexo secreto, em público. Outro quadradinho assinalado.

Eu quero ser pega de surpresa. Isto mexeu comigo um pouco, embora, mais uma vez, eu não estivesse certa do que significava. Haviam me garantido que eu estaria segura, que eu poderia mandar parar qualquer coisa sempre que quisesse. Eu assinalei o quadradinho.

Eu quero ficar com alguém famoso. O que? Como eles poderiam fazer isso? Parecia impossível, interessante. Assinalei.

Eu quero ser resgatada. Resgatada de quê? Marquei o quadrado.

Eu quero ser escolhida para ser princesa. Ai, Deus, que mulher não quer isso? Sempre fui considerada agradável, inteligente, talvez ate engraçada. Mas nunca tinha sido a mais bonita, a princesa, nunca em toda a minha vida. Então, sim a essa opção. Claro. Mesmo que soasse infantil. Eu queria sentir isso. Só uma vez.

Eu quero ficar de olhos vendados. Imaginei que ficar no escuro poderia ser libertador, então assinalei o quadradinho. Eu quero fazer sexo em um lugar exótico com um estranho exótico. Tecnicamente, todos esses homens não eram estranhos para mim, esses homens com quem eu ficaria, que nunca veria de novo? Sem conversar, sem falar, apenas corpos rocando um no outro e então... Talvez ele agarrasse meu pulso... Continuei escrevendo.

Eu quero dramatização. Eu poderia fazer isso? Ser outra pessoa, que não eu? Eu teria coragem? Sempre poderia voltar atrás se precisasse fazelo.

Então, aquilo se tornou a minha lista: nove fantasias que seriam seguidas de uma decisão final. E, conforme as instruções, escrevi todas na ordem em que pensei que poderia lidar com elas.

Olhei para a lista uma ultima vez. Minha cabeça estava repleta de encanto e preocupação, alegria e medo que essas fantasias iriam liberar. Imagine ter tudo o que você sempre quis e muito mais. Imagine ser o que os outros querem e desejam — cada centímetro de você, exatamente como você é. Aquilo estava acontecendo. Estava acontecendo comigo. Pensei que minha vida havia acabado, mas estava prestes a mudar para sempre.

Quando terminei, liguei para Danica.

“Olá, Cassie”, disse ela.

“Como você sabia que era eu?”, perguntei, olhando inquieta pela minha janela da frente.

“Ahn, bina?”

“Certo.” Devo parecer estupida. “Sei que e tarde, mas Matilda me disse para ligar assim que terminasse. Então, estou pronta, eu tenho as... selecionadas.”

“O que?”

“Você sabe... da lista.”

Houve um silêncio.

“Lista?”, provocou ela.

“Minhas... fantasias”, sussurrei.

“Oh, Cassie. Nós definitivamente escolhemos a candidata certa: você. Você não consegue nem dizer a palavra!” Ela riu. “Vou mandar alguém ai de imediato, querida. E fique firme. As coisas estão prestes a ficar muito interessantes.

Quinze minutos depois, a campainha tocou. Escancarei a porta, esperando ver um mensageiro adolescente e desarrumado, mas um homem magro, de boa aparência, recostouse no batente. Ele tinha olhos castanhos românticos e usava um agasalho com capuz, camiseta branca e calca jeans. Parecia ter uns trinta anos.

Ele sorriu. Estou aqui para buscar a sua pasta. E também estou instruído a lhe dar isto. Você deve abrilo agora.

Não consegui distinguir o sotaque dele. Seria espanhol? Ele me passou um envelope pequeno, de cor creme. Tinha a letra C no lado de fora.

Enfiei o dedo sob a aba e rasgueia. Dentro havia um cartão que dizia:

Primeiro Passo. Meu coração acelerou. O que diz o cartão?, perguntou ele.

Olhei para aquele homem incrivelmente bonito na minha frente, aquele mensageiro, ou fosse o que fosse. Você quer que eu leia?

Sim, você deve.

Ele diz... Rendase. Minha voz estava quase inaudível.

No início de cada fantasia vão perguntar a você se aceita este Passo. Você aceita este Passo?

