SONETOS DE
SHAKESPEARE
O
pequeno deus do amor certa vez dormia
Deixando
ao lado sua flecha amorosa,
Enquanto
várias ninfas, jurando-se sempre castas,
Vieram,
pé ante pé, mas, em sua mão virginal,
A
mais bela tomou o fogo
Que
incendiara legiões de corações verdadeiros;
Assim,
a lança do desejo ardente
Dormia
desarmada ao lado da mão desta jovem.
A
flecha, ela mergulhou em um poço de água fria,
Que
se acendeu com o eterno fogo do Amor,
Criando
um banho e um bálsamo
Para
os enfermos; mas eu, jugo de minha senhora,
Vim
para me curar, e isto, assim, eu provo,
O
fogo do amor aquece a água, mas a água não esfria o amor.
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