S.E.G.R.E.D.O
- Um livro sem julgamentos. Sem limites. Sem vergonha.
Na
esteira dos livros eróticos, novo lançamento traz como protagonista uma mulher
como muitas que deixou sua sexualidade de lado - e que não vê a hora de
retomá-la.
S.E.G.R.E.D.O
– Sem Julgamentos. Sem Limites. Sem Vergonha
“Já
estava mais do que na hora de sermos autoras de nossas próprias fantasias e não
as responsáveis por realizar as fantasias dos homens”, disse a autora do livro,
em entrevista recente. Obra de L. Marie Adeline, pseudônimo da autora
canadensa, produtora de TV, S.E.G.R.E.D.O – Sem Julgamentos. Sem Limites. Sem
Vergonha . apresenta um tipo de literatura erótica que traz à tona, pouco a
pouco, a força feminina. Ela se desenvolve com autonomia e segurança dentro da
protagonista ao longo de suas provações. Cassie, uma viúva de 35 anos que vive
sem nenhum luxo em um quarto alugado, trabalha como garçonete em Nova Orleans e
tem uma vida amorosa nula, deixa para trás as incertezas que a marcaram durante
seu casamento com um marido alcoólatra e egoísta para descobrir seu potencial
como mulher.
Cassie
é chamada a participar de uma sociedade secreta essencialmente feminina, que
tem por objetivo ajudar mulheres a entrar em contato com seu lado sexual. E,
assim fazendo, elas tornam a ter contato com a parte mais poderosa de si
mesmas. Um passo de cada vez.
Dentro
de S.E.G.R.E.D.O., as integrantes são convidadas a redescobrir sua feminilidade
e sensualidade a partir das fantasias que elas mesmas escolhem (mesmo sem saber
ao certo como ou quando elas se realizarão). Os homens, neste contexto, apenas
ajudam a organização a realizar os desejos mais íntimos das participantes em
cada um de seus 10 Passos. Ao longo dessas etapas, elas ganham a confiança para
buscar novos amores: o seu amor próprio e o de uma nova paixão.
Para
identificá-la como membro da organização, Cassie ganha um bracelete no qual vai
adicionando talismãs, que recebe a cada etapa completada. Os 10 Passos começam
pela Rendição e testam sua Coragem, Fé, Generosidade, Destemor, Confiança,
Curiosidade, Bravura, Exuberância e, por fim, dão a Cassie uma Escolha: a
chance de continuar como parte de S.E.G.R.E.D.O. ou optar por uma vida fora da
sociedade. E você, aceitaria o convite?
http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/s-g-r-d-livro-julgamentos-limites-vergonha-737064.shtml
Leia
na íntegra um capítulo de S.E.G.R.E.D.O.,
o novo livro erótico que já é hit
Conheça
a envolvente história da libertação sexual de Cassie Robichaud, escrita por L.
Marie Adeline.
S.E.G.R.E.D.O,,
de L. Marie Adeline.
NOVA
traz com exclusividade e na íntegra um capítulo do livro S.E.G.R.E.D.O., o novo
livro erótico que já é hit entre as fãs da trilogia 50 Tons de Cinza. Conheça a
história de Cassie Robichaud.
Eu
vibrava dos pés a cabeça à caminho de casa, pensando na tarefa que tinha pela
frente. Matilda despedira‑se
de mim entregando‑me
a pasta e dizendo que ela incluía nove paginas, uma por fantasia. Eu devia
preenchê-las imediatamente e ligar para Danica assim que estivessem prontas,
talvez para que ela pudesse enviar um mensageiro para buscar os papeis. A
última coisa que Matilda me disse foi: “Assim que tivermos esses papeis, tudo
vai começar. Depois você e eu vamos falar a respeito de cada fantasia. Mas,
nesse interim, não hesite em me telefonar, para qualquer coisa, ok?”.
No
meu apartamento, peguei Dixie no colo e lhe dei beijos por toda a barriga.
