Tempo
Mar insondável, cujas ondas são os
anos,
Oceano do tempo, cujas águas de
aflição
Receberam o sal do pranto dos
humanos!
Tu, mar sem praias, que na cheia e na
vazão
Abraças os limites da mortalidade,
E uivando por mais vítimas, em tua
saciedade,
Vomitas teus despojos em sua costa
inóspita;
Traiçoeiro em calma, horror na
tempestade,
Velejar em ti quem há de,
Insondável mar!
(P. B. Shelley, tradução de Péricles
Eugênio da Silva Ramos)
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