sábado, 9 de novembro de 2013

Arte...

A ARTE COMO PARTE DA CULTURA

Através do esforço físico e intelectual o ser humano desenvolveu ao longo dos anos, séculos e milênios, sua existência, a qual deu o nome de cultura. É através dela que conseguimos reunir todos os avanços e conquistas, misturá-las com os sonhos e esperanças para caminhar rumo ao futuro. Tudo isso foi e é possível, pelo fato do ser humano ter a capacidade de imaginar e antecipar a criação, assim desenvolveu habilidades que chamou de arte.
Na forma de consciência estética é que a arte se situa. Esta forma de consciência é constituída por: sentimentos, gostos, impressões, imaginação etc. tanto assim que a estética é definida como a “faculdade de sentir” que tem cada ser humano.
Esta faculdade, se desenvolve, por um lado espontaneamente. Pela intuição as pessoas conseguem diferenciar o belo do feio, o simples do elegante, a harmonia do barulho, a combinação da descombinação das cores etc.
Há por outro lado, o nível científico da consciência estética, onde as teorias explicam as experimentações, a lógica e o valor das descobertas, as origens e as leis de seu desenvolvimento, função que desempenha na sociedade etc. Por isso a estética também traduz os interesses de classes de uma sociedade.
A consciência estética portanto, determina a reflexão do ser humano que vive em sociedade e lhes dá a noção de sua importância social.
A consciência estética se desenvolveu a partir das atividades práticas que acompanharam e formaram o ser humano desde a sua origem, quando teve que buscar através da criatividade, formas de produzir sua existência. Mas incluiu-se neste criar, a beleza, pois não se tratava somente de produzir alimentos, mas sim de percebe-los e transformá-los em obras de arte. Assim surgiu o “artista” no sentido amplo. A imaginação ia além do que o indivíduo tinha capacidade de realmente fazer.
Ou como nos diz Souza Barros: “O homem já em grupo organizado torna-se artesão. A capacidade de criar instrumentos levou-o a essa posição excepcional. O caminho da arte já se revelava, pois na medida em que ele tinha conseguido ou dado forma independente aos sonhos e imagens encontrou os meios de expressão para uma linguagem simbólica”.
Não se tratava portanto, para dar um exemplo, apenas de plantar a semente que produziria o alimento. O cuidado com a limpeza da terra, a ordem em que se colocava as sementes enfileiradas, o cuidado com os insetos predadores, o recolhimento através da colheita, a armazenagem, o preparo do alimento e a forma de servi-lo. Ainda restavam as sobras após fartar-se, a que se deveria dar algum destino.
A Arte acompanhou a produção da existência, foi e é parte da cultura. Ajuda a compor a consciência estética dos indivíduos e dos grupos sociais.
Vamos então destacar alguns aspectos que contribuem para interpretar e impulsionar a valorização da arte no MST.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Como nos diz M. Chaui, “A palavra arte vem do latim ARS e corresponde ao termo grego TECHNE, técnica, significando: o que é ordenado ou toda a espécie de atividade humana submetida a regras. Em sentido lato, significa habilidade, desteridade, agilidade. Em sentido estrito, instrumento, ofício, ciência...”
Se a arte significa técnica e, por tanto, o que é ordenado, a obra de arte tem características que estão vinculadas às habilidades humanas, mas também ao conhecimento de regras.
Segundo nos diz a mesma autora, os antigos filósofos faziam uma distinção, onde se separava “Ciência-Filosofia de arte ou técnica”, e que poderíamos caracterizá-la da seguinte forma:
As que auxiliavam a natureza como; a medicina e a agricultura
As que fabricavam objetos utilizando a natureza, como o artesanato
E as que se relacionavam com o homem para torná-lo melhor ou pior como, a música, poesia, canto etc.
Com o surgimento do capitalismo, houve a valorização do trabalho e as artes sofreram uma nova separação, distinguindo-se entre:
Artes de utilidade – as que são úteis ao homem como: a medicina, a agricultura, a culinária, o artesanato etc.
Artes de beleza - aquelas cujo fim é o belo como: pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro e dança. Nasceu assim o conceito das (sete) belas artes.
Dessa forma é que a sociedade passou a entender a arte, separada da técnica. Entendo que arte é “ação individual espontânea vinda da sensibilidade e da fantasia do artista como gênio criador”. O técnico passou ser um indivíduo que aplica regras e receitas e, o artista (profissionalizado), aquele que tem inspiração, ou “iluminação interior”. Surgiu com isso o “juízo de gosto” onde o público avalia e julga as obras feitas por alguém que está muito acima dele.
No último século porém, segundo a autora, houve uma modificação na relação entre arte e técnica. A técnica passou ser “tecnologia”, forma de conhecimento e, a arte “expressão criadora” menos misteriosa. Uma passou a depender da outra para se desenvolver. “As artes não pretendem imitar a realidade, nem pretendem ser ilusões sobre a realidade, mas exprimir por meios artísticos a própria realidade”.
JUNTANDO AS PARTES

