segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Viva a sabedoria...

Bento de Espinosa
Filósofo holandês (1632-1677), de origem portuguesa. Natural da Vidigueira, a família emigrou para a Holanda, onde retomou as práticas judaicas. Destinado a rabino, recebeu educação hebraica, na escola da comunidade judaico-portuguesa de Amsterdam. Manifestando, muito cedo, aptidão para a especulação. Foi excomungado e expulso da sinagoga. Abdicou da herança do pai e para sobreviver dedicou-se a polir lentes. Nas suas obras desenvolveu teses consideradas, na época, como blasfemas. Como monista radical que era, considerava a existência de uma única substância, Deus ou a Natureza, possuidora de uma infinidade de atributos, dos quais o homem conhece dois: o pensamento e a extensão. Embora defensor de um determinismo absoluto, na medida em que tudo derivaria necessariamente da natureza ou substância única, defendia a existência da liberdade enquanto possibilidade de dominar as paixões através do conhecimento.
O seu pensamento mereceu o apreço de pensadores como Goethe, Herder, Hegel, e Schelling. Ao tornar-se conhecido a muito apreciado, em 1676 recebe a visita de Leibniz.
Obras: Tratado Breve de Deus (em latim), Tratado Teológico-Político, Ética, Tratado da Reforma do Entendimento (inacabado).

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