Com fim de sacolinhas, venda de saco
de lixo sobe 30%, diz fabricante
As vendas de sacos de lixo de
plástico subiram até 30% em São Paulo depois do fim da distribuição de
sacolinhas descartáveis nos supermercados. O número é da fabricante Embalixo.
Esse aumento foi registrado em
comparação com janeiro deste ano, quando começaram as restrições. Naquele
momento, a distribuição gratuita havia sido eliminada, mas houve polêmica, e os
supermercados suspenderam a medida. Depois, ficou acertado que o fim das
sacolinhas começaria a valer mesmo em abril.
Como as pessoas utilizavam as sacolas
descartáveis para jogar fora lixo doméstico, seria provável haver um aumento na
venda de sacos de lixo. Mas, de três empresas ouvidas pela reportagem, só uma
disse ter registrado um aumento -a Embalixo.
Os supermercados de São Paulo pararam
de distribuir as sacolas em 4 de abril. Para carregar as compras, o
consumidor precisa levar uma sacola retornável de casa ou comprar uma no caixa.
A única opção gratuita oferecida agora aos consumidores são as caixas de
papelão.
Para os consumidores que tinham o
hábito de usar as sacolinhas no lixo da pia e do banheiro, a opção tem sido
comprar sacos destinados exclusivamente a essa finalidade. As vendas de sacos
de lixo subiram até 30% em São Paulo desde janeiro, segundo Rafael Costa, diretor
comercial da Embalixo.
O maior aumento, segundo ele, tem
sido registrado na procura por sacos sustentáveis, feitos à base de
cana-de-açúcar. "Esse tipo de produto já vinha sendo mais procurado antes
do fim das sacolinhas, por causa da maior conscientização do consumidor",
afirma.
Indústria investe em sacolas retornáveis. O fim das sacolinhas em São
Paulo também tem feito com que empresas que se dedicavam à fabricação desses
produtos ampliassem seu portfólio. Desde o fim de 2011, a Extrusa-Pack passou a
fabricar sacolas retornáveis, feitas de polietileno.
"Como muitos supermercados não
estão mais comprando sacolas plásticas, a procura por esse tipo de produto
[retornáveis] tem aumentado bastante", diz a gerente comercial da empresa,
Gisele Barbin. A empresa também fabrica sacolas biodegradáveis.
O diretor de marketing da Fort Lar,
Marcelo Barbosa dos Santos, diz que a empresa também incluiu em seu portfólio
nos últimos meses sacolas retornáveis.
90% dos supermercados baniram sacolas em SP. Segundo a Apas (Associação
Paulista de Supermercados), 90% dos supermercadistas paulistas deixaram de
distribuir ou vender sacolinhas descartáveis desde o começo de abril.
Além de São Paulo, as sacolas já
deixaram de ser distribuídas em outros Estados. Há um ano, uma lei municipal
colocou fim às sacolinhas, por exemplo, em Belo Horizonte (MG). Segundo a Amis
(Associação Mineira de Supermercados), no período, aproximadamente 160 milhões
de sacolinhas deixaram de ser distribuídas.
No Espírito Santo, desde janeiro
deste ano, os supermercados também não entregam mais sacolas gratuitamente. Lá,
os consumidores precisam pagar pela sacolinha. A iniciativa é da Acaps
(Associação Capixaba de Supermercados) e da Aces (Associação Comunitária do
Espírito Santo).
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