Mudar
de vida pode ser mais fácil do que você pensa
Mudar de vida e livrar-se das amarras
internas que atravancam a sua vida. Quer melhor projeto para começar o ano
novo?
A virada não precisa (nem deve) ser radical.
Bastam alguns ajustes no seu jeito de ser
Nossa proposta é que você faça uma
auto-análise para identificar (e tentar mudar) comportamentos que resultam em
rugas cotidianas. E eles são muitos, admita. É o ciúme que estraga os
relacionamentos, um jeito ansioso de ser que faz pequenos problemas ganharem
corpo ou ainda a intransigência, às vezes um empecilho para o crescimento
profissional.
"O homem se transforma o tempo
todo", garante a psicanalista Rita Charter, professora da Pontifícia
Universidade Católica, a PUC de Campinas. Tem até pesquisa - e das sérias -
pondo por terra aquela velha tese que pode ser resumida em uma frase: "Eu
sou assim e pronto". A Universidade de Berkeley, que fica na Califórnia,
nos Estados Unidos, estudou por três anos cerca de 132 mil voluntários, de 21 a
60 anos, e concluiu que a personalidade se altera com a idade e, na maioria dos
casos, para melhor. Não que ocorram profundas transformações, mas sim uma
espécie de renovação interna.
Em resumo, os pesquisadores constataram que,
entre 20 e 30 anos, pessoas de ambos os sexos tornam-se em geral mais
disciplinadas, organizadas, criativas e abertas a novos conhecimentos. Já as
mulheres dessa faixa etária monstram-se mais extrovertidas do que os homens -
uma diferença de comportamento que não fica tão evidente com o passar do tempo.
E as emoções, como se comportam? Bem, no time feminino elas vão ficando mais equilibradas,
diferentemente do que ocorre com o masculino. Por volta dos 50 anos, é como se
homens e mulheres se avaliassem com outra lente e subissem vários degraus no
quesito solidariedade. "Não há dúvidas de que as pessoas continuam a
amadurecer durante a fase adulta", diz a psicóloga Suely Sales Guimarães,
da Universidade de Brasília, no Distrito Federal. É o aprendizado ao longo da
vida e as descobertas sobre nós mesmos que ditam a necessidade de mudar
comportamentos que não têm mais a ver com a gente. "Novas atitudes sempre
dependem de decisão própria e de ação", faz questão de ressaltar Suely.
O primeiro passo para a reestréia da sua
personalidade é encarar aqueles problemas de comportamento que estão empatando
a sua vida. E aí a saída é botar a cabeça em ordem, organizar os pensamentos e
tentar descobrir os motivos da sua forma de agir. Insegurança? Trauma?
Encontrar respostas para questões do gênero desperta a consciência de que
atitudes indesejadas podem ter uma origem externa e não necessariamente fazem
parte da sua personalidade.
"Fica mais fácil quando você cria condições
que favorecem as mudanças e abandona aqueles padrões de comportamento que as
impedem", ressalta a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, especialista em
estresse. Alguém já disse que a melhor maneira de não errar é não fazer nada.
Só que esse imobilismo, é claro, não leva a lugar nenhum. Então, tenha
paciência com os seus erros e nem pense em desistir da empreitada. Se a tal da
reinvenção parecer difícil, procure ajuda de um especialista. Você só precisa
se dar a segunda chance a que todos nós temos direito na vida. E, quem sabe, a
terceira, a quarta, a quinta...
MUDANÇA DE ATITUDE
A virada não precisa (nem deve) ser radical.
Bastam alguns ajustes no seu jeito de ser
· Aceite que mudar implica assumir certos
riscos.
· Use os mesmos parâmetros para avaliar-se a
si e aos outros.
· Não exija soluções mágicas para os
problemas.
· Seja paciente, pois mudanças vêm com o
tempo.
· Estabeleça metas razoáveis para os seus
projetos de mudança.
· Entenda que adquirirm novas condutas requer
esforço e prática.
MUDAR É PRECISO
Dois exemplos do que a ciência já sabe sobre
a nossa capacidade de transformação
1. Pesquisadores da Universidade da
Pennsylvania, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas extrovertidas e
abertas a novas situações aprendem mais rápido e são mais inteligentes.
2. Um trabalho da Universidade de Stanford,
que também fica nos Estados Unidos, revelou que o cérebro de indivíduos
ansiosos, comparado com o de gente que dificilmente se abala em situações
adversas, é menos ativado quando vê imagens felizes. Diante de situações
tristes ocorre o oposto, ou seja, a massa cinzenta dos agitados fica a mil. Em
outras palavras, a ansiedade aumenta o risco de depressão.
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