Então, acendi um monte de velas, tirei a roupa e mergulhei em um banho com
aroma adocicado. Tudo isso deveria me ajudar a imaginar a melhor lista de
fantasias possível. Apanhei minha caneta favorita e tirei a primeira página da
minha pasta de couro de crocodilo. Senti uma agitação que já não experimentava
havia anos. Matilda me instruíra a escrever abertamente, colocar para fora
todos os meus desejos sexuais. Tudo o que eu sempre quis fazer ou experimentar.
Ela me disse para não julgar, não questionar.
“Não
seja muito descritiva, não pense demais. Basta escrever.” Não havia regras para
as fantasias, explicou ela, mas as letras do S.E.G.R.E.D.O. Representavam os
critérios delas, aos quais haviam feito doloroso esforço para aderir. Matilda
disse que cada fantasia deveria ser:
Segura,
de modo que a participante não se sinta em perigo.
Erótica,
de maneira que a fantasia seja de natureza sexual, não apenas imaginária.
Convincente,
de modo que a participante queira realmente realizar a fantasia.
Romântica,
de maneira que a participante se sinta cobiçada e desejada.
Eufórica,
de modo que a participante experimente a alegria no ato.
Transformadora,
de maneira que algo na participante se altere de modo fundamental.
Olhei
para a sigla de novo e distraidamente escrevi uma palavra embaixo de cada uma
das primeiras letras, algo tão conveniente que me fez rir em voz alta: Sexual
Emancipação (de) Cassie Robichaud. Para o E e o T finais [em inglês], tudo o
que eu consegui imaginar foi Deliciosamente Orgástico [Exciting Times, no
original]. Aquilo estava realmente acontecendo comigo!
Com
Dixie circulando entre meus tornozelos e velas reluzindo na mesa, comecei
marcando o quadradinho ao lado da frase: Eu quero ser servida. Eu não sabia o
que aquilo significava, mas assinalei de qualquer maneira. Poderia ser algo
sobre sexo oral? Sugeri isso uma vez com Scott, e ele enrugou o nariz de forma
a repelir o pedido para sempre. Eu havia guardado aquele desejo em uma gaveta
que ficava num lugar muito alto, distante, para nunca mais ser visto. Ou assim
eu pensava. Havia muitos outros movimentos em sexo que eu nunca experimentara.
Eu tinha um amigo na faculdade que vivia falando animadamente sobre fazer “pela
porta dos fundos”, e ele sempre me deixou curioso. Eu jamais poderia pedir a
Scott para tentar algo assim. E eu não tinha certeza de que era algo que eu
gostaria.
Eu
quero fazer sexo secreto, em público. Outro quadradinho assinalado.
Eu
quero ser pega de surpresa. Isto mexeu comigo um pouco, embora, mais uma vez,
eu não estivesse certa do que significava. Haviam me garantido que eu estaria
segura, que eu poderia mandar parar qualquer coisa sempre que quisesse. Eu
assinalei o quadradinho.
Eu
quero ficar com alguém famoso. O que? Como eles poderiam fazer isso? Parecia
impossível, interessante. Assinalei.
Eu
quero ser resgatada. Resgatada de quê? Marquei o quadrado.
Eu
quero ser escolhida para ser princesa. Ai, Deus, que mulher não quer isso?
Sempre fui considerada agradável, inteligente, talvez ate engraçada. Mas nunca
tinha sido a mais bonita, a princesa, nunca em toda a minha vida. Então, sim a
essa opção. Claro. Mesmo que soasse infantil. Eu queria sentir isso. Só uma
vez.
Eu
quero ficar de olhos vendados. Imaginei que ficar no escuro poderia ser
libertador, então assinalei o quadradinho. Eu quero fazer sexo em um lugar
exótico com um estranho exótico. Tecnicamente, todos esses homens não eram
estranhos para mim, esses homens com quem eu ficaria, que nunca veria de novo?
Sem conversar, sem falar, apenas corpos rocando um no outro e então... Talvez
ele agarrasse meu pulso... Continuei escrevendo.