Todos os gestos humanos empregados para produzir a existência tem sua beleza e por isso consideramos arte. Fazem parte da consciência estética do indivíduo.
É justamente este esforço e este reconhecimento que pretendemos com a revolução cultural; imprimir mais beleza e arte na assimilação e implementação dos conhecimentos técnicos. Dessa forma, as técnicas agrícolas por exemplo, para nós terão também um significado estético que, desafiará a criatividade dos Sem Terra, no cultivo, produção, industrialização, empacotamento e colocação dos produtos no mercado.
Estes avanços devem nascer da sensibilidade, preocupação e interesse dos artistas, que, em nosso caso, são todos os componentes do MST. Porque esta arte não pode retratar apenas a ansiedade e percepção de um artista, mas toda a realidade em transformação. Assim o cultivo da terra que germina a semente e sustenta as raízes, não será apenas matéria de poesia para o poeta que capta com sua sensibilidade esta reação, mas a própria existência da terra que esconde aspectos preciosos e que encanta por si mesma, sem esperar que as letras das músicas e poesias revelem o que por si só já é uma revelação.
A pintura e o melhoramento das casas, representa o despertar da consciência do artista, onde, a combinação das cores artificiais, se combinam com os infinitos matizes naturais, criando assim sintonia entre, a beleza produzida e a beleza criada.
A ornamentação feita através de jardins e pomares implantados, ajudam a desenvolver a forma arquitetônica da consciência, onde a casa é a referência primeira e, ao seu redor, vão germinando as sementes de beleza, que darão destaque à moradia onde vivem seres humanos, que usufruem o direito de criar a própria liberdade.
O escavar o chão com as enxadas, torna o lado escultor do Sem Terra, sensível, onde não se pode simular os gestos, devem ser reais para que o “carpido” apareça como resultado do esforço empregado.
O real e o desejo dos sujeitos vivos se misturam, não simplesmente na poesia, mas no movimento que forma essa nova realidade. Arte é dar forma à imagem de algo que nunca existiu.
Dessa mistura de gente com terra é que acontece a reforma agrária, e não apenas com a distribuição da terra. Distribuir terra é somente técnica, misturar gente com terra é arte e técnica se juntando. Arte então são, “p-artes” que se juntam para formar uma nova realidade, eis o conceito que surge de nosso caminhar político.
É portanto uma mistura de realidade com a intuição de um futuro que almeja vir a ser, por isso, artistas são aqueles que sempre estão à frente na interpretação e aceitação dos desafios.
Dessa maneira, Sem Terra deixa de ser condição social para tornar-se sócio artístico que cava na própria consciência o aterro para edificar a nova história. Sem beleza a luta não vinga, pois não atrai energia para fortalecer-se.
O complicador é quando o “artista” retrata apenas de forma abstrata esta realidade, e não se deixa compreender, nem possibilita os “espectadores” se vincularem a ela, porque substitui por uma imagem irreal o sujeito da construção da história. Quando abandona a técnica e não compreende a realidade, por isso transporta-se para o além. Assim a arte deixa de cumprir com sua função de incentivadora das mudanças sociais.
A arte cumpre o papel de ajudar a interpretar a realidade e, ao mesmo tempo que “destapa” o que está escondido em suas dobras, liga-se com as impossibilidades de realização imediata, mas alimenta a utopia sem tirar os pés do chão.
A arte é o grito simbólico que avisa que, o que existe pode ser diferente.
“A arte é a reflexão da realidade em imagens artísticas, que traduzem o mundo espiritual da sociedade. Cumpre assinalar que a arte manifesta não somente o mundo espiritual dos artistas, mas praticamente todos os sentimentos sociais...”
Assim é que nasce a mística socialista, sendo ela o desejo de antecipar o impossível em imagens simbólicas, possibilitando o começo de sua edificação no tempo presente.
A arte ao mesmo tempo que retrata esta combinação entre o real e o ideal, reflete a ideologia de classe, se o artista tiver esta preparação e percepção. Um artista que ignora a realidade social, reproduz apenas sentimentos distorcidos.
A classe dominante se utiliza da arte para obscurecer os aspectos de dominação da classe trabalhadora, esta por sua vez, deve utilizar a arte para esclarecer e desvendar os aspectos obscuros da realidade para transformá-la.
Neste sentido as obras de arte tem: conteúdo, mensagens, imagens, sons, cores etc. são signos que representam a intenção e a realidade ao mesmo tempo, entrelaçando as partes, emitindo novas sensações e reações, forjando novos acontecimentos.
Esta consciência estética se forma e se transforma na medida em que vai-se transformando o ser social, este irá desenvolvendo novas formas de produção artísticas, adequadas aos hábitos e relações sociais.