Engoli em seco. Qual Passo?

O Primeiro Passo, é claro. Renderse. Você deve renderse ao fato de que precisa de ajuda. Do ponto de vista sexual.

Meu Deus, ele praticamente ronronou a palavra. Ele colocou a mão sob a camiseta e tocou a própria barriga enquanto se apoiava no batente da porta e me engolia com os olhos.

“Você aceita?”, questionou.

Eu não sabia que tudo iria começar tão rapidamente.

“Eu... com você? Agora?”

“Você aceita o Passo?”, perguntou ele, movendose suavemente em direção a mim. Eu mal podia falar. O que... o que vai acontecer?

Nada, a não ser que você aceite o Passo.

Seus olhos, a maneira como ele vinha se inclinando para mim... Eu... sim. Aceito.

Por que você não abre um espaço para mim ali?, perguntou ele, fazendo um grande circulo com a mão e indicando a área entre a minha sala de estar e a sala de jantar. Eu já volto. Então, ele se virou e saiu.

Corri para a janela da sala e o vi dirigirse a uma limusine que estava estacionada logo ali. Coloquei a mão em meu peito e olhei ao redor da minha sala de estar impecável — velas  piscavam em todo lugar. Eu havia tomado banho e estava perfumada. Eu usava uma camisola de seda. Elas sabiam! Chutei o pufe para a parede e empurrei o sofá mais para perto da mesa de café. O jovem voltou um minuto ou dois mais tarde com o que parecia ser uma maca de massagem portátil.

“Por favor, vá para o quarto e tire tudo, Cassie. Coloque esta toalha em torno de você. Vou chamala quando eu estiver pronto.

Peguei Dixie pelo caminho. Aquilo era algo que minha gata não precisava ver. No meu quarto, deixei o robe cair no chão e dei uma ultima olhada em mim no espelho da cômoda. Minha critica interna despertou imediatamente. Mas dessa vez fiz algo que nunca havia feito. Eu a desliguei. Esperei, abrindo e fechando os punhos. Aquilo não podia ser real. Não podia estar acontecendo. Mas estava!

“Por favor, venha”, ouvi atrás da porta fechada.

Entrei tímida como um rato por uma sala reformada. As cortinas estavam fechadas. As velas haviam sido colocadas nas mesinhas, cada uma de um lado da maca de massagem. A maca era equipada com estribos, e sua metade inferior tinha uma divisão no meio. Apertei a toalha em volta de mim, enquanto subia na ponta dos pés na maca desse homem incrivelmente belo e jovem, que estava em pé no meio da minha sala de estar. Faltavalhe pouco para chegar a um metro e oitenta de altura. Seu cabelo era brilhante e ondulado, comprido o suficiente para ter alguns cachos atrás das orelhas. Seus antebraços eram fortes e bronzeados, e suas mãos pareciam musculosas. Talvez ele fosse mesmo um massagista! Quando descansou uma das mãos sob a camiseta, consegui dar uma olhada em seu abdome plano, bronzeado. Ele sorria de um jeito que o fazia parecer um pouco mais velho e também muito mais sensual. Olhos castanhos. Eu mencionei os olhos? Eles eram amendoados, com um pouco de malicia. Como um cara pode aparentar ser gentil e ao mesmo tempo gostoso? Nunca havia experimentado essa combinação antes, mas era poderosa.

Solte a toalha. Deixeme olhar para você, ordenou ele gentilmente.

Hesitei. Como eu poderia me mostrar a um homem tão atraente?

Eu quero ver você.

Bom Deus, Cassie, onde é que você se meteu? Que escolha eu tinha? Realmente não havia como voltar atrás agora. Eu mal o encarei quando deixei a toalha cair em torno de meus pés.

Minhas mãos tem uma mulher bonita para trabalhar, disse ele. Por favor, deitese. Estou aqui para fazerlhe uma massagem.

Eu relaxei na maca e me deitei de costas. O teto pairava acima de mim. Cobri o rosto com as mãos.

“Eu não posso acreditar que isto esta acontecendo.”

“É. Isto tudo e para você.”

