Educação Popular e Mística
Luiz Carlos Souza, Coordenação
Política Pedagógica (CPP)
Falar de educação popular e
mística na conjuntura atual significa recuperar o ânimo da militância e
lideranças popular que se encontra refugiado desanimado diante de uma
conjuntura de crise. Crise política, ética, econômica, ambiental e valores.
Todas essas crises provocadas por um sistema de sociedade baseada em modelo de
produção capitalista de exploração da riqueza da natureza dos homens e
mulheres. Crise que acelera a produção em massa para consumo em massa crise de
valores de identidade de sentimento de pertença, de perda da perspectiva de
mudanças de rumo.
Crise de um modelo educação
colonialista livresca pautada na obediência, na alienação que transforma o os
seres humanos em robôs, programados a consumir, em busca de uma felicidade
invisível vendida pelo mercado de consumo, que nega a dignidade e protagonismo
das pessoas.
Neste sentindo, quando
retomamos a educação popular estamos afirmando outro paradigma, pautado pelos
princípios e valores humanista da qual nasce à educação Popular. Quer dizer é
mais que pensar em uma classe, em uma metodologia ou uma teoria. A Educação popular nasce da gente, do que a
gente já sabe da pratica pensada e repensada, da luta, da resistência da
manifestação cultural, da religiosidade e da diversidade. É o compromisso
profundo de aprender ensinando, ensinar aprendendo, partindo da necessidade das
pessoas na sistematização de palavras que não são receitas. Ao contrário da
educação tradicional a educação popular busca trabalhar com a necessidade das
pessoas, com a criatividade criando e recriando o conteúdo está vinculado com a
realidade comprometido a transformar a realidade para o bem estar das pessoas.
Educa-se pelo diálogo. Dialogo que é interpretado por diferentes maneira na
atualidade, muita gente confunde diálogo com democratismo sem rigidez sem responsabilidade.
Por outra vez como uma ferramenta de conversatório de simplesmente escutar as
pessoas. O diálogo proposto e profundido por Paulo freire é um diálogo
verdadeiro, da troca de conhecimento entre as pessoas da construção de
consciência coletiva e política, da busca de resolução dos problemas nos
espaços que vivem e a ousadia de querer que o mundo deve ser transformado. Como
diz freire aprender a ler o mundo. Está comprometida com a libertação das
pessoas lerem o mundo e as palavras que interpreta o mundo e que fazem o mundo
que somos buscando na busca da construção do mundo que queremos. É muito mas
que desenvolver a técnica da leitura e da escrita, procura desenvolver a
capacidade de construir conhecimento e descontruir o conhecimento que os dominadores
nos inculcaram historicamente.
A educação popular proposta
por um burguês è hipocrisia por que ela não permite a dominação de uma pessoa
sobre a outra. Ela busca construção e o protagonismo coletivo das pessoas, na
permanente ação reflexão ação, busca descontruir o opressor existe dentro de
cada ser humano, é a humanização da capacidade de sonhar e de lutar e
transformar.
As experiências de educação
popular é a místicas que alimenta os movimentos sociais, as pessoas aprende com
as história de lutas dos que derramaram sangue e suor na luta pelos direitos,
as pessoas se educa pela música, pelas relações sociais, pelos trabalhos de
grupos, pela divisão de tarefas, pelos intercâmbios, pelas marchas pelas
ocupações pela repressão das corporações e do estado. Quer dizer sem luta a
educação popular seria uma falsidade seria apenas uma domesticação das pessoas
para adaptar ao modelo atual.
No entanto compreendemos que
a educação popular é muito mais que uma sala de aula, ela não tem vida presa
entre quatro paredes, ou plasmado em um penso escolar que não está disposta a
mudanças, não tem vida diante de sistema educacional burocrático que trava a
criatividade e a ousadia das pessoas. Não tem sentindo na língua de um discurso
que reproduz as práticas dos opressores
Nesse sentido a mística
popular tem sido um grande aporte de educação popular nos movimentos sociais.
Mística que não é teatro onde um grupo de artista apresenta é outro grupo
recepciona. Ao contrário a místicas e manifestação da convicção popular a
capacidade de refletir a experiência do passado de refletir o presente e
apontar o futuro que queremos. Cada pessoa tem sua própria maneira de
interpretar místicas, na relação mutua entre seres humanos a natureza e os
recursos naturais. Por isso as pessoas choram, sorri, se abraça, se emociona, e
canta nos momentos de místicas. Porque cada ação perpassa pela motivação que
existe dentro de cada ser.
Podemos ver a mística
presente nas pessoas que em seu cotiando quando reproduz o valor da
solidariedade, da ternura, dor respeito da dignidade. De gente que não desanima
e não se coopta que continua a caminhada em passos firmes acreditando no que
não ver alimentando por uma convicção de que é necessário caminhar para
conquistar.
Para transformar o ser
humano é necessário ser primeiramente humano falando e praticando, Ademar Bogo
diz que não devemos esperar que a místicas venha até nos, somos nós que devemos
ir até a místicas. Estamos convocados a continuar lutando e nos educando contra
o sistema que nos massacra e nos oprime. É preciso indignar contra a fome, a
miséria, a corrupção, a incoerência, a concentração da produção e a
centralização do poder.
A luta não é uma profissão é
uma necessidade de sobrevivência de resistir para continuar existindo, de
existir para continuar multiplicando novos homens e mulheres. De reconstruir o
planeta a biodiversidade a cultura e novos valores que concretiza em pratica
educativa permanente na construção do poder compartilhado, da vida celebrada,
da mística alimentada pela ternura onde cada pessoa possa expressar sua
incerteza e sua felicidade.
Afinal não tem receita para
educação popular e mística as duas estão vinculadas estritamente, educando,
despertando, organizando. A gente aprende a fazer educação popular fazendo e a
viver a mística transformado a nós e mundo. Por fim a mística é a verdadeira
convicção que nos motiva a luta para construir um mundo socialista.
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