A ARTE E A FUNÇÃO NO MST

Há sinais de manifestação artísticas na construção do MST que devemos valorizar como elementos da construção da consciência estética como por exemplo, o aprendizado de fazer e alinhar os barracos nos acampamentos, ou a organização das filas nas marchas. São aspectos que representam o gosto pela beleza e a criatividade de demonstrar para a sociedade os aspectos bonitos da organização.
Os materiais didáticos que recorrem à ciência e à técnica para serem elaborados, demonstram o aspecto consciente da arte que a militância desenvolve.
Mas é na mística que se revela a sensibilidade artística de milhares de pessoas, fundamentalmente quando se usa o teatro como forma de expressá-la. “O teatro reinventa o homem, apresenta-o e faz da existência uma contínua criação”.
Há um prazer incontido em representar a história que trás em si a “gabolice” do caipira, que sem deixar de mostrar suas deficiências, nunca perde, porque quando o conto está ameaçado, recorre aos sonhos para antecipar a realidade que deseja construir.
Retrata-se a dor, a morte e o sofrimento, mas a dinâmica da peça da vida, apresenta a solução final vitoriosa quando, simbolicamente, expulsa o imperialismo, derruba as cercas, põe comida farta sobre a mesa para que todos participem do banquete, e, usando todas as cores, desenha o raiar do sol do socialismo.
Esta mística que forja o arquétipo de um novo sujeito histórico, arquiteto dos próprios sonhos, precisa conduzir para uma permanente encenação real, de figurantes que se transformam em artistas, na cooperação do trabalho, na participação das decisões políticas, no embelezamento do espaço geográfico, nas relações afetivas, na diversão e na festa.
Além do mais, essa capacidade de criar e encenar, deve sair dos encontros e se reproduzir no local onde as pessoas que vão aos encontros vivem. Porque é possível fazer uma encenação por dia em um encontro e, as mesmas pessoas não conseguem fazer uma encenação por mês em seu assentamento?
É porque, para criar precisa-se de liberdade. Precisamos libertar o que está preso dentro das pessoas que evitam expor-se diante dos seus iguais, por isso é mais fácil soltar-se diante dos “desconhecidos”. Mas por outro lado é preciso ajudar a criar. A encenação para nós não é um faz-de-conta, são sonhos virando realidade. Só o exercício treina.
Nossa arte vai além das belas artes (música, poesia, teatro, dança, arquitetura, pintura e escultura) liga-se à vida e a utopia socialista. Precisamos levar a matéria de Educação Artística para fora das escolas. Por que somos antigos espectadores que se transformaram em “artistas” da própria história.
É preciso abrir-se para a sensibilidade, eliminar os preconceitos e os complexos reprimidos para não somente libertar a arte, como também a cultura e o ser humano.
Para que isso aconteça precisamos evoluir no pensamento filosófico do que representa esta transformação, do jeito de produzir nossa existência.