Ele colocou suas grandes mãos quentes em meu corpo nu e pressionou levemente os meus ombros, então retirou minhas mãos do meu rosto e colocouas ao lado do meu corpo.

Esta tudo bem, disse ele, os olhos castanhos sorrindo para mim. Nada de ruim vai acontecer. Muito pelo contrario, Cassie.

O contato era incrível. Suas mãos em minha pele sedenta. Quanto tempo fazia desde que eu havia sido tocada, ainda mais assim? Eu não conseguia sequer lembrar.

Vire de barriga para baixo, por favor.

Hesitei mais uma vez. Então rolei, empurrando os braços, que tremiam, debaixo de mim para acalmalos, e virei a cabeça para um dos lados. Ele gentilmente colocou um lençol sobre meu corpo. “Obrigada.”

Ele se inclinou para trazer a boca perto de meu ouvido. “Não me agradeça ainda, Cassie.” Através do lençol, senti suas mãos em minhas costas, me pressionando contra a maca.

“Vai ficar tudo bem. Feche os olhos.”

“Eu... são meus nervos, acho. Não pensei que isto fosse acontecer tão rápido, como agora. Quero dizer...”

“Basta ficar quieta. Eu estou aqui para fazer você se sentir bem.”

Senti suas mãos percorrendo minhas coxas sob o lençol e, a seguir, cobrindo a parte de trás dos meus joelhos. Então, em pé na base da maca, ele dividiu a metade inferior da mesa em duas, como um Y, e ficou entre minhas pernas. Ah, meu Deus!, Pensei. Isto está acontecendo.

“Eu não sei se posso fazer isso agora”, disse, tentando me virar.

“Se eu tocar você de alguma forma que não goste, me diga. E eu paro. E assim que isto funciona. E assim que sempre funciona. Mas, Cassie, e apenas uma massagem.”

Eu podia ouvilo tirar algo de debaixo da maca, e então senti o delicioso perfume de loção de coco. Eu o ouvi esfregandoa em suas mãos. Em seguida, ele apertou a parte de trás dos meus tornozelos.

Esta ok? Digame com sinceridade. Ok? Senti que era muito mais do que ok. Sim, eu disse.

E isto?, perguntou ele, movendo lentamente suas mãos quentes, lubrificadas, pelas minhas panturrilhas.

Meu Deus do céu, suas mãos eram inacreditáveis. Sim.

Que tal isto? Você gosta disto? Digame, disse ele, atingindo minhas coxas e parando logo abaixo da minha bunda. Então, ele começou a massagear minhas coxas. Senti minhas pernas se abrindo para ele.

“Cassie. Você quer isso?”

“Sim.” Ai, Deus, eu disse isso.

“Bom”, disse ele, movendo suas mãos para a ponta da minha bunda. Ali, ele começou a massagear em círculos cada vez mais amplos, quase me tocando entre as pernas. Quase, mas não por completo. Meu corpo estava em pânico e ainda altamente excitado. Eu nunca estivera nesse lugar entre o medo e o nirvana, e era estranho, inebriante, maravilhoso.

“Você gosta que eu faca firme ou suave?”

“Hummm...”

“Eu estou falando da massagem, Cassie.”

“Ah. Firme, acho. Não, suave”, eu disse, minhas palavras ainda abafadas pela maca. “Não sei do que gosto. Isto e normal?” Ele riu. “Que tal experimentar os dois, então?”

Ele esguichou mais loção em suas mãos e esfregou uma na outra. Dessa vez, subiu pelas minhas costas em um grande circulo, puxando inteiramente o lençol que estava sobre mim. Eu o vi cair no chão ao meu lado.

Eu estava nua.

Tire os braços de debaixo de seu corpo e descanseos sobre a parte superior da maca, Cassie.

Fiz isso e comecei a relaxar com a massagem mais intensa que já havia recebido. Seus polegares traçaram o contorno do meu cóccix ate o pescoço; em seguida, em torno do meu tórax, e rocaram a lateral dos meus seios. Ele fez esses movimentos por vários minutos e então mergulhou as mãos, em círculos, em minha bunda, para cima e para fora. Eu podia sentir sua ereção através do jeans contra a parte interna da minha coxa. Não podia acreditar.

