sexta-feira, 25 de maio de 2012

Devanear...


2a SOMBRA – BÁRBORA por Castro Alves.
Erguendo o cálix que o Xerez perfuma.
Loura a trança alastrando-lhe os joelhos,
Dentes níveos em lábios tão vermelhos,
Como boiando em purpurina escuma;

Um dorso de Valquíria... alvo de bruma,
Pequenos pés sob infantis artelhos,
Olhos vivos, tão vivos, como espelhos,
Mas como eles também sem chama alguma;

Garganta de um palor alabastrino,
Que harmonias e músicas respira...
No lábio - um beijo... no beijar - um hino;

Harpa eólia a esperar que o vento a fira, 
- Um pedaço de mármore divino... 
- É o retrato de Bárbara - a Hetaira. 

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Mais uma etapa superada...