Moda, o reconhecimento de status
A elite inicia
uma moda e, quando a massa a imita, num esforço de eliminar as distinções
externas de classe, essa mesma elite abandona a moda por outra nova moda.
Moda pode ser definida como modelos de comportamento
irracionais e transitórios que tendem a repetirem-se em sociedade cujos membros
anseiam por um reconhecimento de status ao se expressarem por meio da imitação
da elite. Essas imitações constituem os canais para as demonstrações de gostos
e disposições coletivas e podem ocasionar mudanças básicas não só na vida
subjetiva das pessoas, principalmente os mais jovens, como também em sua ordem
normativa.
A moda é descrita como um modelo cultural recorrente,
encontrado nas sociedades que possuem sistemas de classes abertas, podendo ser
considerado uma mediação de modismo e costume. A moda não existe em sociedades
tribais e sem classes.
Tomando um grupo social qualquer como unidade de
análise, percebemos que a moda torna-se uma questão de imitação das classes
mais elevadas pelas classes imediatamente mais baixas, na disputa por símbolos
(superficiais) e (instáveis de) status. A moda é uma forma de imitação, de
diferenciação social, mas, paradoxalmente, pelo fato de sua constante mudança,
ela diferencia um tempo do outro e um estrato social do outro. Une os de uma
classe e segrega-os das demais classes sociais. A elite inicia uma moda e,
quando a massa a imita, num esforço de eliminar as distinções externas de
classe, essa mesma elite abandona a moda por outra nova moda.
A própria natureza da moda exige que seja seguida numa
determinada época por uma parte de um determinado grupo social. À medida que a
moda se difunde, caminha gradualmente para o seu fim.
O termo moda se aplica não só a roupas, sapatos,
vestuários em geral, mas a qualquer atividade recorrente que satisfaça os
interesses de um grande número de pessoas.
Não podemos esquecer que outra grande influência na
moda é o consumismo ditado pelo mercado, pois só está na moda aquele que
consegue comprar o que é novidade, e importa pouco se determinado produto afeta
a saúde do consumidor. Por exemplo: não é pensando na saúde das mulheres que os
fabricantes, e a mídia em geral, lançam a moda de que em determinada época é
sinal de elegância usar sapatos com saltos finos e em outros anos o bom gosto
se apresenta no uso de sapatos com saltos grossos. O custo para se manter na
moda ultrapassa o simples consumo de produtos, podendo provocar, no limite, um
conflito de identidade no indivíduo.
http://www.brasilescola.com/sociologia/padrao-sociedade.htm
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