REPRESENTAR-SE A SI PRÓPRIOS

Há uma tese de José de S. Martins, analisando a música sertaneja, onde diz que, o caipira sempre foi representado: “... não é o verdadeiro caipira quem compõe e canta. Cada compositor e cantor procura adequar-se á imagem do caipira, fazendo de conta que é caipira”.
Para onde vai então a sensibilidade deste ser Sem Terra, que busca na desobediência civil auto afirmar-se como sujeito histórico? As cidades quebram a rotina com os seus passos em procissão. Os bancos fecham o expediente do costumeiro atendimento para receber clientes especiais que, prometem voltar só no ano seguinte, para fazer cumprir as promessas dos governantes.
Não! O lote e a desorganização não podem ser mais fortes que o anseio e a mística para destruir em poucos dias este artista da política, que prefere encolher-se e delegar aos outros o direito de representá-lo. Por que volta a ser espectador se a pouco era o próprio artista?
Os poucos que representam, passam a substituir os milhares de sujeitos em algumas áreas necessárias para o consumo interno como, a música e a pintura. Voltamos então a entender a arte com o estreito conceito de ser somente música e pintura.
Isso pode ser ainda pior do que “representar o caipira”. Abandona-se o seu potencial de criatividade e acompanha-se a indústria de consumo, preenchendo este oco deixado pela música raiz, moda de viola, catira, reisado, forró etc., com o Reeg o Funk ou o “sertanejo pop” como se fossem ritmos mais revolucionários. As verdadeiras raízes musicais nascidas no campo, quase sempre são alimentadas, por cantores informais nas “periferias” dos encontros e reuniões, que sem incentivo para subirem ao “palco”, protestam a seu modo, com suas gargantas empoeiradas e dedos lanhados que arrancam das cordas o que aprenderam de ouvido.
É por isso que a música, (mesmo sendo o aspecto de maior desenvolvimento) também no MST, está deixando de ser arte, no sentido que disse Rosa ao entrevistar João Pacífico, caracterizando a mudança de instrumentos, ritmos e conteúdo “... a música deixou de ser arte, expressão da alma do povo para se transformar numa indústria gigante... A esta altura o capiau já perdera a ingenuidade e a roça, o encanto”.

