O amor é meu
pecado, e o ódio, tua doce virtude,
Ódio por meu
pecado, de um amor pecaminoso:
Ah, se
comparares o teu estado ao meu,
E não achares
seus méritos reprováveis;
Ou, se forem,
não por teus lábios,
Que profanaram
seus rubros ornamentos,
E selaram
falsas juras de amor tanto quanto eu;
Roubando outros
leitos de seu uso.
Seja dito que
te amo, como amas aqueles
Que atraem
teus olhos como os meus te importunam:
Planta, em teu
coração, a piedade que, quando crescer,
Mereça a tua
compaixão ser compadecida.
Se procuras
ter aquilo que ocultas,
Pelo teu exemplo
te seja negado!
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