Mais de 400 merendeiras de
escolas estaduais estão em greve por salário
Trabalhadoras
são terceirizadas e atuam em escolas públicas da Bahia.
Parte
das escolas reduziu o horário das aulas por conta da paralisação.
Mais
de 400 merendeiras que trabalham em escolas públicas do estado estão em greve
por causa do atraso no pagamento dos salários. São funcionárias da empresa
Líder, terceirizada contratada pelo governo. Sem merenda, o horário das aulas
foi reduzido.
Na
Escola Cesare Casali, no bairro Pirajá, as aulas estão mantidas, mas os 1.100
alunos estão sem alimentação. Segundo os estudantes, há mais de três semanas as
merendeiras pararam as atividades. Sem merenda, os alunos são liberados mais
cedo. "A gente fica prejudicado porque não temos as aulas todas",
afirma Luís Henrique, de 13 anos.
Também
por causa da falta de merendeiras, na Escola Nogueira Passos, bairro da Pituba,
onde estudam 800 jovens, as aulas também têm terminado antes do horário normal,
que seria 11h50. As aulas na unidade começam às 7h30 e os alunos começaram a
deixar o local às 9h30. "Na segunda [4], a escola teve que reduzir o tempo
de aula, de 50 minutos passou para 30, porque as merendeiras não estão
recebendo salário", diz um dos estudantes.
Nesta
sexta-feira (8), a direção da escola distribuiu para os alunos um aviso que
informa que, mesmo sem merenda, a partir da próxima segunda-feira (11) as aulas
voltam ao horário normal.
De
acordo com o sindicato da categoria, as merendeiras que pararam são contratadas
por uma das quatro empresas que prestam serviço ao estado. Cerca de 450
trabalhadoras estão com os salários atrasados. "A orientação é que elas
continuem em casa até regularizar a situação", diz Ana Angélica, do Sindicato
das Merendeiras.
A
assessoria da Secretaria de Educação do Estado não informou quantas escolas
estaduais estão prejudicadas pela greve de merendeiras. Sobre o problema com a
Líder, a Secretaria de Educação disse que deve cancelar o contrato e que todos
os direitos das merendeiras vão ser cumpridos. Além disso, acrescenta que está
garantida a permanência delas na nova empresa que vai ser contratada pelo
governo.
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