Casal evangélico gay celebra união em casamento coletivo no DF
Cerimônia acontece a partir das 18h no São João do Cerrado, em
Ceilândia.
Pastora dará bênção ao casal, que pensa em ter filho de barriga
de aluguel.
Um casal evangélico gay vai trocar alianças neste sábado (10) em
uma cerimônia coletiva com outros 99 casais durante o São João do Cerrado, que
é realizado em Ceilândia, no Distrito Federal, desde quarta-feira (7).
O administrador Éder Souza e o estudante Sérgio Camargos, que
celebram união civil neste sábado (10) em cerimônia coletiva no São João do
Cerrado, no Distrito Federal.
O administrador Éder Souza e o estudante Sérgio Camargos, que
celebram união civil neste sábado (10) em cerimônia coletiva no São João do
Cerrado, no Distrito Federal.
O estudante Sérgio Camargos e o administrador Éder Souza
enviaram uma carta contando a história de amor deles e ganharam o direito de
participar da cerimônia coletiva, que inclui festa, produção de noivas e noite
de núpcias em um hotel de Brasília.
A cerimônia acontecerá às 18h no Ceilambódromo. Todos os noivos
e noivas receberão um par de alianças, buquê, trajes emprestados e um DVD com
fotos e filmagens da festa. Juntos há três anos, Sérgio e Éder contam que casar
e constituir família era um sonho antigo, que esbarrava na dificuldade financeira.
É um momento que esperávamos há muito tempo. Tivemos a sorte de
termos sido selecionados entre tantos casais"
Éder Souza, noivo de Sérgio Camargos, que celebram união em
cerimônia coletiva neste sábado
"É um momento que esperávamos há muito tempo. Tivemos a
sorte de termos sido selecionados entre tantos casais", disse o noivo
Éder. "Nada é por acaso. Esse casamento, a gente sabe que é uma coisa
abençoada por Deus", afirmou Sérgio.
Evangélicos praticantes, eles dizem que fazem questão da bênção,
apesar de a cerimônia ser civil. Para isso, eles convidaram a pastora Márcia
Dias, líder da comunidade que frequentam, para abençoar a união.
"Sempre fomos evangélicos. Nós nos afastamos como muito
outros [homossexuais] se afastaram por ter uma certa rejeição [da igreja]. Mas
hoje nós conhecemos uma igreja inclusiva, Comunidade Athos, que nos acolheu
como uma família. Ela [pastora Márcia] vai estar nos abençoando, presente nesse
casamento, na celebração", explicou o noivo.
Futuro
Dentre as mudanças que acontecerão no cotidiano do casal, os
noivos destacaram a possibilidade de compartilhar o sobrenome e a inclusão de
um cônjuge no plano de saúde. Planos para o futuro não faltam para os dois.
"O próximo passo é ter filhos", disse Éder, ao
explicar que tentarão inicialmente uma inseminação artificial em barriga de aluguel.
Porém, segundo ele, a possibilidade de adotar uma criança também é estudada.
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