Comissão
da Verdade já tem lista com mil crimes
Entre eles, são cerca de 830 casos de mortos e
desaparecidos políticos e outras 120 vítimas de agentes da esquerda.
A
Comissão da Verdade já tem uma lista com aproximadamente mil crimes a serem
investigados nos dois anos de vigência do órgão. Nem todos esses casos serão
alvo de apuração. A tendência é que a partir das próximas reuniões sejam
estabelecidas as prioridades e os rumos de cada denúncia recebida até o
momento.
Nesse
primeiro momento, a Comissão da Verdade trabalha com três listas oficiais. Uma
com base em critérios da Comissão da Anistia e da Comissão Especial de Mortos e
Desaparecidos Políticos que aponta 457 mortos ou desaparecidos políticos
durante a ditadura militar. A segunda, baseada em um estudo da Secretaria de
Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República. Nessa lista existem 370
nomes. E a terceira, com 119 vítimas de agentes da esquerda.
Na
próxima segunda-feira (21), será realizada a primeira reunião ordinária da
Comissão da Verdade. Mas não há certeza se nela já serão discutidas essas
listas. Isso porque a prioridade do órgão é terminar de equacionar questões
burocráticas. Apesar dos integrantes terem a promessa da Casa Civil de que
receberão toda a estrutura necessária para o desenvolvimento deste trabalho, a
estrutura não foi completamente montada.
Conforme
o iG informou
nesta quinta-feira, pelo volume de informações que a Comissão vem recebendo, a
prioridade deve ser a apuração dos crimes cometidos pelo Estado.
Cinco dos sete membros querem focar as investigações nos casos de desaparecidos
políticos. Apenas dois defendem que o órgão deva incluir também os chamados
crimes da esquerda.
Após
os primeiros dias de trabalho, a Comissão da Verdade ainda não definiu como
serão iniciados os trabalhos de apuração. Se por meio de análise documental,
por convite de testemunhas ou alguma forma alternativa de levantamento de
dados.
A
ideia é tentar, nessa fase de instalação, conseguir informações sobre o
funcionamento de pelo menos outras 40 comissões da verdade de outros países
para avaliar os pontos positivos e negativos de cada uma. Os integrantes da
comissão também buscarão dados de outros órgãos semelhantes já em funcionamento
em todo o Brasil, como em São Paulo e em Pernambuco.
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