Diego Rocha Freitas
Campos é suspeito de matar
o menino (Foto:
Reprodução/TV Globo)
Suspeito de matar garoto boliviano deixou cadeia no Dia das Mães
Suspeito teve
benefício da saída temporária, mas não voltou a presídio.
Condenado por roubo
é apontado como assassino de boliviano de 5 anos.
Um presidiário que
recebeu da Justiça o benefício da saída temporada no Dia das Mães é o principal
suspeito de ter atirado e matado o garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, de
5 anos, durante um assalto à residência da família da vítima, em São Mateus, na
Zona Leste da capital, na madrugada de sexta-feira (28).
De acordo com a
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Diego Rocha Freitas Campos,
de 20 anos, cumpria pena no presídio de Franco da Rocha, na Grande São Paulo,
após ter sido condenado por roubo. Ele deveria ter voltado à unidade prisional
após o benefício, mas não retornou e passou a ser considerado foragido desde o
dia 13 de maio.
Quem tiver
informações sobre o suspeito deve ligar para o Disque-Denúncia (telefone 181).
O sigilo é garantido.
Além de Campos, as
polícias Civil e Militar procuram Wesley Soares Pedroso, de 19 anos. Eles são
suspeitos de envolvimento na morte da criança. A polícia retomou na manhã desta
segunda-feira (1º) as buscas a esses homens que integrariam a quadrilha que
participou do latrocínio.
Outros três já
haviam sido detidos pelo mesmo crime neste fim de semana: Paulo Ricardo
Martins, 19, e Felipe dos Santos Lima, 18, e um adolescente de 17 anos. O G1
não conseguiu localizar os advogados dos investigados para comentarem as
acusações.
Segundo as
investigações, foi o menor de 18 anos de idade quem confessou a participação da
quadrilha no latrocínio. Num vídeo gravado por policiais civis, ele declarou
ainda que Campos atirou contra a cabeça de Brayan porque o menino não parava de
chorar nos braços da mãe e porque os bolivianos não tinham mais dinheiro aos
criminosos. O retrato do suposto executor do boliviano foi divulgado no domingo
pela Polícia Civil.
Segundo os pais de
Brayan, ele entregou duas moedas a um dos bandidos e também pediu a quadrilha
para não morrer. Após roubar e matar, o bando fugiu com R$ 4.500 dos seis
bolivianos que moram e trabalham como costureiros no local. Veronica Capcha
Mamani, 24, e Edberto Yanarico Quiuchaca, 28, disseram que querem deixar o
Brasil após a morte do filho e voltar à Bolívia.
Após ter sido velado
simbolicamente pelos bolivianos em Guarulhos, na região metropolitana o corpo
de Brayan deverá seguir nesta tarde para La Paz, na Bolívia.
Além do 49º Distrito
Policial, São Mateus, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic)
e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) ajudam nas
apurações para tentar localizar o restante do bando que participou da morte de
Brayan.
O crime
Os cinco criminosos
usavam máscaras para não ser identificados e estavam armados com revólveres e
facas. O grupo rendeu o tio da vítima que chegava com o carro na garagem, na
madrugada de sexta. De acordo com as vítimas,
os bandidos eram brasileiros.
Os pais contaram ter
dado R$ 3,5 mil aos assaltantes, mas eles exigiam mais. Em seguida, o tio
entregou R$ 1 mil à quadrilha, que não se deu por satisfeita e passou a ameaçar
matar Brayan com uma faca caso não recebesse mais dinheiro. Veronica relatou que
ainda abriu a carteira vazia. "Não tinha mais nada", disse ela, que
está há seis meses no Brasil, depois de vir com o marido e filho da Bolívia.
A costureira disse
ainda que segurou o menino no colo durante o assalto, se ajoelhou e implorou
que os criminosos não matassem a criança. Porém, assustado com a situação, o
garoto chorava muito, o que irritou os bandidos. Ela relatou que o criminoso
gritava para o menino "parar de chorar" e não chamar a atenção dos
vizinhos. Irritado com o choro da criança, um dos criminosos atirou na cabeça
do menino, que completaria 6 anos em 6 de julho.
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