Eu
quero dramatização. Eu poderia fazer isso? Ser outra pessoa, que não eu? Eu
teria coragem? Sempre poderia voltar atrás se precisasse faze‑lo.
Então,
aquilo se tornou a minha lista: nove fantasias que seriam seguidas de uma
decisão final. E, conforme as instruções, escrevi todas na ordem em que pensei
que poderia lidar com elas.
Olhei
para a lista uma ultima vez. Minha cabeça estava repleta de encanto e
preocupação, alegria e medo que essas fantasias iriam liberar. Imagine ter tudo
o que você sempre quis e muito mais. Imagine ser o que os outros querem e
desejam — cada centímetro de você, exatamente como você é. Aquilo estava
acontecendo. Estava acontecendo comigo. Pensei que minha vida havia acabado,
mas estava prestes a mudar para sempre.
Quando
terminei, liguei para Danica.
“Olá,
Cassie”, disse ela.
“Como
você sabia que era eu?”, perguntei, olhando inquieta pela minha janela da
frente.
“Ahn,
bina?”
“Certo.”
Devo parecer estupida. “Sei que e tarde, mas Matilda me disse para ligar assim
que terminasse. Então, estou pronta, eu tenho as... selecionadas.”
“O
que?”
“Você
sabe... da lista.”
Houve
um silêncio.
“Lista?”,
provocou ela.
“Minhas...
fantasias”, sussurrei.
“Oh,
Cassie. Nós definitivamente escolhemos a candidata certa: você. Você não
consegue nem dizer a palavra!” Ela riu. “Vou mandar alguém ai de imediato,
querida. E fique firme. As coisas estão prestes a ficar muito interessantes.
Quinze
minutos depois, a campainha tocou. Escancarei a porta, esperando ver um
mensageiro adolescente e desarrumado, mas um homem magro, de boa aparência,
recostou‑se
no batente. Ele tinha olhos castanhos românticos e usava um agasalho com capuz,
camiseta branca e calca jeans. Parecia ter uns trinta anos.
Ele
sorriu. Estou
aqui para buscar a sua pasta. E também estou instruído a lhe dar isto. Você
deve abri‑lo
agora.
Não
consegui distinguir o sotaque dele. Seria espanhol? Ele me passou um envelope
pequeno, de cor creme. Tinha a letra C no lado de fora.
Enfiei
o dedo sob a aba e rasguei‑a.
Dentro havia um cartão que dizia:
Primeiro
Passo. Meu coração acelerou. O
que diz o cartão?,
perguntou ele.
Olhei
para aquele homem incrivelmente bonito na minha frente, aquele mensageiro, ou
fosse o que fosse. Você
quer que eu leia?
Sim,
você deve.
Ele
diz... Renda‑se.
Minha voz estava quase inaudível.
No
início de cada fantasia vão perguntar a você se aceita este Passo. Você aceita
este Passo?
Engoli
em seco. Qual
Passo?
O
Primeiro Passo, é claro. Render‑se.
Você deve render‑se
ao fato de que precisa de ajuda. Do ponto de vista sexual.
Meu
Deus, ele praticamente ronronou a palavra. Ele colocou a mão sob a camiseta e
tocou a própria barriga enquanto se apoiava no batente da porta e me engolia
com os olhos.
“Você
aceita?”, questionou.
Eu
não sabia que tudo iria começar tão rapidamente.
“Eu...
com você? Agora?”
“Você
aceita o Passo?”, perguntou ele, movendo‑se
suavemente em direção a mim. Eu mal podia falar. O
que... o que vai acontecer?
Nada,
a não ser que você aceite o Passo.
Seus
olhos, a maneira como ele vinha se inclinando para mim... Eu...
sim. Aceito.
Por
que você não abre um espaço para mim ali?,
perguntou ele, fazendo um grande circulo com a mão e indicando a área entre a
minha sala de estar e a sala de jantar. Eu
já volto.
Então, ele se virou e saiu.
