Porre de sangria
Uhu!!
Sangria é um drinque meio batido, é verdade. Mas não para mim, que nunca havia tomado, não em Barcelona, Espanha, onde a bebida é o equivalente à caipirinha do Brasil. Não no bar L’Ovella Negra, onde tomei um dos porres mais legais da minha viagem.
Era meu último dia na cidade. Vinte e quatro horas depois eu estaria a caminho de Londres. Meus amigos estavam em Mataró, ali do lado, e eu estava sentido o clima do centro de Barcelona pela última vez.
Eu queria uma farra de leve. Como não conhecia ninguém na cidade, criei um post no Couchsurfing, dois dias antes, convocando outros turistas solitários para uma tarde de bebedeira. Duas garotas e dois caras se dispuseram a participar. No entanto, somente um apareceu, um italiano, que também estava visitando Barcelona. Parecia gente boa. Ele contou que já tinha ido ao Rio de Janeiro e que tinha curtido muito.
Esses eventos do Couchsurfing são engraçados. Estranhos viram seus melhores amigos por um dia. Fomos ao L’Ovella Negra. O bar, com cara de taverna, fica abaixo do nível da rua e possui várias mesas coletivas. Era pouco mais da hora do almoço e não havia muita gente ainda.
Primeiro pedi uma cerveja, mas depois caí na sangria, que veio num copão. Ao pedir algo para comer, cometi uma gafe babaca de turista desavisado. Li “ham” no cardápio e achei que fosse hambúrguer. Aham. Eu sabia que ham era presunto ibérico. Não sei se foi o começo de chapação mas, na hora, me confundi. Culpa do imperialismo cultural norte-americano. E quando aquelas fatias vieram em cima do pão, não consegui comer. Passei o prato para o italiano e pedi “batatas bravas”.
A tarde foi passando. Já estava na terceira sangria quando esbarrei no copo e entornei o líquido maravilhoso no celular. A sorte que a capa de borracha de fita k7 impediu que ele se molhasse muito, mas o áudio ficou esquisito uns dias.
Não demorou muito e gente de tudo quanto é lugar começou a se aprochegar e a puxar conversa. Duas garotas lindas, uma loira e uma morena, que não lembro de onde eram, começaram a conversar com a gente. Sei que a loira era do leste europeu. Polonesa? Tcheca? Eslovaca? Não consigo lembrar. Amnésia de álcool ou então a velha característica masculina de não lembrar o nome (e o país) da garota que você ficou ou está prestes a ficar ou pretende ficar. Após um bom tempo de conversas animadas, quando já era começo de noite, as meninas (sim, elas tomaram a iniciativa) nos chamaram para passear na praia. O restante da história fica na imaginação do leitor.
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