Menina pede em carta ao Papai Noel que irmã
não vá para adoção
Radialista
divulgou conteúdo na internet e família ganhou doações.
Criança deve
nascer nas próximas semanas em Jales (SP).
Uma menina de 12
anos pediu em carta ao Papai Noel que a irmã, que ainda vai nascer, não fosse
doada. A mãe dela, grávida de oito meses, comentou que iria ter de colocar a
filha para adoção por não ter condições financeiras de criá-la.
A saber do desabafo
da mãe, Luana Sampaio da Silva decidiu fazer o pedido especial na tradicional
cartinha ao Papai Noel. "Escrevi pedindo ajuda para minha mãe não doar a
minha irmã."
Luana mora com a
mãe, a diarista Sílvia Sampaio da Silva, em Jales (SP). Ela mantém as despesas
da casa e o aluguel com o salário de diarista. Mãe solteira, em um momento de
desespero, chegou a pensar em deixar a criança que vai nascer para adoção.
"É complicado, a gente fica com a cabeça... Fiquei com medo de não dar
conta de sustentar a casa sozinha", conta.
Ela disse que
não esperava a cartinha da Luana, nem que ela pudesse mudar o desfecho dessa
história. O pedido da menina foi parar nas mãos de um radialista da cidade,
Jales, Adalberto Mariano, que divulgou o caso em grupos do WhatsApp e redes
sociais. "As pessoas ligam a todo momento querendo ajudar. Ganhamos berço,
carrinho, banheira, fraldas e roupinhas", comemora.
Radialista
divulgou carta escrita pela menina.
Desde que a
carta da Luana foi divulgada na internet, a família tem sido acolhida com
carinho e solidariedade. Várias pessoas da cidade têm ido à casa delas para
fazer doações de todos os tipos. O auxiliar administrativo Edvan Fernandes
levou fraldas. "Todo mundo se comoveu com a carta da menina e pude colaborar
com um pouco."
A diretora de
vendas Vanessa Souza levou chocolates e uma cesta básica. "No mundo de
hoje as crianças querem tecnologia, tablet, computador, e ela pensou na família
dela, pensou na mãe, que está grávida, e pediu algo diferente. Foi o diferencial
dela. Acho que foi muito bonita a atitude dela."
Luana agradece
as doações e espera ansiosa pela irmã. "Vou poder dividir o quarto e
brincar com ela. Obrigada." Com tanto apoio, Sílvia se sente mais
preparada para receber e cuidar da criança que vai chegar. "Agradeço todo
mundo, porque nem esperava, de coração mesmo."
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