Corri
para a janela da sala e o vi dirigir‑se
a uma limusine que estava estacionada logo ali. Coloquei a mão em meu peito e
olhei ao redor da minha sala de estar impecável — velas piscavam em todo lugar. Eu havia tomado banho
e estava perfumada. Eu usava uma camisola de seda. Elas sabiam! Chutei o pufe
para a parede e empurrei o sofá mais para perto da mesa de café. O jovem voltou
um minuto ou dois mais tarde com o que parecia ser uma maca de massagem
portátil.
“Por
favor, vá para o quarto e tire tudo, Cassie. Coloque esta toalha em torno de
você. Vou chama‑la
quando eu estiver pronto.
Peguei
Dixie pelo caminho. Aquilo era algo que minha gata não precisava ver. No meu
quarto, deixei o robe cair no chão e dei uma ultima olhada em mim no espelho da
cômoda. Minha critica interna despertou imediatamente. Mas dessa vez fiz algo
que nunca havia feito. Eu a desliguei. Esperei, abrindo e fechando os punhos.
Aquilo não podia ser real. Não podia estar acontecendo. Mas estava!
“Por
favor, venha”, ouvi atrás da porta fechada.
Entrei
tímida como um rato por uma sala reformada. As cortinas estavam fechadas. As
velas haviam sido colocadas nas mesinhas, cada uma de um lado da maca de
massagem. A maca era equipada com estribos, e sua metade inferior tinha uma
divisão no meio. Apertei a toalha em volta de mim, enquanto subia na ponta dos
pés na maca desse homem incrivelmente belo e jovem, que estava em pé no meio da
minha sala de estar. Faltava‑lhe
pouco para chegar a um metro e oitenta de altura. Seu cabelo era brilhante e
ondulado, comprido o suficiente para ter alguns cachos atrás das orelhas. Seus
antebraços eram fortes e bronzeados, e suas mãos pareciam musculosas. Talvez
ele fosse mesmo um massagista! Quando descansou uma das mãos sob a camiseta,
consegui dar uma olhada em seu abdome plano, bronzeado. Ele sorria de um jeito
que o fazia parecer um pouco mais velho e também muito mais sensual. Olhos
castanhos. Eu mencionei os olhos? Eles eram amendoados, com um pouco de
malicia. Como um cara pode aparentar ser gentil e ao mesmo tempo gostoso? Nunca
havia experimentado essa combinação antes, mas era poderosa.
Solte
a toalha. Deixe‑me
olhar para você,
ordenou ele gentilmente.
Hesitei.
Como eu poderia me mostrar a um homem tão atraente?
Eu
quero ver você.
Bom
Deus, Cassie, onde é que você se meteu? Que escolha eu tinha? Realmente não
havia como voltar atrás agora. Eu mal o encarei quando deixei a toalha cair em
torno de meus pés.
Minhas
mãos tem uma mulher bonita para trabalhar,
disse ele. Por
favor, deite‑se.
Estou aqui para fazer‑lhe
uma massagem.
Eu
relaxei na maca e me deitei de costas. O teto pairava acima de mim. Cobri o
rosto com as mãos.
“Eu
não posso acreditar que isto esta acontecendo.”
“É.
Isto tudo e para você.”
Ele
colocou suas grandes mãos quentes em meu corpo nu e pressionou levemente os
meus ombros, então retirou minhas mãos do meu rosto e colocou‑as
ao lado do meu corpo.
Esta
tudo bem,
disse ele, os olhos castanhos sorrindo para mim. Nada
de ruim vai acontecer. Muito pelo contrario, Cassie.
O
contato era incrível. Suas mãos em minha pele sedenta. Quanto tempo fazia desde
que eu havia sido tocada, ainda mais assim? Eu não conseguia sequer lembrar.
Vire
de barriga para baixo, por favor.
Hesitei
mais uma vez. Então rolei, empurrando os braços, que tremiam, debaixo de mim
para acalma‑los,
e virei a cabeça para um dos lados. Ele gentilmente colocou um lençol sobre meu
corpo. “Obrigada.”