É nesse contexto que ao mesmo tempo que parecem perderem a ingenuidade, os Sem Terra, perdem também as raízes culturais. Pela falta de disposição para resgatá-las e, por não ter nome e fama, valoriza-se pouco àqueles que com seus velhos instrumentos, poderiam representar-se a partir do lugar onde vivem, e não ser representados por àqueles que os representam com os olhos, os hábitos e os vícios da cidade.
A valorização daquele “que ainda espera por acontecer” passa pela valorização e mudança de método com aqueles já “acontecidos”. É desgastante e pouco frutífero, levar cantores nossos a deslocarem-se por longas distâncias, para cantarem músicas já “batidas” e algumas com mensagens ultrapassadas, que a própria massa já canta sem acompanhamento. A estes cabem programações mais intensas onde se busque descobrir novos aspectos do trabalho de base, como já dissemos em outras ocasiões, da valorização da noite, da fogueira e daqueles que já não tem condições e nem vontade de participar de eventos. Assim nossos cantores obrigam-se a ir além da animação, mas buscar elementos para tornarem-se “maestros” que regem o aprendizado e deixam sementes geminando no campo da arte quando vão embora.
Esta iniciativa passa também pela valorização dos cantores, poetas, escultores, animadores etc. locais, para que dinamizem através da arte o desenvolvimento da consciência estética.
Por isso é de fundamental importância o que o Mineirinho vem fazendo em São Paulo, onde procura, não só resgatar a viola, mas os sons e o conteúdos produzidos por ela na cultura regional.
No alto clero da música brasileira, fala-se em “Turner” com espetáculos montados. Não é o nosso caso, mas é fundamental implementar o método de montar espetáculos sobre a própria realidade com grupos de animadores da cultura no próprio estado. Não existe somente o militante da política, existe também o militante da arte que se transforma em política da: música, poesia, teatro, pintura, escultura. Fala-se em festivais e “Mostras” nacionais, são boas iniciativas, mas há um espaço enorme para o indivíduo “se mostrar” ali próximo de onde vive. Muitas dúvidas de encaminhamentos acontecem porque as ideias avançaram muito além da prática e da realidade concreta. É preciso fazer as pernas apressar-se para acompanhar a cabeça.
É verdade que em nosso movimento todas as expressões culturais tiveram e ainda tem dificuldades de serem reconhecidas, não por maldade, mas por desconhecimento. A música teve, por necessidade de recreação, incentivo e tolerância maior. Mas este espaço conquistado pela música não faz jus à qualidade no momento presente. Podemos dizer que, a música cavou seu espaço no MST e se acomodou.
Circula em torno de sua própria ordem e não sobre a ordem da necessidade que a organização tem, de destapar os desafios e elevar a motivação para buscar sua superação. Ela já não reflete na totalidade a alma dos Sem Terra.
Arte não é imitar nem copiar, é criar, como disse José Martí: “Reproduzir não é criar, e criar é o dever do homem”
. Então o espaço conquistado deve ser ampliado e qualificado. Não somente criar letras (que no momento estão aquém das necessidades) mas ritmos que resgatem as raízes e valores morais. Enfim, imprimir arte nesta área.
Avançaremos quando as peças de teatro forem escritas e menos improvisadas nas místicas dos encontros. Quando as crianças em concursos semanais de pintura, modificarem a aparência da escola. Quando as letras das músicas contribuírem para a mudança de comportamento Quando os adultos valorizarem a beleza como parte constitutiva da vida. Enfim, quando cada Sem Terra assumir a responsabilidade de que é arquiteto da própria existência e cada área conquistada tornar-se uma escola de valorização e formação de artistas revolucionários.
Todas as produções artísticas se mantém atuais quando a vida não consegue passar adiante das mensagens, das palavras, dos traços e dos valores de um povo.
Em cada consciência há um fogo que arde é preciso libertá-lo antes que se apague.
_____________________
Ademar Bogo
Julho de 2001
Souza Barros. Arte Folclore, subdesenvolvimento. Civilização Brasileira. 1977.
Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Ática. SP 2000
Idem.
B. I. Siussiukálov. Fundamentos metodológicos e métodos de estudo da filosofia. Edições Progresso
Joana Lopes. Pega Teatro. CTEP. São Paulo 1981.
J. S. Martins. Capitalismo e Tradicionalismo. Biblioteca Pioneira de C. Sociais. SP 1975.
Rosa Nepomuceno. Música Caipira da Roça ao Rodeio. Editroa 34, SP 1999
“José Martí. Versos Singelos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mais uma etapa superada...