Ele estava sentindo algo por mim também? Instintivamente, fiz uma pressão contra ele. Deixei minhas pernas, abertas sobre a maca, abrirse ainda mais. Era a coisa mais doce, e mais estranha, abrirme para um homem como aquele.

Virese, Cassie, quero você sobre suas costas.

Tudo bem, eu disse. A sala estava quente por causa das velas, ou talvez do meu corpo superaquecido. As mãos, aquela massagem, haviam diminuído bastante a tensão e a ansiedade. Eu me sentia completamente sem ossos. Fiz o que ele pediu. Ele parecia saber com precisão o que estava fazendo. Acho que era aquilo que Matilda queria dizer com Renderse.

Antes de eu deixar a casa geminada naquele dia, ela me dera uma instrução simples para o meu Primeiro Passo:

O sexo exige rendição, a capacidade de simplesmente derreterse quando o momento chegar, disse ela.

Quando me ajeitei, quase deslizei para fora da maca, de tão cheia de óleo que estava. Posicionado onde estava, entre minhas pernas, ele me agarrou pelas coxas para me segurar firme. Tomou meu corpo inteiro com olhos famintos. Ele estaria fingindo aquilo? Parecia, ouso dizer, que estava a fim, o que tornava a coisa toda muito mais agradável.

“Você tem a boceta mais doce e bela que eu já vi”, disse ele.

“Oh, bem, obrigada”, respondi, embaraçada, levantando uma das mãos para cobrir os olhos. Eu estava curiosa sobre o que iria acontecer e ao mesmo tempo incrivelmente tímida.

“Você quer que eu a beije?”

O que? Aquilo era insano. E também era maravilhoso, aquele sentimento, aquela coisa estranha e perfeita que circulava feito uma corrente através do meu corpo. Ele ainda nem estava me tocando lá, e eu já estava perdendo uma parte da minha consciência. Duas semanas atrás eu não tinha ideia de que um mundo como aquele existia; um mundo onde homens sensuais batem a sua porta em uma noite de quartafeira e a trazem ate o êxtase sem nem sequer tocar em você. Mas era real e estava acontecendo comigo. Aquele homem belíssimo queria fazer aquilo. Comigo! Eu poderia ter rido e chorado.

Digame o que você quer, Cassie. Eu tenho o poder de dar a você. E eu quero lhe dar. Quer que eu a beije?

Quero, sim, eu disse. E, então, senti seu hálito quente em mim, enquanto seus lábios rocaram minha barriga. Ah, meu Deus, ele arrastou um dedo pelo meu abdome e depois deslizouo para dentro de mim.

Você esta molhada, Cassie”, sussurrou ele.

Coloquei a mão na cabeça dele e com delicadeza apanhei um punhado de seu cabelo. “Quer que eu beije sua bocetinha doce?”

Aquela palavra de novo. Por que eu ficava tão tímida com ela? “Sim... Eu... quero que você...”

“Você pode dizer o que você quer, Cassie. Não ha nada de errado em dizer isso.”

Ele moviase rápida e profundamente com um único dedo, girando dentro e fora de mim. Em seguida, colocou a boca inteira na minha barriga e explorou meu umbigo com a língua. Ele a arrastou ao longo do mesmo caminho que percorrera com o dedo, e me encontrou lá e lambeu e mordiscou, o tempo todo mantendo os dedos circulando ao redor e fora de mim. Eu não podia acreditar naquela sensação, como se estivesse subindo devagar em uma montanharussa, mais e mais. Ouvi quando ele gemeu, de leve. Ai, Deus, era como se milhares de terminações nervosas finalmente tivessem despertado.

Cassie, eu amo o seu gosto. Serio? Seria possível?

Suas mãos começaram a moverse pelo comprimento das minhas pernas, espalhandoas ainda mais abertas sobre a maca. Nunca havia me sentido tão indefesa, tão vulnerável. Eu estava exposta, era só necessidade e desejo. Sentiame impotente e feliz por estar assim. Estava a beira de um milhão de explosões, um milhão de sensações diferentes, e, se ele simplesmente continuasse, eu iria... E, então, ele parou.