Ele
se inclinou para trazer a boca perto de meu ouvido. “Não me agradeça ainda,
Cassie.” Através do lençol, senti suas mãos em minhas costas, me pressionando
contra a maca.
“Vai
ficar tudo bem. Feche os olhos.”
“Eu...
são meus nervos, acho. Não pensei que isto fosse acontecer tão rápido, como
agora. Quero dizer...”
“Basta
ficar quieta. Eu estou aqui para fazer você se sentir bem.”
Senti
suas mãos percorrendo minhas coxas sob o lençol e, a seguir, cobrindo a parte
de trás dos meus joelhos. Então, em pé na base da maca, ele dividiu a metade
inferior da mesa em duas, como um Y, e ficou entre minhas pernas. Ah, meu
Deus!, Pensei. Isto está acontecendo.
“Eu
não sei se posso fazer isso agora”, disse, tentando me virar.
“Se
eu tocar você de alguma forma que não goste, me diga. E eu paro. E assim que
isto funciona. E assim que sempre funciona. Mas, Cassie, e apenas uma massagem.”
Eu
podia ouvi‑lo
tirar algo de debaixo da maca, e então senti o delicioso perfume de loção de
coco. Eu o ouvi esfregando‑a
em suas mãos. Em seguida, ele apertou a parte de trás dos meus tornozelos.
Esta
ok? Diga‑me
com sinceridade.
Ok? Senti que era muito mais do que ok. Sim,
eu disse.
E
isto?,
perguntou ele, movendo lentamente suas mãos quentes, lubrificadas, pelas minhas
panturrilhas.
Meu
Deus do céu, suas mãos eram inacreditáveis. Sim.
Que
tal isto? Você gosta disto? Diga‑me,
disse ele, atingindo minhas coxas e parando logo abaixo da minha bunda. Então,
ele começou a massagear minhas coxas. Senti minhas pernas se abrindo para ele.
“Cassie.
Você quer isso?”
“Sim.”
Ai, Deus, eu disse isso.
“Bom”,
disse ele, movendo suas mãos para a ponta da minha bunda. Ali, ele começou a
massagear em círculos cada vez mais amplos, quase me tocando entre as pernas.
Quase, mas não por completo. Meu corpo estava em pânico e ainda altamente
excitado. Eu nunca estivera nesse lugar entre o medo e o nirvana, e era
estranho, inebriante, maravilhoso.
“Você
gosta que eu faca firme ou suave?”
“Hummm...”
“Eu
estou falando da massagem, Cassie.”
“Ah.
Firme, acho. Não, suave”, eu disse, minhas palavras ainda abafadas pela maca. “Não
sei do que gosto. Isto e normal?” Ele riu. “Que tal experimentar os dois, então?”
Ele
esguichou mais loção em suas mãos e esfregou uma na outra. Dessa vez, subiu
pelas minhas costas em um grande circulo, puxando inteiramente o lençol que
estava sobre mim. Eu o vi cair no chão ao meu lado.
Eu
estava nua.
Tire
os braços de debaixo de seu corpo e descanse‑os
sobre a parte superior da maca, Cassie.
Fiz
isso e comecei a relaxar com a massagem mais intensa que já havia recebido.
Seus polegares traçaram o contorno do meu cóccix ate o pescoço; em seguida, em
torno do meu tórax, e rocaram a lateral dos meus seios. Ele fez esses
movimentos por vários minutos e então mergulhou as mãos, em círculos, em minha
bunda, para cima e para fora. Eu podia sentir sua ereção através do jeans
contra a parte interna da minha coxa. Não podia acreditar.
Ele
estava sentindo algo por mim também? Instintivamente, fiz uma pressão contra
ele. Deixei minhas pernas, abertas sobre a maca, abrir‑se
ainda mais. Era a coisa mais doce, e mais estranha, abrir‑me
para um homem como aquele.
Vire‑se,
Cassie, quero você sobre suas costas.
