Profissões de futuro
Pesquisa
destaca sete novas carreiras que surgiram para suprir as necessidades do
mercado de trabalho, inclusive no Brasil.
RIO - Num
mercado em constante transformação, não é de se estranhar que, a cada dia,
surjam novas profissões. De olho nessas mudanças, a Michael Page, consultoria
de recrutamento especializado, elaborou um estudo global que ajuda a entender
como o mercado de trabalho vem se adaptando às variações da economia. Realizada
em cinco países (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Brasil), a
pesquisa destaca as atividades que nasceram para suprir essas necessidades.
— São
profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. A
perspectiva para os próximos anos é de ampliação no campo de trabalho desses
cargos — diz Paulo Pontes, presidente da Michael Page no Brasil.
Conheça os
sete novos profissionais que, de acordo com a parte brasileira da pesquisa, se
destacam nas empresas atualmente:
— Gerente
de treinamento do varejo:
O que faz:
treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. Antes, o costume era
que a empresa adotasse um treinamento padrão para todos os funcionários que lidam
com o público. Hoje, considera-se mais produtivo contar com profissionais que
elaboram programas específicos conforme as características dos consumidores
locais.
Formação: administração
de empresas, recursos humanos e psicologia.
Quem contrata:
empresas do setor de varejo
Salário médio:
De R$ 8 mil a R$ 12 mil
— Gerente
de identidade visual:
O que faz: em
redes varejistas, é encarregado de talhar cada ponto de venda ao perfil do
público que o frequenta. Ele define, por exemplo, a linha de produtos que deve
ganhar destaque em determinada loja, a maneira como seus vendedores devem
abordar a freguesia e as ações promocionais mais proveitosas. Deve, enfim,
cunhar uma identidade para a loja ao mesmo tempo em que cuida para que ela não
se sobreponha à imagem da marca nem entre em choque com ela.
Formação: publicidade
e propaganda, marketing e administração, com experiência em varejo.
Quem
contrata: empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo.
Salário
médio: R$ 8 mil a R$ 12 mil
— Gerente
de comunidade:
O que faz: atua
diretamente na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e
fóruns on-line. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações
sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook
se transformem em virais negativos na internet.
Formação: marketing
e publicidade e propaganda.
Quem
contrata: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário
médio: R$ 7 mil a R$ 10 mil
— Gestor
de reestruturação:
O que faz: nos
bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em
dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Embora
grande parte dos gestores de reestruturação atue no setor bancário, há
profissionais também dentro das companhias, com a missão de colocar a situação
financeira da empresa nos eixos.
Formação: gestão
e administração de empresas, economia e engenharia, com pós-graduação em
finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito.
Quem
contrata: instituições financeiras e empresas de grande porte do setor
privado.
Salário
médio: R$ 14 mil a R$ 24 mil
— Gerente
de projetos:
O que faz: joga
no meio de campo entre o departamento de TI e as demais áreas da empresa. Por
um lado, ele leva as necessidades dos diferentes departamentos da companhia aos
técnicos de sistemas da informação. No caminho inverso, aponta aos funcionários
as limitações dos recursos de TI. Como ele dialoga com grupos que muitas vezes
não se entendem — tecniquês e juridiquês, por exemplo, são dois idiomas
distintos —, a capacidade de comunicação é a sua principal característica.
Formação: engenharia
e informática.
Quem contrata:
médias e grandes empresas de todos os segmentos.
Salário
médio: R$ 12 mil a R$ 20 mil
— Gerente
de relações governamentais:
O que faz: é
o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras,
como Anatel e Aneel. Sua área de atuação é vasta: inclui desde questões legais
até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha
grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, muito conhecimento e
aptidão para os meandros da burocracia — uma combinação difícil, que, quando
preenchida com eficiência, pode levar aos mais altos salários entre aqueles
oferecidos por essas novas profissões.
Formação: comunicação,
direito, administração de empresas, relações internacionais ou ciências
sociais, de acordo com a área de atuação da companhia.
Quem
contrata: empresas de grande porte, principalmente aquelas sob a
supervisão de órgãos reguladores.
Salário médio:
R$ 12 mil a R$ 45 mil
— Gerente
de marketing on-line:
O que faz: elabora
a estratégia de marketing de uma empresa nas mídias sociais, como Twitter e
Facebook, de acordo com o público específico que se quer atingir e a rede
social que se deve utilizar. Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais
desse ramo já contam com experiência de até dez anos no currículo. No Brasil, o
marketing on-line só agora começa a se expandir — daí a carência de
profissionais experientes nessa área.
Formação: publicidade,
propaganda e marketing.
Quem contrata:
agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais
Salário médio:
R$ 8 mil a R$ 15 mil
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