Por que você parou?, gritei.

Você não quer que eu pare?

Não!

Então me diga o que você quer.

Eu quero... gozar. Assim. Aqui mesmo.

Sua pele bronzeada, aquele rosto... Deiteime e cobri o rosto com as mãos mais uma vez. Eu não podia assistir. E também não poderia deixar de assistir. De repente, senti algo quente e úmido circulando meu mamilo esquerdo. Sua mão em concha segurava o outro seio com firmeza. Sua boca era quente. Ele chupou e puxou meus seios, enquanto sua mão livre viajava de volta para baixo do meu abdome tremulo, meu osso púbico e além. Dessa vez, ele deslizou dois dedos para dentro de mim, ah, primeiro suavemente, depois com urgência. Ai, Deus, era tão bom! Tentei levantar os joelhos e arquear as costas.

“Fique quieta”, sussurrou ele. “Você gosta disso?”

“Gosto, gosto muito”, eu disse, jogando o braço por cima da minha cabeça, agarrando o topo da maca. Ele parou de mover os dedos. Então, ficou em cima de mim por um segundo e me encarou. “Você e linda”, disse.

Em seguida, ele se inclinou e colocou a língua em mim novamente.  Ficou parado ainda por um tremulo segundo, e sua respiração soprava vida em mim. De maneira espontânea, empurrei  meu corpo sobre seu rosto. Ele podia sentir minha necessidade e começou a me lamber, a principio devagar. Então, voltou a usar os dedos. Com o peso de sua boca e a língua em mim, me lambia mais e mais, liberando seus fluidos e os meus. Eu podia sentir todo o sangue do meu corpo disparar em linha reta ate ali. Ah, doçura, aquilo era tão louco! Uma onda incrível correu através de mim, uma tempestade de algo que eu não podia impedir. Ele lançou as mãos em meus seios, enquanto sua língua circulava dentro de mim em um ritmo perfeito.

“Não pare!”, me ouvi dizer.

Foi tudo demais. Apertei meus olhos. A sensação maravilhosa crescia e crescia, e eu gozava com forca contra seu rosto e sua língua. Quando terminei, ele se afastou e colocou a mão quente sobre a minha barriga.

“Respire”, sussurrou ele.

Minhas pernas relaxaram ao longo da borda da maca. Nenhum homem jamais me tocara assim, nunca. “Você esta bem?”

Balancei a cabeça. Eu não tinha palavras. Tentei recuperar o folego.

“Você deve estar com um pouco de sede.”

Balancei a cabeça novamente, enquanto uma garrafa de agua apareceu. Senteime para beber. Ele me olhou, parecendo bastante orgulhoso de si mesmo.

Tome um banho, belezinha, disse ele.

Sai da maca.

Quem tem o poder?, perguntou ele.

Eu tenho, disse, sorrindo por cima do ombro.

Cambaleei em direção ao banheiro, tomei um banho quente e, depois, enquanto secava meu cabelo com a toalha, me dei conta de algo. Corri para a sala de estar. “Ei, nem sei o seu nome!”, eu disse, ainda esfregando meu cabelo molhado em uma toalha.

Mas ele se fora. Assim como a maca de massagem e minha lista de fantasias que ele tinha vindo buscar. O local estava exatamente como antes de ele chegar, exceto por uma diferença: em minha mesa descansava meu primeiro talismã de ouro. Corri pela sala para apanhalo e vislumbrei meu rosto no espelho sob a lareira. Parecia corado, e meu cabelo úmido serpenteava ao redor de meu pescoço e meus ombros. Peguei o talismã e balanceio contra a luz das velas. Nele, estava gravada a palavra Rendição de um lado, e o numeral romano I do outro.

Eu o prendi a pulseira em torno de meu pulso, sentindo a ousadia crescer em mim,  deixandome tonta. Eu tinha feito a coisa mais estranha! Tinha feito a coisa mais louca! Eu queria gritar: alguma coisa aconteceu comigo. Algo está acontecendo comigo. E nunca voltarei a ser a mesma.
http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/leia-integra-capitulo-segredo-livro-erotico-743680.shtml

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