Tudo
bem,
eu disse. A sala estava quente por causa das velas, ou talvez do meu corpo
superaquecido. As mãos, aquela massagem, haviam diminuído bastante a tensão e a
ansiedade. Eu me sentia completamente sem ossos. Fiz o que ele pediu. Ele
parecia saber com precisão o que estava fazendo. Acho que era aquilo que
Matilda queria dizer com Render‑se.
Antes
de eu deixar a casa geminada naquele dia, ela me dera uma instrução simples
para o meu Primeiro Passo:
O
sexo exige rendição, a capacidade de simplesmente derreter‑se
quando o momento chegar,
disse ela.
Quando
me ajeitei, quase deslizei para fora da maca, de tão cheia de óleo que estava.
Posicionado onde estava, entre minhas pernas, ele me agarrou pelas coxas para
me segurar firme. Tomou meu corpo inteiro com olhos famintos. Ele estaria
fingindo aquilo? Parecia, ouso dizer, que estava a fim, o que tornava a coisa toda
muito mais agradável.
“Você
tem a boceta mais doce e bela que eu já vi”, disse ele.
“Oh,
bem, obrigada”, respondi, embaraçada, levantando uma das mãos para cobrir os
olhos. Eu estava curiosa sobre o que iria acontecer e ao mesmo tempo
incrivelmente tímida.
“Você
quer que eu a beije?”
O
que? Aquilo era insano. E também era maravilhoso, aquele sentimento, aquela
coisa estranha e perfeita que circulava feito uma corrente através do meu
corpo. Ele ainda nem estava me tocando lá, e eu já estava perdendo uma parte da
minha consciência. Duas semanas atrás eu não tinha ideia de que um mundo como
aquele existia; um mundo onde homens sensuais batem a sua porta em uma noite de
quarta‑feira
e a trazem ate o êxtase sem nem sequer tocar em você. Mas era real e estava
acontecendo comigo. Aquele homem belíssimo queria fazer aquilo. Comigo! Eu
poderia ter rido e chorado.
Diga‑me
o que você quer, Cassie. Eu tenho o poder de dar a você. E eu quero lhe dar.
Quer que eu a beije?
Quero,
sim,
eu disse. E, então, senti seu hálito quente em mim, enquanto seus lábios
rocaram minha barriga. Ah, meu Deus, ele arrastou um dedo pelo meu abdome e
depois deslizou‑o
para dentro de mim.
Você
esta molhada, Cassie”, sussurrou ele.
Coloquei
a mão na cabeça dele e com delicadeza apanhei um punhado de seu cabelo. “Quer
que eu beije sua bocetinha doce?”
Aquela
palavra de novo. Por que eu ficava tão tímida com ela? “Sim... Eu... quero que
você...”
“Você
pode dizer o que você quer, Cassie. Não ha nada de errado em dizer isso.”
Ele
movia‑se
rápida e profundamente com um único dedo, girando dentro e fora de mim. Em
seguida, colocou a boca inteira na minha barriga e explorou meu umbigo com a
língua. Ele a arrastou ao longo do mesmo caminho que percorrera com o dedo, e
me encontrou lá e lambeu e mordiscou, o tempo todo mantendo os dedos circulando
ao redor e fora de mim. Eu não podia acreditar naquela sensação, como se
estivesse subindo devagar em uma montanha‑russa,
mais e mais. Ouvi quando ele gemeu, de leve. Ai, Deus, era como se milhares de
terminações nervosas finalmente tivessem despertado.
Cassie,
eu amo o seu gosto.
Serio? Seria possível?
Suas
mãos começaram a mover‑se
pelo comprimento das minhas pernas, espalhando‑as
ainda mais abertas sobre a maca. Nunca havia me sentido tão indefesa, tão
vulnerável. Eu estava exposta, era só necessidade e desejo. Sentia‑me
impotente
e feliz por estar assim. Estava a beira de um milhão de explosões, um milhão de
sensações diferentes, e, se ele simplesmente continuasse, eu iria... E, então,
ele parou.
Por
que você parou?,
gritei.
Você
não quer que eu pare?
Não!
Então
me diga o que você quer.
Eu
quero... gozar. Assim. Aqui mesmo.
