quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Viva a sabedoria...

Aristóteles
Filósofo grego nasceu em Estagira, na Macedónia e faleceu em Eubeia (384-322 a. C.). Aos dezoito anos foi para Atenas, para ingressar na Academia de Platão, de quem foi discípulo durante vinte anos. Devido à morte de Platão, Aristóteles deixa Atenas, iniciando um período de amadurecimento intelectual que o levou a abandonar progressivamente a filosofia do mestre. Em 335 a. C. regressa a Atenas e funda a sua própria escola, o Liceu, no qual teve origem a escola peripatética. Este período de estada em Atenas, que dedicou ao ensino e à investigação (foi preceptor de Alexandre Magno [355 a.C.]), terminou com a morte de Alexandre Magno. Um ano depois de deixar Atenas, morreu na Ilha de Eubeia aos sessenta e dois anos de idade. Aristóteles é, a par de Platão (há quem diga mais do que Platão), a figura que maior influência exerceu em todo o pensamento filosófico posterior. É em torno da doutrina de Aristóteles, em particular da sua Lógica e da sua Teoria do Conhecimento, que se desenvolve a filosofia da Idade Média.
Conservam-se alguns fragmentos dos seus escritos de juventude (que receberam a influência de Platão), e um conjunto de tratados completos, denominados corpus aristotelicum.
Os tratados de Aristóteles são constituídos por notas dos seus cursos, reunidas numa vasta enciclopédia e repartidas em quatro grupos: 1.º - a Lógica (os Analíticos), cuja influência foi considerável na Idade Média. Foi Aristóteles que propôs as definições dos vocábulos «dedução» e  «intuição», que esclareceu as noções de «conceito», «juízo» e de «raciocínio», tal como os empregamos, correntemente, hoje; 2.º - as obras de filosofia da natureza (a Física), que desenvolve uma filosofia vitalista de que Leibniz, Schelling e mesmo Bergson se reclamam; 3.º - Uma Metafísica, que explica a origem do movimento do mundo a partir de Deus, «acto supremo». Estuda as questões de ontologia e de teologia; 4.º -  uma moral prática (Ética a Nicómaco, Política), que alia a visão retrógrada da Antiguidade (necessidade da escravatura, noções de raças inferiores) a visões novas e modernas (importância do meio geográfico, económico e social, ideia de uma política fundada na experiência).

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