Sua
pele bronzeada, aquele rosto... Deitei‑me
e cobri o rosto com as mãos mais uma vez. Eu não podia assistir. E também não
poderia deixar de assistir. De repente, senti algo quente e úmido circulando
meu mamilo esquerdo. Sua mão em concha segurava o outro seio com firmeza. Sua
boca era quente. Ele chupou e puxou meus seios, enquanto sua mão livre viajava
de volta para baixo do meu abdome tremulo, meu osso púbico e além. Dessa vez,
ele deslizou dois dedos para dentro de mim, ah, primeiro suavemente, depois com
urgência. Ai, Deus, era tão bom! Tentei levantar os joelhos e arquear as
costas.
“Fique
quieta”, sussurrou ele. “Você gosta disso?”
“Gosto,
gosto muito”, eu disse, jogando o braço por cima da minha cabeça, agarrando o
topo da maca. Ele parou de mover os dedos. Então, ficou em cima de mim por um
segundo e me encarou. “Você e linda”, disse.
Em
seguida, ele se inclinou e colocou a língua em mim novamente. Ficou parado ainda por um tremulo segundo, e
sua respiração soprava vida em mim. De maneira espontânea, empurrei meu corpo sobre seu rosto. Ele podia sentir
minha necessidade e começou a me lamber, a principio devagar. Então, voltou a
usar os dedos. Com o peso de sua boca e a língua em mim, me lambia mais e mais,
liberando seus fluidos e os meus. Eu podia sentir todo o sangue do meu corpo
disparar em linha reta ate ali. Ah, doçura, aquilo era tão louco! Uma onda
incrível correu através de mim, uma tempestade de algo que eu não podia
impedir. Ele lançou as mãos em meus seios, enquanto sua língua circulava dentro
de mim em um ritmo perfeito.
“Não
pare!”, me ouvi dizer.
Foi
tudo demais. Apertei meus olhos. A sensação maravilhosa crescia e crescia, e eu
gozava com forca contra seu rosto e sua língua. Quando terminei, ele se afastou
e colocou a mão quente sobre a minha barriga.
“Respire”,
sussurrou ele.
Minhas
pernas relaxaram ao longo da borda da maca. Nenhum homem jamais me tocara
assim, nunca. “Você esta bem?”
Balancei
a cabeça. Eu não tinha palavras. Tentei recuperar o folego.
“Você
deve estar com um pouco de sede.”
Balancei
a cabeça novamente, enquanto uma garrafa de agua apareceu. Sentei‑me
para beber. Ele me olhou, parecendo bastante orgulhoso de si mesmo.
Tome
um banho, belezinha,
disse ele.
Sai
da maca.
Quem
tem o poder?,
perguntou ele.
Eu
tenho,
disse, sorrindo por cima do ombro.
Cambaleei
em direção ao banheiro, tomei um banho quente e, depois, enquanto secava meu
cabelo com a toalha, me dei conta de algo. Corri para a sala de estar. “Ei, nem
sei o seu nome!”, eu disse, ainda esfregando meu cabelo molhado em uma toalha.
Mas
ele se fora. Assim como a maca de massagem e minha lista de fantasias que ele
tinha vindo buscar. O local estava exatamente como antes de ele chegar, exceto
por uma diferença: em minha mesa descansava meu primeiro talismã de ouro. Corri
pela sala para apanha‑lo
e vislumbrei meu rosto no espelho sob a lareira. Parecia corado, e meu cabelo úmido
serpenteava ao redor de meu pescoço e meus ombros. Peguei o talismã e balancei‑o
contra a luz das velas. Nele, estava gravada a palavra Rendição de um lado, e o
numeral romano I do outro.
Eu
o prendi a pulseira em torno de meu pulso, sentindo a ousadia crescer em
mim, deixando‑me
tonta. Eu tinha feito a coisa mais estranha! Tinha feito a coisa mais louca! Eu
queria gritar: alguma coisa aconteceu comigo. Algo está acontecendo comigo. E
nunca voltarei a ser a mesma.
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